Capítulo 4: Passado se revelando...

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Continuação...

Os dois se deixaram levar pela necessidade de  intensificar o beijo, assim suas línguas se moviam no mesmo ritmo, entrelaçando-se. As mãos de Gustavo seguravam o rosto de Maria não permitindo que ela recuasse nenhum milímetro sequer. Ela estava completamente entregue  aquele beijo e sua mãos também seguravam o amigo, deslizando pelos cabelos longos e sedosos. Nenhum deles pensava nas consequências daquele beijo,  apenas queriam sentir aquela paixão...até que Gustavo desceu uma das mãos pelas costas dela, levantando a camisa imensa que a cobria. Quando a amiga sentiu a mão dele em sua pele apertando sua cintura, reagiu de imediato, soltando-se dele. Fora como de tivesse voltado a realidade. Gustavo se assustou com a reação dela:

-O que houve?- perguntou o amigo ainda arfando de desejo.

Ela agitada,  levantou-se rápido do sofá e disse:

-Preciso ir!

- Baixinha...

Ela quando percebeu que ele fez menção de se levantar,  disse:

-De verdade eu preciso ir. Depois a gente se fala.

-Mas...

-Não se levante! Depois a gente conversa...-falou agitada querendo escapar.

-Mas...

-Depois!

E assim repentinamente saiu às pressas do apartamento do amigo...Estava sem saber como agir a partir daquele beijo...

Eles, novamente, haviam ido longe demais.

Ela abriu sua porta às pressas e entrou, respirando aliviada por ter conseguido dar um basta naquele momento que tanto temera. Gustavo era seu amigo! Não podiam pasar disso...

Gustavo quando a viu sair correndo de seu apartamento,  sentou-se com as pernas para fora do sofá, levou ambas mãos para o cabelo um pouco revolto e o arrumou como uma forma de se acalmar. Sabia que não podia ultrapassar a barreira que Maria havia criado, não pudera quando adolescentes e nem há mais de dois anos atrás... Sabia que o único lugar que ela permitiria a ele em sua vida era o de amigo. Sentindo que não adiantava ficar ali pensando no que ocorrera, levantou-se e foi em direção a porta para trancá-la como deveria. Quando colocou a mão na maçaneta da porta, surpreendeu-se ao senti-la abrindo-se. Era Maria Antônia!

Gustavo surpreso disse:

-O que houve?

Ela o olhou e não disse nada foi para os seus braços. Maria Antônia levantou a blusa de Gustavo, ajudando-o a tirá-la. Ele aceitou cada movimento:

Maria levantou o rosto para ele e  puxou seu rosto para ela. Gustavo não precisou de nenhuma explicação,  empurrou-a para a parede afoito, apertando-a em seu corpo, ela sentia sua explicação, suas unhas desizavam pelas costas longas do amigo. A boca dele foi para os lábios dela e suas línguas se entrelaçaram. Os dois se beijavam com vontade. Gustavo se distanciou e a olhou intensamente:

-Você tem certeza?

A amiga encostou sua cabeça na parede e o encarou, seus olhos mostravam dúvida.

-Baixinha, você tem certeza?! Não quero passar o mesmo que já vivi antes...-inquiriu ele. Uma de suas mãos acariciou o rosto dela.

Maria fechou os olhos com a carícia.

-Eu preciso de uma certeza! Abre os olhos e me diz o que você quer. -Sua voz era macia.

Ela abriu os olhos lentamente e disse:

-Eu quero! Quero muito, mas não tenho certeza!

Com essa reposta, Gustavo retirou a mão do rosto dela e se afastou. Voltando para a sala enquanto refazia o coque solto.

Ela sabia que precisavam conversar... Foi atrás dele e disse:

-Não sei o que me deu... Havíamos combinado de não voltarmos atrás...

Ele escutava suas palavras sem dizer nada, foi a cozinha e retirou uma cerveja da geladeira para ele e  Maria. Voltou em silêncio e estendeu a mão com uma latinha para ela.

-Você lembra o que eu disse na última vez?- perguntou abrindo sua lata e tomando um pouco da cerveja.

Ela com a cerveja na mão sem abri-la diz:

-Lembro cada palavra!

-Não parece...

-Combinamos ser amigos. Estamos cumprindo...

-Será?- Fez a pergunta tomando mais um pouco da bebida.

-Gustavo, eu já estou confusa o suficiente. Não me confunda mais, por favor!

-Ok! Acho melhor você voltar para sua casa! E não volte mais por hoje! Já foi o suficiente...

Ela se sentiu atingida pela palavras do amigo e revida:

-Se você quiser, eu nunca mais volto! -disse enfática.

Ele olhou com raiva pra ela e disse:

-Você nunca vai aprender?! É fácil para você se distanciar de mim? Se for, pode ir e não volte nunca mais!

Ela colocou a latinha em cima da mesinha de centro com raiva:

- Depois conversamos. Agora não adianta!

Com essas palavras, Maria saiu do apartamento do amigo, fechando a porta atrás de si.

Ele olhou para a porta e seu cansaço de toda aquela situação, que pensou que poderiam ter superado de anos atrás, voltou. Fugira para o Japão,  esse era o verbo correto para o que fizera porque não estava conseguindo lidar com a distância que havia se estabelecido entre eles depois que por um erro louco deles, haviam voltado a vivenciar os sentimentos e emoções do passado deles. Não queria viver o mesmo do passado. Não poderia viver. Sabia que o mesmo acontecia com Maria Antônia, mas precisava pensar em seus sentimentos primeiro. Sempre priorizara o que sentia e pensava em sua amiga, mas talvez se em algum momento tivesse pensado em si, talvez nada daquilo tivesse acontecido. Certamente,  tivessem resolvido tudo já na adolescência.

Com esses pensamentos, Gustavo tomou o restante da cerveja e foi para o quarto tentar dormir.

(...)

Maria Antônia se olhava no espelho do banheiro, não podia acreditar que novamente cedera a vontade de senti-lo. Abriu a torneira e pegou um bom bocado da água e jogou no seu rosto. No dia anterior a ir buscar Gustavo no aeroporto, havia decidido que se comportaria com ele como se nada tivesse acontecido entre eles antes da viagem. E realmente pensou que estava conseguindo, estava indo bem...mas no final, tudo fora por terra. Todo o esforço naqueles dois anos de Gustavo  no Japão, que eles se comunicavam como bons e velhos amigos, nada mais do que isso, terminou resultando naquela confusão de minutos atrás.  E a culpa era sua. Somente dela! Sempre fora a culpada! Não deveria ter se apaixonado por ele, não deveria ter se aproximado...Como a mãe dele mesmo dissera naquela época, tudo aquilo somente serviria para fazê-los sofrer! Já que ela nunca poderia cogitar ficar com Gustavo, eles eram diferentes,e a para a  cultura dele seria um escândalo que alguém como ele ficasse com alguém como ela.


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⏰ पिछला अद्यतन: Jul 18, 2023 ⏰

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