🌸. College

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Sakura

A semana passou como um borrão. Ou seja, já estamos em julho e logo logo as provas vão começar novamente e depois são as férias e finalmente adeus ensino médio. Eu deveria mesmo está preocupada com as provas, mas nesses últimos dias eu só consegui ocupar minha cabeça com o Sasuke e o aniversário com a família dele.

Alguma coisa dentro de mim diz que é melhor eu deixar isso pra lá e recusar o convite. Pra começar, eu não devia nem está transando com ele. Transar no sigilo é uma coisa, agora conhecer a família do professor como se você fosse a namorada... é outros quinhentos. E eu nem estou pronta pra engatar em alguma coisa, mesmo que a traição do Deidara não me afete mais tanto assim.

Rolei pela minha cama com o travesseiro colado em mim e alterei meu olhar entre o teto e a escrivaninha cheia de livros. Ficar aqui devaneando ou estudar pra garantir uma vaga numa boa faculdade? Não precisei pensar duas vezes e me levantei num pulo. Encarei a pilha de livros ao me sentar na frente do notebook e só depois de alguns minutos decidi abrir o de história.

Não sei quanto tempo se passou, mas fui revisando cada assunto sem parar. Revisei história, biologia, matemática e literatura. Eu estava respondendo uma questão de química quando meu pai entrou de repente no meu quarto. Ele me encarava com um sorriso desconfiado enquanto andava em passos preguiçosos até mim.

— Estudando? — ele perguntou enquanto tentava disfarçar a olhada rápida que deu na tela do meu notebook. Ele pareceu decepcionado ao ver que não tinha nada além do meu plano de estudo preenchendo o monitor.

A verdade é que desde a última visita á casa do Sasuke, meu pai tem andado insuportável. Ele finge que não, mas sei que já andou vasculhando meu quarto e até tentando descobrir a senha do meu notebook e celular. Mesmo sabendo que ele nunca descobriria nenhuma delas, eu apaguei as conversas com o Sasuke só para garantir.

Não o culpo de querer saber se estou ou não saindo com alguém, até porque eu não fui a única traumatizada pelo Deidara. Me ver chorar como louca pelos cantos por dois meses fez o meu pai ficar traumatizado também. No fundo, ele só quer saber quem é o cara. E esse é o problema.

— O que você quer? — perguntei fingindo está muito concentrada no caderno só pra ver se ele me deixava em paz.

Meu pai franziu os lábios e se balançou para lá e para cá antes de responder. Puxou minha poltrona com a maior facilidade e a colocou do meu lado antes de se sentar.

— Só quero saber o que tem feito ultimamente. Você nunca mais conversou com o seu velho sobre a escola, a faculdade... namorados. — ele falou a palavra "namorados" tão rápido que não tenho certeza se foi isso que ouvi.

Ao fundo, I Did Something Bad começou a tocar baixinho na minha caixinha de som. Meu pai ergueu as sobrancelhas.

— Você tem algum namorado? — na lata!

— Não. — e eu não estava mentindo. — Por que essa preocupação do nada?

— Taylor Swift é coisa de gente apaixonada.

Contive uma risada.

— Pode até ser, pai. Mas não essa música.

Ficamos alguns minutos sem saber o que falar. Era engraçado ver o meu pai sem jeito com alguma coisa. Lembrando desse detalhe, perguntei:

— O senhor pode lembrar a mamãe da minha consulta no ginecologista? Ele sempre me lembra que meninas que não são mais virgens devem ir com mais frequência.

— Tá tá tá. — ele fechou a cara e caminhou na direção da porta. Antes de sair, se virou novamente. — Toma jeito, garota.

E saiu. Obrigada, Deus. Pude rir a vontade, mas logo em seguida Lover começou a tocar. É, talvez eu esteja apaixonada mesmo.

DominateurWhere stories live. Discover now