Saindo da escola.

172 20 5
                                    

Ayla assim que viu Luciano de longe, correu para abraça-lo. Tanto que ele tomou um susto.

- Ei... - Ele falou com o impacto de ser agarrado. - Ahh é você. - Ele a retribuiu. - Tudo bem?

- ... - Ela só assentiu e continuou o abraçando.

- O que aconteceu?

- Como assim?

- Você tá nervosa, parece a minha mãe quando eu sumia. - Ele riu leve.

- Eu só tava com saudade faz tempo que a gente não conversa. - Ela falou o soltando. - E também... - Ela abaixou o rosto. - Eu tô sozinha.

- Cadê o seu namorado? - Ele olhou para os lados.

- Eu não tenho namorado. - Ela levantou o rosto meio brava.

- Não?

- Para de graça, você sabe da história. - Ela colocou a mão na cintura.

- Sei? - Ele se fez de desentendido mais uma vez.

- Lucianooo?!! - Ela o empurrou de leve.

- Calma, eu só queria fazer você rir um pouco. - Ele riu da reação dela.

- Rir da minha tristeza é a solução?

- É melhor do que chorar não é?

Ela pensou bem.

- É. - Segundos depois eles ouviram um tipo de ronco, que era da barriga dela. - Isso não da pra enganar.

- Isso da pra resolver assim. - Ele estalou os dedos. - Olha eu não disse antes por que tinha esquecido, mas eu e o pessoal daqui temos uma amiga que tem um trailer que tem lanches ótimos.

- Ela tá trabalhando aqui perto?

- Sim, antes tínhamos que andar até a esquina do lado mas agora ela tá aqui em frente a escola.

- Me leva agora, por favor. - Ela falou com pressa.

- Beleza, eu vou fazer assim: Eu pego o cardápio e te trago aqui.

- Por que eu não posso ir com você?

- Você não pode sair da escola.

- Mas você falou que ela tá aqui na frente. E vai se falta de educação não ir.

- Mesmo assim, você não pode. - Ele negou, pois era proibido já que a escola era responsável pelo o que acontece com os alunos no horário escolar. - Eu não posso sair com você, isso é meio que um crime.

- Eu entendo a sua preocupação, mas...

- Não Ayla, sem chance. - Ele a interrompeu. - Você não pode sair da área que pertence a escola.

Ela ficou em silêncio por um momento pensando em como iria convencê-lo.

- Tudo bem, mas a filha do diretor deve ter um direitinho maior não acha?

Ela fez uma carinha fofa, tentando chantagear ela.

- Ela deveria ser exemplo, isso sim. - Mas não deu muito certo.

- Olha ninguém vai ver, comparado as coisas que todos fazem aqui eu não tô fazendo nada demais.

De fato os alunos faziam coisas bem piores que ninguém gostaria de saber.

- Eu não sei não.

- Vai. É rapidinho, e eu tô morrendo de fome por favor, não deixaria uma menina com fome não é?

Minha Despatricinha (Hiatus) Where stories live. Discover now