Capítulo 3. Festejo

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Os dois seguiram conversando até chegarem em frente ao prédio onde ela morava. Foi então que percebeu a hora e resolveu convidá-la para almoçar e ela aceitou. Foram então para o restaurante do outro lado da praça, que também é dele, mas só a família sabe do fato. Miguel sempre achou pouco producente que todos saibam de sua vida, principalmente a financeira.

A uma certa distância, oculto por uma árvore, o prefeito observa os dois com um sorrisinho maldoso modificando suas feições. Ele percebeu o olhar de Miguel sobre a professorinha, e quando ela correspondeu, entendeu tudo. Aquele lobo chato, que perturbava sua gestão com tantas reclamações e reivindicações para sua Alcatéia, encontrou sua companheira de alma. Viu no fato a oportunidade que esperava de se ver livre do problema. Saiu de fininho para não ser visto, entrou no carro e foi na direção contrária a da prefeitura. 

No restaurante, os dois sentaram em uma mesa próxima a uma das janelas frontais, onde podiam contemplar a praça. Mas se dependesse de Miguel, ele só olharia para ela. Nesse momento e para o restante de suas vidas, ela seria a merecedora de sua principal atenção. Seu olhar de admiração dizia tudo. Para ele, ela é a mais linda fêmea que já conheceu e seu aroma o deixa cada vez mais apaixonado. 

Já  Bela está  cada vez mais encabulada.

-Porque me olha tanto, está me deixando com vergonha.

-É que você é tão linda que não canso de admira-la.

-Eu, linda? Isso é novidade para mim. Sempre fui muito simples, não gosto de maquiagem ou de me vestir conforme a moda. Nunca fui daquelas moças que chamam a atenção dos rapazes, então é uma surpresa a sua admiração. 

- Não sei os outros,  mas para mim você é perfeita e quero conhecê-la melhor. Se você concordar, podemos sair, ir ao cinema,ou só dar uma volta, fazer um lanche em algum lugar, o que acha.

-Pra começar,  acho que estamos indo bem.

Ela sorriu e surgiu uma covinha em seu rosto,  o que fez ele sorrir também,  só que de prazer, por sua companheira ser tudo o que ele sonhou.

-É, acho que sim. 

Foram interrompidos pelo garçom que veio fazer o pedido. Assim se passou duas horas de almoço e conversa agradável. Descobriram várias coisas em comum e que ela preferia floresta a praia e cidade pequena do que metrópoles. Tudo combinava com o modo de vida dele.

O garçom voltou para perguntar se queriam mais alguma coisa.

- Não Alan, obrigado. Nós já vamos. 

-Certo Alfa, estamos felizes por você! 

-Alan?! Por favor…

O rapaz parece cair em si de que foi inconveniente e fica mais vermelho que tomate.

-Desculpa al... - senhor.

-Tudo bem Alan e diga aos outros para ficarem quietos.

-Certo senhor. - Ele se curvou e se foi ainda envergonhado.

-O que foi isso? Ele te chamou de Alfa e disse que estão felizes por você.. 

-É a minha família,  venha, vamos sair daqui.

- Não vamos pagar a conta? - Ela perguntou preocupada e procurando o garçom. 

-Esse restaurante é meu, mas não espalha. - Ele respondeu com um sorriso e pegando em seu braço com delicadeza, a levou para fora do restaurante.

A essa altura, todos já devem estar sabendo que encontrei minha companheira, pensou Miguel. Quando ele chegar na padaria terá que enfrentar todas as brincadeiras que farão com o assunto.

Sequestrada pelo Lobo (Concluído)حيث تعيش القصص. اكتشف الآن