✎ Rᥱᥴᥲdιᥒh᥆. Se você por conta de assedio ou abuso tem gatilho, esse capítulo não é recomendado, mesmo que no final tenha um ato muito bom que esse tipo de pessoa merece, não recomendo ler. Não estou romantizando nenhum tipo de assedio ou abuso, mas o que acontece nesse capítulo infelizmente acontece com mulheres a anos, e não querendo poderia acontecer com qualquer uma.
꒰🖇꒱ Cuidados ♡꙼̈ ࿐ ࿔
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Era uma sexta-feira no final de tarde e eu estava terminando de assistir um filme com meus pais. Alguém bate na porta e eu me levanto seguindo a porta e a abrindo, logo vejo uma cabeleira encostada na parede de casa, sorri e abri espaço deixando Slash entrar. Meus pais se levantam e sorriem.
- Porque não avisou que ele vinha, filha? - Meu pai me questionava.
- Não sabia.
- Resolvi fazer uma visita surpresa. - Slash afasta os cabelos do rosto e finalmente vemos o rosto dele.
- Aceita alguma coisa para beber? Água, chá? - Minha mãe dizia tentando arrumar os cabelos.
- O famoso café brasileiro. - Slash diz se sentando no sofá ao lado do meu pai.
- Pode deixar.
Minha mãe vai até a cozinha preparar o café que Slash era viciado, ele ama vir aqui em casa não só para me ver e sim para beber café enquanto conversa com meu pai. As vezes penso que Slash prefere o café do que eu, mas eu também trocaria ele por café.
- Além da visita vim também perguntar se ela poderia sair comigo? Eu e meus amigos vamos tocar na cidade ao lado, queria saber se ela poderia vim. - Slash diz com a maior calma o possível para meus pais
- Pode sim. - Meus pais confirmam juntos.
Enquanto todos tomavam café e riam na sala eu me arrumava no quarto. Vestido preto e cabelo solto; bota preta com salto; colares e anéis; maquiagem; perfume e pronto. Fui até a sala para avisar que já estava pronta e todos os olhares vem em minha direção.
- Virei um fantasma? - Disse rindo seguindo até a cozinha.
Bebi água e então Slash me chama e sairmos de casa. Seguimos até a outra cidade no carro de Slash, não demorou muito para chegarmos no local aonde a banda ia tocar. Assim que desço do carro Axl corre para me abraçar, fazia um tempo que não nos vimos e sentimos saudade um do outro. Entramos no camarim e conversamos muitos, demos risada e contamos a Slash uma vez que Axl subiu numa árvore para pegar um sapato dele que eu joguei lá depois de ele cortar o cabelo da minha boneca nova, também bebemos e os garotos usaram as porcarias deles, eu apenas ficava conversando com a namoradas dos meninos. Logo era hora de ir para o palco, Slash me deu um beijo de despedida e subiu no palco. Eu e as meninas seguimos para a multidão e ficamos vendo os meninos tocarem e Axl arrasar no vocal.
Depois do show fomos ao bar e bebemos demais, Izzy e Slash passou da conta e estavam muito, muito, muito bêbados. Izzy ria fazia coisas idiotas em sentido bobo que se ele soubesse da metade das coisas que fez quando sóbrio iria se envergonhar e Slash era um bobão que ria de exatamente tudo. De começo eu só me divertia mas depois de Slash abusar das drogas eu fiquei muito preocupada. Ele não estava no mundo real, era como se ele tivesse dormindo ou estivesse em outra dimensão e o corpo dele ainda estivesse aqui. Chamei a atenção dele varias vezes, pedi para ele parar mas era inútil. Puxei Slash até um canto meio escondido e olhei seria para ele enquanto ele ria.
- Chega, vamos embora! Você já abusou bastante das suas drogas e nem sabe seu próprio nome direito. - Disse em um tom autoritário.
- Sei sim, é Saul Hudson. Seu rosto se mexe engraçado... - Ele cutucava meu rosto igual criança faz ao ver uma gelatina pronta.
- Slash, é sério. Você não esta bem, não é o mesmo Slash de 5 horas atrás. Por favor, baby, vamos embora. - Bato na mão dele que cutucava meu rosto.
- Não sei se quero ir... que horas são? Amém. - Ele ria abobalhado da própria piada idiota.
- Porra! Você está parecendo um idiota. - Já estava no limite.
- Não quero ir, porra! Você estava se divertindo e agora esta enchendo o saco. O que tem de gostosa tem de chata e irritante. - Fora de si. Slash estava fora de si, jamais diria isso se estivesse normal, embora estivesse extremamente calmo.
- Pode ficar então, eu vou embora. Aproveita o resto da sua noite de merda. - Sabia que se o Slash me deixasse em casa ia ser perigoso, ele mal consegue andar.
Deixei Slash sozinho e sai do bar andando pelas ruas sozinha. O que era para ser uma noite divertida se tornou uma briga que ao menos meu namorado nem se lembraria depois e isso me deixava com mais raiva dele. Enquanto eu pensava nisso, senti um suspiro no meu pescoço e me virei.
- O que uma gatinha dessas faz sozinha de noite? - Um homem branco alto com um bafo de cerveja barata estava me olhando e me comendo com os olhos, nojento.
- Nada que seja do seu respeito. - Tentei parecer mais calma possível, diferente do Slash eu não tinha esse dom.
- Não posso deixar uma garota como você sozinha numa rua tão perigosa. - O homem passeou as mãos no meu corpo.
O que nem eu e nem o homem esperasse era que o homem fosse cair no chão logo depois de uma porrada no rosto, muito menos esperava de quem fosse. Slash. Era uma porrada atrás da outra e Slash fazia isso com gosto, subiu em cima do homem e fazia o rosto dele sangrar como o segundo dia de menstruação. Depois de um tempo o homem estava inconsciente e Slash parecia bastante consciente do que fazia, principalmente pelo fato de já quando se virou para mim me pediu desculpas pelo o que falou.
Slash se levanta meio desajeitado pela adrenalina do momento, passa os pulsos na blusa que usava e depois passa as mãos no cabelo, mesmo que eu soubesse que ele ainda estivesse drogado, esse é o meu Slash. Mesmo que eu não goste de admitir, eu amo quando ele me defende, é um jeito de demonstrar que ele se importa e adoro ver esses tipos de homem apanhando.
- Eu disse que ia embora sozinha. - Mesmo assim ainda estava com raiva dele, e do que ele falou.
- Desculpa, eu fui um cuzão. Agora estou tentando tomar os certos cuidados com a minha garota. Prometo te escutar mais vezes e não rebater contigo, você sempre esta certa.
Ele me abraça e deixa um beijo molhado na minha testa.
