Cap. 8

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Voltamos a tempo para nos arrumar para o jantar. Clarice fez questão de deixar bem claro que esse jantar era super importante, pois era o nosso primeiro jantar em família. Pensei que quando eu me casasse com a Lisa, a Clarice finalmente fosse me deixar em paz, mas infelizmente eu estava completamente errada.

Eu estava tentando dar um laço na parte de trás do meu vestido já tinha quase 30 minutos. Ouvi 3 batidas na porta e fiquei super feliz, finalmente alguém para me ajudar.

--pode entrar.

--Oii Jen, estamos te esperando.

--Lis, pode me ajudar aqui? -Me virei de costas para que visse a fitinha.

--Claro, pequena. -Lisa fez o laço em menos de 10 segundos. --Prontinho bebê. -Me virei assim que ela terminou de falar, acabamos ficando muito próximas. Um clima se estendeu ali, ficamos nos encarando por longos 5 minutos, fiquei intercalando entre seus olhos e seus lábios, lábios tão convidativos. Fechei meus olhos para que ela entendesse que eu queria aquilo, queria sentir os teus lábios nos meus. Bastou eu fechar os olhos para que ela entendesse e então senti os seus lábios macios tocando suavemente os meus. Primeiro um selinho demorado e logo depois sua língua invadiu a minha boca e começou a acariciar a minha. Foi um beijo cheio de sentimentos.Ela segurou em meu rosto de finalizou o beijo com três selinhos. Esse foi o meu primeiro beijo, e devo dizer que foi melhor do que imaginei. Nos afastamos por falta de ar e eu sorri timidamente para ela, ela sorriu para mim e deixou um beijo no topo da minha cabeça.

--Lalisa?... Estão chamando vocês para o jantar. Eu ia bater na porta, mas estava aberta.

--Tudo bem Nayeon. -Respondi e ela revirou os olhos e saiu, me ignorando completamente. Fiquei triste com aquilo.

--Princesa, não ligue para ela.

--Pq ela não gosta de mim? Não fiz nada para ela.

--Eu sei amor, não ligue para ela. - sorri assim que notei como ela havia me chamado.-- Vamos? -Segurou em minha mão.

--Vamos.

•••

--Ah... Finalmente . -Disse Clarice ao nos ver entrar na sala de jantar.

--Boa noite para você também. -Eu disse sem medo algum. Consequência da falta de paciência de ver ela agindo falsamente fingindo ser quem não é.

--Como é que é?? Você não me respeita mais? Ta achando que só pq casou pode me tratar assim?

--Por favor, Senhoras. -Alfredo disse e logo tomou um pouco de seu vinho. Lisa puxou a cadeira para mim e eu me sentei, logo ela se sentou ao meu lado.

--Me desculpe.-Disse tão baixo que pensei que ela não tivesse escutado.

--Tudo bem, entendo que seu estresse deve ser por conta das coisas que ainda está processando, afinal, são muitas informações para uma mente tão inocente. -Olhei para Lalisa  que estava ao meu lado, Lisa estava mais pálida que o normal.

--Lili, você ta bem? -Lisa engasgou com o vinho.

--Si-im, Nini. -Pigarreou --Estou bem. -Deu um meio sorriso.

--Estou tão ansioso para ver uma cópia de vocês correndo pela casa. Se puxar a Lisa vou ter que ter muita paciência, Lisa era uma pimentinha quando criança.

--Uma cópia nossa? -Sorri meio confusa. -Não acha que no orfanato será quase impossível encontrar uma criança parecida com uma de nós duas? -Lalisa engasgou novamente com o vinho.

--Orfanato? -Clarice gargalhou ironicamente. --quem falou em orfanato?

--Então já tem um bebê para nós? Não acha que ta cedo para procurar uma criança para adotar?

--Adotar? Quem falou em adotar? Não estou entendendo. -Alfredo disse meio confuso e ao mesmo tempo parecia furioso. --Quer nos explicar, Lalisa? -Olhei para Lalisa e ela parecia uma pobre criança assustada.

--Papai... Será que posso conversar com a Jennie primeiro?

--Já entendi tudo!! Não houve consumação?

--Não, Clarice. Não houve. Não sou obrigada a fazer o que eu não quero. -Naquela altura eu já não sabia o que era paciência.

--JENNIE RUBY JANE KIM, abaixe o tom para se dirigir a mim. Exijo respeito.Você ainda não é ninguém, e eu pensando que já tinha se tornado uma mulher. Não passa de uma pirralha.

--Jennie pode até não ter se tornado minha ainda, mas isso não te dá o direito de falar dessa maneira com ela. Jennie é minha esposa, e ser virgem não a torna menos mulher que qualquer outra.
Da mesma forma que exige respeito, eu exijo que você a respeite, até pq ela é a senhora dessa casa, e aqui você não passa de uma convidada.

--Olha, ta bem, já chega. Vocês três... Por favor. Lalisa, depois do jantar teremos uma conversinha.

--Sim, senhor.

O jantar foi silencioso, parecia até que era um funeral. Eu estava agoniada, não sabia se torcia para que aquele jantar acabasse, ou se torcia para que durasse a noite inteira, eu estava com medo do que aconteceria no resto da noite.

•••

Pov Lisa

--Pq não consumaram o casamento??

--Ela não sabe da minha condição. E mesmo que soubesse, eu jamais faria algo que não fosse da sua vontade.

--Minha filha, é sua obrigação e dela, como casadas.

--Papai, não existe amor, fomos praticamente forçadas. Só vou consumar o casamento se um dia ela quiser. Irei respeitar o tempo dela.

--Olha, tudo bem então. Fico feliz que esteja se preocupando com o bem estar de sua esposa, mas fique ciente de que precisa de herdeiros.

--Na hora certa.

--Tudo bem. Conte a ela sobre o seu amiguinho ai. Não passe dessa noite, ela precisa saber.

--Sim papai. Por favor, não chame ele assim, é bizarro ouvir o meu pai dizendo isso.

--Tudo bem então. -Começou a gargalhar. Nem parecia o mesmo Alfredo que surtou na hora do jantar.

--Boa noite, papai.

--Boa noite, querida. -Deixou um beijo no topo da minha cabeça. Logo fui buscar a Jen para irmos descansar.















𝑪𝒓𝒂𝒛𝒚 𝑶𝒗𝒆𝒓 𝒀𝒐𝒖   •Jenlisa• g!pWhere stories live. Discover now