Capítulo 4

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"Estou olhando no meu telefone de novo, me sentindo ansiosoCom medo de ficar sozinho de novo, odeio isso"

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"Estou olhando no meu telefone de novo, me sentindo ansioso
Com medo de ficar sozinho de novo, odeio isso"

– In My Blood
- Shaw Mendes

— ✩✩ —

✰ 10 de Agosto, segunda-feira ✰

— Aí ele foi embora muito puto de lá — Nanda contava, empolgada.

— Chocado — Danny disse, completamente envolvido na fofoca.

Eram quase nove da manhã agora e nós estávamos na sala de aula, esperando ansiosamente pela hora do lanche. Na verdade, eu sempre espero ansiosamente por qualquer momento que envolva comida. Hoje já é segunda de novo. Entre as aulas da escola e estudar para o enem, nem vi o tempo passando direito, até porque isso foi basicamente tudo o que eu fiz. A professora de química tinha terminado a aula mais cedo hoje, então só estávamos conversando até o momento em que o sinal tocasse e nos deixasse sair dali.

Fernanda estava contando alguma fofoca que havia acontecido na vizinhança dela noite passada, e eu e Danny ouvíamos atentamente, interrompendo-a de vez em quando apenas com exclamações de surpresa, tipo "não acredito" ou "mentira". Camilla estava em algum lugar pela sala. Aquela garota era amiga da escola inteira, era praticamente impossível andar com ela sem que fossemos abordados por algum aluno aleatório que eu nunca tinha visto antes. Mas ela sempre conhecia. E isso não era diferente na sala. Ela rodava de grupo em grupo, conversando com quase todos eles.

— Gente — Camilla disse, aparecendo do nada. — Vocês não sabem o que eu descobri — ela senta em cima da mesa de Fernanda.

— Ai que susto, Camilla — Danny colocou a mão no peito. — Eu sou jovem demais para morrer.

— Quanto drama.

— Não sei o que você descobriu, mas espero que valha a interrupção da fofoca que eu tô contando — Nanda disse, cruzando os braços.

— Realmente, quero saber o que rolou com o vizinho corno — completei.

— O lanche hoje vai ser queijo!

— Mentira — eu disse, sorrindo. Tenho certeza que se fosse humanamente possível, minhas pupilas teriam se tornado estrelas.

— Verdade. Falei com a tia da cozinha.

— Pera. Você tinha saído da sala? — Nanda perguntou, visivelmente confusa.

— Saí! Que horror, vocês nem sentiram minha falta. Que péssimos amigos — ela cruzou os braços.

— Querida, você que parece o mestre dos magos, some e surge do nada. Eu achei que você tava lá atrás — aponto para o fundo da sala.

— Ai, tá bom, seus insensíveis. Deixa eu terminar de contar.

A Estrela que FaltavaOnde histórias criam vida. Descubra agora