• Capitulo 41 •

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Luísa

Só coloquei meu vestido e a rasteira e vazei indo pra casa da Jana.

Fiquei esperando bem na esquina, até parecia que eu tava fazendo programa ali.

Eu não tava com pique pra ir no baile não, nem meus pais iam ir, só tava indo mesmo pela Jana que queria ver o Alê.

“ Não vou me apaixonar ”.

Vi de longe ela vir correndo, era sempre a mesma coisa, ela trancava a porta do quarto e pulava a janela.

- Achei que nem ia dar, meu pai tá muito na minha cola! - Jana disse.

- E tu tá louca de querer vir? Melhor tu voltar, se ele acordar e ver que tu não tá lá, vai ser pior Jana! - Falei e ela nem deu ouvidos.

Depois a culpada ainda sou eu...

Guiamos pro baile, mal cheguei e já fiquei sozinha, Jana e Alê sumiram. Peguei uma bebida e fui dançando no meio dos povos, tava mesmo era com sono. Sai daquele meio e subi no camarote vendo Pedrinho no maior dengo com a Samira.

Eu me remexia com as batidas da música. Tava bom, mas não como os bailes das antigas, não tava bom nada ali. Devia ser pelo fato de eu estar menstruada, eu fico com zero vontade de nada.

- Aê cu, teu macho sozinho ali! - Pedrinho disse alto apontando pro Vigarista que bebia enquanto mexia no celular.

- Me erra Pedro. - Falei bebendo todo o meu copo.

Eu me sentei em uma das cadeiras dali e vi o Pedrinho arrastar Samira pra fora. Continuei ali no sono e na paz. Pena que a paz durou por pouco tempo. De longe avistei Karine entrando no camarote.

Ué, quem deixou entrar?

Continuei ali olhando os pessoais, tava boa pra bater em ninguém não, aliás, se ela quisesse gritar, ia gritar sozinha.

Ela parou na minha frente e cruzou os braços, eu subi meu olhar pra cara dela e levantei a sobrancelha suspirando.

- O que é? Perdeu o cu na minha cara? - Perguntei.

- Fácil né?! - Ela ia falar e eu me levantei interrompendo.

- Tu só sabe falar fácil menina, aprenda a ter argumento. Para de ficar na minha cola por conta de macho que nem quer tu. Não te devo nem explicações e nem nada, eu sou solteira e nunca fui amiga tua palhaça! - Falei brava.

Pra que fui falar isso?

Ela tacou a bebida no chão e começou a fazer o show dela falando alto. Todo mundo dali tava olhando pra gente.

- Cuidado em menina, essa daqui sai com homem casado, paga de amiga e senta depois! - Karine nem terminou de falar e eu fui pra cima.

Falar do meu caráter não. Eu posso ser a pessoa mais vagabunda do mundo, mas sair com homem casado não!

Eu agarrei ela e foi nós duas pro chão. Ela me encheu de tapas, e eu enchia ela de murros. Minha bunda tava toda de fora, mas eu nem me importei, desci o murro na cara dela.

- Quiser me acusar de algo, acusa de uma coisa que eu fiz biscate! - Falei alto sentindo alguém me puxar.

Um dos meninos que tavam ali puxou Karine enquanto ela me xingava de puta, talarica...

Senti abaixarem o meu vestido e eu vi que era o Vigarista. Ele foi até a Karine e puxou ela pra fora do baile. Ficou o maior climão, todo mundo me olhando como se realmente eu tivesse saído com homem casado.

Eu sai dali, eu tava certa que ia vazar. Cheguei lá fora e um canto tava o Vigarista e Karine discutindo. Vigarista deixou ela falando sozinha, ela entrou de volta pro baile igual um furacão, faltou me levar junto.

Ele me encarou e eu me virei subindo pra casa. Eu sentia arder meu rosto, mas o estrago mesmo eu tinha feito nela.

Sai dos meus pensamentos quando olhei pro lado e ele tava subindo junto.

- Na próxima vez eu juro que eu taco fogo nessa ridícula se ela vir com graça! - Falei brava.

- Não vai ter próxima, fica tranquila que eu já resolvi os bagulhos pra ela vazar!- Vigarista disse.

Eu parei no meio daquela rua escura e encarei ele.

- É sempre assim, a mulher é a puta e o cara é o bonitão da história. Olha lá... - Falei negando.

Vigarista veio vindo e eu me afastei.

- Pô, foi mal cara. O erro foi meu mesmo de ter te puxado, já foi, não tem como apagar o que rolou... - Ele disse.

- Tu tinha mulher já, devia respeito. Olha eu nem sei por que fiquei contigo depois. - Falei entrando num beco pra cortar caminho.

Ele entrou junto e me puxou. Ele me colou na parede e segurou firme minha mandíbula.

- Tu se arrepende é? - Ele perguntou cheirando o meu pescoço. - Ô cheirinho que fica na mente! - Ele disse depositando um beijo no meu pescoço.

Me arrepiei inteira. Ele voltou o olhar por meu.

- Me arrependo! - Respondi. - Foram momentos de tesão, só isso! - Falei saindo de perto dele e voltando a andar.

Ele me agarrou por trás me colocando de cara pra parede.

- Ah, então tu só quer sentar? - Vigarista sussurrou passando a mão no meu peito e apertando.

Não dá, não dá. Eu tô menstruada.

- Não sei se vale a pena o serviço contigo... - Falei me virando de frente pra ele.

- Bora lá em casa, ai a gente mata a vontade que tá matando a gente! - Ele disse me enchendo de beijos.

Eu fechei meus olhos pensando por alguns segundos e neguei com a cabeça.

Só de ouvir a voz dele, a minha intimidade latejava com vontade de sentir ele.

- Tô menstruada! - Falei.

Ele se afastou e me encarou.

- Pô, se tu não quiser não precisa desse caô ai! - Ele disse e eu neguei.

- Duro que eu tô mesmo nos meus dias! - Falei.

- Eu não ligo não, ai vai de tu! - Vigarista disse saindo do beco.

Eu sai atrás...

Será meu Deus?

aperta na estrelinha •

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