2.0 CAPÍTULO II (Parte Dois)

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Criar uma empresa de táxis apenas para mulheres, fazendo elas se sentirem mais seguras, pra no final, as levarem para certo lugar e...

Eu preciso achar quem tá fazendo isso.

— Srta. Mawyee, quando acharmos quem está fazendo toda essa merda, a pessoa nunca mais irá respirar, assim como o resto da "gangue", né? — pergunto.

— Não tem pena de morte aqui, você sabe, Julye... — ela diz.

— Srta, isso é ridículo, nesse caso deve haver uma exceção, o que estão fazendo é desumano... — falo.

— É verdade, pena de morte seria o justo para quem está envolvido nisso. — diz minha prima. — É muito cruel, Srta. Delegada.

— Não sou eu que escolho isso, gente. No Brasil pena de morte não é permitido... — a delegada diz. — Eu sou uma mulher, e mesmo se não fosse, também iria querer que fosse aplicada a pena justa... mas não posso fazer nada sobre isso.

Pior que é verdade, não teria como ela mudar a lei assim.

— É, entendemos... — diz Hellen olhando para mim e para Maryan com um semblante triste.

— Mas Srta. Mawyee — falo, — e se eu, a Maryan ou o Mike acabarmos tendo que atirar?

— Se precisarem, será legítima defesa. — diz a delegada.

Imaginei, então talvez eu "precise"...

— Srta. delegada, se eu tiver a chance, vou acabar atirando em quem está cometendo esses atos, só para deixar claro. — diz Maryan.

— Maryan, não... — falo.

— Não podem, sério, garotas... ou eu não poderei confiar armas a vocês. — a delegada diz. — Atirem só se precisarem.

— Ok, Srta. Mawyee... — diz Maryan.

— Bem, continuando. — diz Mike. — Eu continuei pesquisando, e achei outra coisa.

Esse cara é bom, slk.

— Nos diga. — diz a delegada.

— 54 está presente no final do número de telefone de todas as lojas de uma certa fábrica de velas e artigos de cera.

— Interessante. — diz a delegada.

— E tem mais — continua Mike, — atrás da fábrica tem um ferro velho abandonado. Então eu acho que-

— PODE TER SIDO DE LÁ QUE ELES PEGARAM O CARRO DE TÁXI! — diz Maryan.

— Isso! — fala Mike.

— Até porque todo carro de táxi tem que ser certificado para poder circular aqui, e um grupo criminoso não conseguiria isso facilmente. — diz a delegada.

— Exato, por isso eles pegaram um carro já certificado que estava velho, e o reformaram. — diz Mike.

— Ok, e então? Vamos para a fábrica? — pergunta Maryan.

— Sim, mas precisamos ir com cuidado. — diz a delegada. — Vou preparar uma equipe e-

— Gente, acho que vocês estão se confundindo. Não sabemos o endereço dessa fábrica e nem das lojas, aparentemente tiraram o endereço da internet, quando fechou. — diz Mike. — Só sabemos do lance dos números de telefone, e do ferro velho atrás, de onde provavelmente tiraram o carro de táxi.

— Droga, é verdade. — diz Maryan.

— Vacilei. — fala a delegada.

— Ei, gente. Eu tenho uma ideia! — falo.

— Sério? Fala, Fala! — diz Mike.

Bem, é arriscado, não sei se irão gostar muito da ideia, mas é o que temos. E de qualquer jeito, se estivermos preparados, pode dar tudo certo.

— Ok, é o seguinte: A ideia é que sejamos vítimas. — falo.

— Oi?! — exclama a delegada.

— O quê? Como assim? — pergunta Mike.

— Acho que já sei. — diz Maryan. — Eu e ela teremos que pedir um táxi por aquele número, o mesmo que a Hellen pediu.

— Sim, é perigoso mas foi a minha única ideia até agora. — falo.

— Bem, podemos fazer com que não seja tão perigoso. — diz a delegada. — Vamos rastrear vocês por um dispositivo que vou entregar, e enviarei uma viatura para o local.

— Certo. — falo

— Tranquilo, vou 'tá' com uma glock 'memo'. — diz Maryan.

— Ok, vamos fazer isso. — diz a Srta. Mawyee. — Quanto a você, Hellen, sua mãe já está vindo te buscar.

— Uhum, obrigada, Srta. delegada.

Vou achar quem está fazendo isso. Eu preciso achar.


Garota De Gelo (Pausada)Onde histórias criam vida. Descubra agora