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Domingo, 19:00...

Diogo

- Deixa lá no meu quarto, pode subir tudo- murmurei pro vapor que tava cm uma das malas da Cíntia.

Ela sorria, parada ao lado dele.

- Tô tão feliz de vim morar aqui- me abraçou por trás, beijando meu pescoço.

- Sobe tu também, pode tirar meus bagulho de lá e colocar no corredor que depois eu levo pro quarto da minha mãe- avisei, me afastando dela e sentando na ilha que dividia a sala da cozinha.

- Você não vai mesmo dormir comigo?- murmurou, fazendo bico.

- Não, ele vai ficar no meu quarto- minha mãe sorriu debochada, enquanto cortava um pimentão pra congelar.

- E tu vai ficar aqui por pouco tempo também, só até o casal lá desocupar minha casa da rua 10- avisei.

Tenho mais umas 5 casas pelo morro, além da que eu moro. Todas estão alugadas.

- Tô subindo- murmurou.

- Letícia me largou- virei pra minha mãe, me debruçando sobre a ilha- não gostou que a Cíntia viesse pra cá.

- Bem feito! Você tá dando um tiro no seu próprio pé, colocando essa menina aqui dentro de casa- avisou.

- Tá mesmo, Diogo- minha vó chegou, pegando uma maçã da fruteira.

- Ultimamente eu tô dando tanto tiro no meu pé, que nem sei mais como que ainda tô andando- tirei o boné, coçando minha cabeça- tá foda.

- Sobe lá e conversa com a sua mulherzinha, ela tem um mês aqui em casa. No máximo- minha mãe apontou pra mim com a faca, alterada.

Dei risada.

- Relaxa, vai dar tudo certo- suspirei.

- Sua mãe tá certa, Diogo- vó Clau acariciou minhas costas, sentando no meu colo- quem não ouve conselho, ouve coitado. Escuta oq eu tô te dizendo- mordeu a maçã.

- E tem mais, hoje eu não vou fazer janta- colocou o pote com o pimentão no freezer, jogando a faca na pia- se quiser, manda sua esposa ir pra boca do fogão!- sentou no sofá da sala.

- Eu não posso, tô grávida- desceu as escadas com a mão na barriga.

- Gravidez não é doença. Eu trabalhei de faxineira até o dia de ganhar a Claudia- minha vó retrucou- saí da faxina, passei em casa pra tomar banho e ainda tive que ficar no ponto esperando ônibus pra conseguir chegar no hospital e ganhar minha filha- apertei a cintura da minha vó, murmurando pra ela não dar trela pra Cíntia.

- A senhora já era velha, eu ainda sou nova. Não preciso disso, tenho um marido que me sustenta- deitou no sofá.

- Marido não, em- me meti- sou nada seu, quero que isso fique bem claro. Tu só tá aqui por causa do meu filho.

- Ah, mas...- nem deixei minha mãe terminar.

- Lavação de roupa suja agora não, faz favor- murmurei- vou pedir pizza- peguei meu celular, já discando o número da pizzaria.
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- Lavação de roupa suja agora não, faz favor- murmurei- vou pedir pizza- peguei meu celular, já discando o número da pizzaria

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Cíntia, 30 anos.
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Minha mandraka!Where stories live. Discover now