Acampamento Sinistro

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  Hailey sai da cabana para tomar um pouco de ar

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  Hailey sai da cabana para tomar um pouco de ar. Estava com sono, mas se recusava a dormir. Parou alguns metros a frente olhando para o céu, até que tudo a sua volta fica escuro. O acampamento estava, agora, sem energia. Um grito vem da cabana e a garota corre para ver o que houve.


― Me assustei. ― responde Shannon em pé, perto de Margot e Laurel.

― Um pesadelo? ― pergunta Laurel. ― Também tive, mal consegui dormir. Estou meio aflita com tudo. ― Laurel chacoalhou a cabeça e fez uma careta de incômodo. 

  Por um segundo, ela se lembrou de um pesadelo que teve muito recentemente. Podia ver uma silhueta a perseguindo em uma floresta, a única iluminação do ambiente era a luz da lua e seus gritos eram mudos. Ela corria, mas sentia-se em câmera lenta. Aquela coisa sombria, aquele assassino, por melhor dizer, estava prestes a tocá-la com o seu machado enferrujado. Não adiantava fugir para o lago, pois lá estava repleto de corpos e os arrepios percorriam sua pele. Ao se virar, ela sentia o machado entrando na sua cabeça. A dor era surreal. Porém, o choque do ataque era tão grande que ela não reagia, apenas caía de joelhos e sentia o seu sangue escorrer pela sua testa.  

― Nossa, eu que me assustei! ― disse Hailey, com a mão no peito. ― Gente, acho que a energia foi cortada. Eu estava lá fora tomando um ar e ficou tudo um breu.

― Nossa, mas assim, do nada? ― pergunta Margot, indo olhar pela janela. ― Que estranho, está totalmente escuro. Exceto por aquela cabine no topo... ― Margot franziu o cenho brevemente.


  As meninas se juntam na janela para irem verificar. Um apagão total, fazia Margot lembrar da capa de um livro do Stephen King, "Pesadelos e Paisagens Noturnas", embora o enredo da história fosse algo totalmente diferente do que ela estava vendo.


― Ah, aquela é fora dos limites, é da Juliet. ― diz Shannon, estreitando os olhos para enxergar melhor. ― A vadia deve ter uma reserva de energia potente.

― Não temos lanternas aqui? Deveríamos sair e verificar. ― sugere Laurel.

― Eu que não vou ficar aqui nesse escuro. Vai que um demônio me ataca? Tem lanternas no armário, vou pegar. Devem funcionar. ― diz Hailey, já saindo de lá e seguindo até um armário de utensílios para pegar as lanternas.


  Assim que consegue acendê-las, comemora por um instante. Depois, ela entrega as lanternas para as meninas, que saem da cabana. O acampamento continuava coberto pela névoa, era um pouco difícil de enxergar, mas as lanternas quebraram um galho. Por um momento, Hailey estranha o silêncio que o acampamento está, parece que ninguém se levantou de suas camas para ir ver o que estava rolando. 

― Venham, eu sei um caminho que a gente pode pegar para chegar mais rápido na cabine de Juliet. ― diz Shannon.

  Sendo assim, as meninas seguem Shannon. Embora estivesse com as meninas, Laurel continuava amedrontada com as histórias que haviam lhe dito. Se mantinha atenta e hostil a qualquer movimento que pudesse lhe parecer ameaçador. Margot, por outro lado, estava tranquila. Só confusa com a queda de energia repentina. Talvez seu mecanismo de defesa fosse fingir que não havia um assassino em potencial à solta no acampamento, no meio da noite, sem energia e sem uma forma de comunicar-se com as autoridades de forma adequada. Hailey ia na frente, com Shannon. Quando um javali passou por elas de repente, aquilo fez com que gritassem de medo, coletivamente. O instinto de defesa delas foi se abraçar. O animal foi embora em pânico, provavelmente se assustou com elas.


― Ai, malditos javalis balofos. Animais. ― disse Hailey, nervosa.

― Ok, essa noite só fica cada vez mais tenebrosa. Isso é tão legal! ― diz Shannon, animada. Ela sorria tão abertamente que os aparelhos em seus dentes brilhavam com a luz do luar.

― Não era você que estava em choque hoje cedo? Maluca. ― diz Hailey, revirando os olhos e caminhando com elas novamente.

Beyond the Nightmare: Dead CampOnde histórias criam vida. Descubra agora