6. Adrenalina

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Eu ia guardar para a maratona, mas estou feliz.
Então aqui têm
CAPÍTULO SURPRESA



Adrenalina.

Também conhecida como Epinefrina. É uma hormona libertada na corrente sanguínea que tem a função de atuar sobre o sistema cardiovascular e manter o corpo em alerta para situações de fortes emoções ou stresse como luta, fuga, excitação ou medo.

Seria esta a definição mais adequada para a maioria das pessoas e situações. Para Ben era algo mais poderoso. Era esta que ativava e alimentava os seus poderes, traduzindo-se assim num constante nível elevado de adrenalina que criava as sobrecargas sensoriais.

Desta forma, caso a produção da Epinifrina continuasse a crescer durante uma crise o controlo e as dimensões dos poderes aranha seriam perdidos, e assim o objetivo da hormona, que seria proteger a pessoa, estaria completamente desfeito.

O Parker sabia bastante bem as consequências e como tal, apesar da tenra idade, tentou manter o mínimo de calma para reagir à situação. Porém era praticamente impossível e em poucos segundos os seus instintos controlavam o seu corpo automaticamente.

Após a enorme luta pela sobrevivência, Lucas havia descoberto que o pai e os irmãos haviam morrido pela mãe, que a esta altura já deveria ter tido o mesmo destino à conta dos homens maus que o perseguiam.

Em circunstâncias normais, homens e mulheres uniformizados a correr atrás de uma criança de 7 anos jamais passaria despercebido, contudo numa situação de catástrofe ninguém parecia prestar atenção à perseguição frenética a um menino que saltava grandes alturas e distâncias.

Ben tentava desesperadamente sair daquele lugar e livrar-se das pessoas que lhe queriam fazer mal, porém essa tarefa era um tanto quanto complicada.

Com a sobrecarga sensorial, o excesso de adrenalina, os olhos tomados pelas lágrimas, as emoções levadas ao extremo e o ruído das comunicações que os agentes faziam, todos os sentidos e instintos estavam confusos tornando o menino em uma criança assustada com super poderes.

Uma combinação completamente catastrófica que começava a demonstrar os primeiros sinais.

Em pouco tempo, Lucas perdeu a noção das distâncias e rapidamente caiu no meio do corredor, despertando a atenção das pessoas ao seu redor. O homem de preto mais forte aproveitou a distração e alcançou o rapaz, que imediatamente o afastou e voltou a correr.

Dizer que o Parker estava em pânico parecia um eufemismo. O menino estava desesperado e guiava-se apenas através dos seus sentidos falhos. Contudo estes foram o suficiente para Ben ouvir uma voz familiar assim que chegou ao exterior.

-Mr. Stark? - chamou, parando para tentar encontrar o herói. - TONY!?

Um simples chamado foi o necessário para acabar com o avanço do aranha, que sem perceber, foi apanhado por uma pessoa com braços demasiados fortes. Em circunstâncias comuns a criança rapidamente dominaria o adulto,no entanto nada naquilo era normal.

-LARGA-ME, LARGA-ME!

-Está quieto pirralho, ou eu acabo contigo... - o homem ameaçou num sussurro, chamando reforços pelo auricular.

-NÃO! DEIXA-ME EM PAZ. - Ben continuou a gritar, esperneando e batendo nos braços do agente. - TONY! TONY!

Na outra ponta do hospital, Steve empurrava o marido na cadeira de rodas, rodeados por seguranças e assistentes. O casal conversava descontraidamente, pois sentiam que o pesadelo havia terminado. No entanto uma voz infantil chamou à atenção do Vingador mais novo.

Impossible || Peter's DiariesOnde histórias criam vida. Descubra agora