Eda e Serkan parecem viver em mundos completamente diferentes, quase paralelos.
Eda impulsiva, um pouco maluca e claramente descontrolada.
Serkan altamente controlador, ajuízado, mau humorado e chato. Mundos opostos, duas pessoas completamente dife...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Eu acho que fui envenenada.
Eu tentei ignorar a lembrança do dia do meu casamento, onde quem eu julguei estar ao meu lado me mostrou uma grande falsidade e tentou me colocar para baixo, mas eu não consegui.
Fiquei pertubada com as palavras que escutei naquele dia, me senti realmente mal. Principalmente quando percebi o quanto o Serkan estava frustrado com algo que eu julguei ser eu e o meu comportamento insano. Me senti culpada e apesar dele tentar tirar aquela insegurança de mim, eu não acreditei nele e me deixei levar pela minha mente. Por alguns dias eu deixei de ser animada, louca e provocadora. Fiquei fechada em mim mesma, corroendo as palavras, lutando contra a minha mente.
Eu e o Serkan também aproveitamos para conversar com o Ali e o Bob sobre o que aconteceu em Istambul, eles ficaram possessos, o Ali quis ir até o minha tia e falar algumas verdades para ela, mas a dona Ayla e o Serkan disseram que já estava tudo resolvido, que é estava sob aviso e não se aproximaria de mim sem intenções sinceras. O Ali não aceitou muito bem, sei que no mínimo ele vai ligar para ela, mas isso já não está sob o meu domínio. Eu tentei tranquilizar ele o Bob sobre tudo, mas o meu comportamento estranho não convenceram eles.
Tem pelo menos duas semanas que eu estou em um estado de "dormência". Não reajo para nada, não tenho ânimo.
A única coisa que me deixou minimamente feliz, foi ver meu bebê. Eu e o Serkan procuramos uma ótima profissional assim que eu completei as cinco semanas. Iniciamos o pré-natal, eu já estou tomando mais vitaminas, ácido fólico e entre outras coisas para o bebê ter um ótimo desenvolvimento.
Também passei por um psicólogo e psiquiatra para uma avaliação e por enquanto eu continuo não precisando dos remédios para controlar a síndrome. O que para mim foi um grande livramento, eu só consigo pensar no meu bebê, por isso tento me controlar ao máximo só para não ter que tomar nada e prejudicá-lo.
Tirando ele, nada me arrancou um sorriso verdadeiro. Nem o Ali, o Bob ou a dona Ayla. Obviamente todos estão preocupados, achando que tem algo a ver com a borderline e eu tento não ficar irritada com o cuidado extremo em cima de mim.
— Você está pronta? — O Serkan pergunta me abraçando por trás, suas mãos acariciando minha barriga e um olhar atento no meu rosto.
Estamos indo para a nossa lua de mel, meu marido planejou tudo e está tentando me salvar.
— Estou.
— Quero te presentear com algo. — Murmúria me soltando e procurando algo no closet. — Era para ter te entregado antes, mas eu acho que esse é o momento perfeito.
Ele volta com uma caixa média e me entrega. Abro com curiosidade e fico muito surpresa ao encontrar o colar que eu gostei quando estava fazendo compras com a Ayla.
Como ele sabia?
— Gostou?
— Eu amei. — Meus olhos ficam marejados e eu abraço ele com toda força. — Obrigada.