• CONVITES E PÉROLAS •

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“Sentimentos nunca fazem sentido. Eles vão te deixar confuso, aí eles vão te enrolar por horas, para, no fim, te deixar no mesmo
lugar”.
-Blair Waldorf

Era início de primavera, pude sentir o vento gelado entrar pela janela do quarto, da qual mais uma vez, esqueci aberta enquanto dormia

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Era início de primavera, pude sentir o vento gelado entrar pela janela do quarto, da qual mais uma vez, esqueci aberta enquanto dormia. A claridade que passou pelas cortinas, pairou em meus olhos, e percebi que já era manhã. E estava cedo.

Após um tempo que acordei eu ainda continuei deitada, criando coragem para levantar. A cama era tão aconchegante e convidativa até demais, dormiria até tarde se conseguisse.

Mas, não se faz nada produtivo deitada, pelo menos, não desse jeito. Dei um curto sorriso com o trocadilho, me livrando dos pensamentos e sentando na cama.

Olhei ao redor do meu quarto, eu finalmente consegui comprar um apartamento no mínimo decente, estou orgulhosa disso.

O quarto ainda está com a decoração padrão de quando o comprei, não é a minha cara, mas admito que é de muito bom gosto.

A parede lisa e a única que tem uma porta para um minúsculo closet, era de um tom de cappucino. Mas laterais da cama há uma escrivaninha de cada lado. A televisão de 50pol fica na parede de frente a cama, está que está centralizada e encostada em uma parede inteira espelhada.

A noite de ontem com Yahiko me deixou exausta, foi quase a noite toda.

Não havia ligações perdidas de Konan, o que significava que provavelmente teria a tarde toda livre. Sem nenhum encontro, ou a simples companhia com alguém.

Hoje acordei um tanto pensativa demais, e melancólica também. Sinto falta da minha irmãzinha, Hanabi, eu não a vejo desde aquele dia. Aquele fatídico dia.

Só converso com ela por mensagens, já que ela não pode vir e eu não posso ir vê-la. Gostaria muito de trazê-la para ficar comigo, segundo Hanabi, nosso pai não muda nunca e tendia a apenas piorar dia após dia.

Ao lembrar de Hana, e automaticamente daquela época, me faz lembrar dele.

Apesar de muitos anos as imagens ainda se formam na minha cabeça, e de alguma forma toda aquela dor de ser abandonada por quem amava e expulsa de casa pelo meu pai fez ser a mulher forte que sou hoje - afastei os pensamentos novamente. Não quero lembrar, de certo modo apesar de cicatrizadas, as feridas ainda doem.

Esse é daqueles dias que eu só gostaria de ficar deitada, fazendo nada e olhando pro teto.

Resolvi levantar de vez e me direcionei até o banheiro, um bom banho de manhã me animaria e a água levará embora todo esse peso e esses pensamentos intrusos.

E de fato, foi o que aconteceu. Esperei a banheira encher e assim que estava boa coloquei a espuma e alguns sais minerais para relaxar, no mesmo instante ouço barulhos de chave e a porta principal do apartamento se abrindo.

ULTRAVIOLENCE -- HIATUS Where stories live. Discover now