Capítulo 11

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Serkan Bolat

E eu ainda tinha dúvidas que nada se espalharia tão rápido pelo escritório.
Sou rodeado por um bando de arquitetos fofoqueiros, isso que eles são. Ao invés de trabalhar, fofocam sobre a minha vida, a do chefe.

Além disso, tenho mais três problemas com que me preocupar:

1• Tenho comentaristas de notícias também conhecidos como fofoqueiros trabalhando para mim.

2• Toda Istambul já sabe que me casei, talvez a própria Turquia inteira.

3• Eda desmaiada no banco do carona.

Olha para sua figura adormecida ao meu lado ignorando todas as inúmeras ligações para o meu celular.
Finalmente o barulho para, apenas para tocar de novo.

Já de saco cheio, com uma mão livre do volante pego meu telefone e vejo o identificador de chamada.

Claro.
Adicione um 4º problema à minha lista.
Aydan Bolat.

Obviamente ela ja deve ter visto toda a notícia pela televisão ou internet.
Rejeito a chamada e desligo o celular.
Não posso lidar com ela agora, com ninguém.

Acelero o carro pelas ruas movimentadas de Istambul. Já é quase fim de expediente e isso explicaria o trânsito à nossa frente.

Olho para figura adormecida no banco do carona e penso em talvez levá-la ao médico. Eda nunca desmaiou assim antes. Eu sei que ela tem fobia de lugares fechados. Não foi isso que aconteceu.
Talvez ela esteja doente.
Pode ser um vírus, algo contagioso.
Ou...gravidez???
De outro homem....

Definitivamente estamos indo para um médico agora mesmo.
Só esse pensamento me faz acelerar o carro assim que o sinal abre. Corto por algumas ruas por um caminho mais rápido e fácil.

Alguns minutos depois estamos parando em frente ao consultório do médico da minha família.
Cutuco Eda de leve em busca de algum sinal de seus desperta, mas nada acontece. Ela continua inconsciente.

Saio do carro e abro a porta do passageiro, pegando-a em meu colo e embalando seu corpo ao meu. Um segurança se aproxima para me ajudar.

–As chaves estão no carro –digo e dispenso a ajuda com Eda.
Ninguém irá tirá-la do meu colo agora.

Passo direto pela recepcionista que tenta chamar minha atenção.

–Senhor... –ela chama atrás de mim ao mesmo tempo que os barulhos do seu salto ao chão alcançam meus ouvidos. –O senhor não pode.

Como assim não posso? Eu dou muito dinheiro para esse médico e a clínica só está de pé até hoje, graças ao meu dinheiro.

Ignoro-a e continuo andando com Eda embalada em meu colo. Meus passos são firmes e largos, enquanto deixo a recepcionista correndo atras de mim.

Alcanço a sala do médico e o vejo sentado examinando alguns documentos. Quando me ver, ele os largas e se levanta indo para perto, olhando com curiosidade para o corpo ao qual está agarrado no meu. Com uma mão ela dispensa a recepcionista.

–Senhor Serkan? O que aconteceu –ele tenta tirar o corpo de Eda do meu, mas eu a agarro com mais força e me sento no sofá ao lado de sua mesa.

Dupla Explosiva (Edser)Where stories live. Discover now