A Padaria

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"Caderno?"

"Verificado."

"Gravadores?"

"Tudo certo."

"Lanches?"

"Comidos."

"Gre—" Tommy começou e então franziu a testa, virando-se. "Tubbo, você já comeu os lanches?" ele perguntou, olhando para seu amigo enquanto eles arrumavam as mochilas para o dia. O plano era que eles iriam se aventurar na cidade de L'Manburg e investigar o maior número de civis possível. Por mais amplo e estranho que o plano parecesse, pelo menos lhes daria uma ideia de quem é quem na cidade e em quem manter os olhos como possíveis suspeitos do assassinato.

Desde que repassaram esse plano com os Watsons, começaram a compilar uma lista de coisas do que precisariam para um interrogatório 'adequado' pela cidade ("Somos como Nancy Drew¹!" dissera Tommy). Essa lista incluía itens básicos, como cadernos e canetas, gravadores de voz em seus telefones e, como Tommy havia insistido, lanches.

No entanto, parecia que eles estavam despreparados em um desses aspectos.

"... Não." Tubbo respondeu sua pergunta depois de um momento e balançou a cabeça. "Bom, talvez. Mas está tudo bem, temos mais." ele disse e colocou outro pequeno pacote de minhocas de goma dentro de sua bolsa. Tommy revirou os olhos, batendo palmas enquanto olhava para seu "inventário".

"Tudo bem! Agora, tudo o que temos que fazer é pegar um assassino!" ele disse, parecendo quase alarmantemente animado. Ele colocou uma alça por cima do ombro e olhou ao redor da sala. Talvez ele tivesse esquecido algo, embora não tivesse certeza do que poderia ser.

Ouviu-se um som crepitante, como um rádio tentando pegar sinal. Nas últimas duas horas, os dois meninos se acostumaram com o som incomum. "Agora tudo o que vocês precisam fazer é encontrar evidências de que existe um assassino." corrigiu Techno.

Fora da vista dos meninos, ele girou em torno da caixa de espírito, os braços cruzados sobre o peito. Ele realmente não gostava de como esses dois tinham certeza de que a morte de sua família era algo que alguém desejava. "Ainda não sabemos se isso é cem por cento verdade."

"Temos quase certeza." disse Tubbo enquanto verificava novamente todos os seus materiais. "Quer dizer, faz sentido, certo? Nenhum de vocês fez nada de errado, e não houve nenhuma grande tempestade ou climas estranhos—vocês mesmos disseram." ele disse e olhou para a caixa. "Então, não deve ter sido um acidente."

A cabeça de Wilbur apareceu debaixo do solo, observando Tubbo com interesse. "Você parece tão certo disso." disse ele. "Me faz pensar."

Tommy bufou e se virou, colocando as mãos nos quadris. "Quer saber o quê, Wil? Todos nós sabemos que provavelmente vai ser algum velho gerente imobiliário ou algo assim—sempre é! Eu vejo isso o tempo todo em Scooby-Doo."

Tubbo concordou e riu desse ponto com Tommy, enquanto em outro plano de existência Techno voltou-se para seu irmão situado nas tábuas do assoalho. "Estamos condenados." ele disse.

Tommy se virou para olhar a caixa de espírito. "Ei! Eu ouvi isso!" ele disse e desviou a cabeça como uma tática de desprezo. Essa reação rendeu uma risada de Phil vinda da caixa.

"Independentemente do seu anterior, hum... treinamento, fique seguro. E tente não assustar todos os nossos amigos até a morte?" ele sugeriu.

Com um olhar e uma saudação sarcástica, Tommy acenou com a cabeça. "Sim, sim Fantasminha." ele disse e olhou para a porta. "Não vamos mandar junto à vocês."

"Sim, ninguém vai morrer!" Tubbo disse com um largo sorriso que deveria ser reconfortante, mas realmente parecia preocupante.

Tommy riu um tanto nervoso, ou melhor, confuso, da frase. "Jesus Tubbo, sim—ninguém vai morrer. Acalme-se."

Ghostie Bois IncOnde histórias criam vida. Descubra agora