Capítulo 63

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~♪Hannah ~♪

Rhysand estava em choque, eu também estava, queria contar de um jeito calmo mas a reação seria a mesma.

O olhar de Rhys ia de mim para a minha barriga, de mim para ela constantemente.

Eu esperei ele falar algo mas não aconteceu, e o medo me invadiu.

— Rhys.. d-desculpe, eu não sei o que aconteceu, eu tomei a poção... —eu estava tremendo, ele odiou— desculpe. -foi um sussurro meu.

Eu saí correndo de lá, me envolvendo no feitiço para que meu cheiro não fosse descoberto.

Ele não gostou, ele não gostou.

Mas não foi minha culpa e.... Acariciei a barriga plana... Nem dele.

Eu estava na forma illyriana, e com isso eu bati as minhas asas e me lancei ao céu.

Deuses, não podia ser agora, não com uma guerra batendo na nossa porta, não...

Eu solucei baixinho.

Fazendo o retorno, sentindo o cento secar as minhas lágrimas.

Então pousei na sacada do meu antigo quarto, no qual fiz um pequeno estúdio.

Eu fechei as minhas asas e respirei fundo, sentando em um banquinho.

Eu dei a primeira pincelada e ela foi dolorosa.

— Você também não tem culpa. —sussurrei para a minha barriga— só que sua entrada triunfal não foi em um bom momento de paz. -sorri de leve.

Meu pincel se movimentou outra vez.

— E... O seu pai deve estar, apenas em choque... Ou não mas, eu fiquei feliz com a notícia. -sussurrei.

Eu encarei o par de olhos que eu havia pintado, um olho dourado e outro violeta.

— Eu vou ser uma péssima mãe de primeira viagem, mas... Prometo dar o meu melhor e te dar o amor que por anos nunca tive. -sussurrei.

Eu deixei o pincel no cavalete.

— Você nunca vai conhecer a dor e o sofrimento pelo o que depender de mim, nunca vai sentir que não é amado, nunca vai sentir que está sozinho no mundo, porque vou sempre estar com você. -falei baixinho.

Grávida, eu estou grávida...

— Deuses, terei de fazer mil escudos para não ser atingida na guerra e correr o risco de perder o meu filho. -sussurrei olhando para o teto.

Eu ouvi a porta atrás de mim se fechar, e eu girei rapidamente no banco, tomando cuidado para as asas não baterem na pintura, então encarei Rhysand.

Ele estava com lágrimas nos olhos, estava me encarando com tanta doçura que chegava a doer o peito.

Eu baixei a cabeça.

— Desculpe. -sussurrei de novo.

Ele atravessou até mim, caindo de joelhos aos meus pés enquanto balbuciava choroso a palavra "bebê".

Ele abraçou a minha cintura, o grão-senhor tremia em soluços, eu acariciei seus fios negros azulados.

— Um filho, um filho. -ele soluçou.

Eu beijei sua cabeça, deixando as lágrimas caírem.

— Como pode pensar que eu não gostei da notícia? Minha rainha. -ele questionou incrédulo, as lágrimas caindo.

— Porque você não me disse nada, e porque na cabana você disse que um bebê no meio dessa guerra seria perigoso. —murmurei— pensei que fosse pedir para eu...

Corte de Sonhos e EstrelasWhere stories live. Discover now