𝐀𝐍𝐘𝐎𝐍𝐄 𝐂𝐀𝐍 𝐃𝐈𝐄
prólogo. his share of bad luck
❝ O azar de uns é a sorte de outros. ❞
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ESTA CASA É MAIS CHEIA DE FANTASMAS DO QUE DE PESSOAS VIVAS, então faz sentido que sua mãe queira tanto continuar morando aqui. Gabe consegue imaginar seus olhos brilhando enquanto ela caminha pelos quartos vazios, banheiro mofado e porão trancado. Ela deve achar que esta casa é a única coisa que permanece intacta na família.
A pior coisa sobre a casa não é a luz amarela e instável na cozinha de que seu pai sempre reclama, ou mesmo esse constante vazio que se alastrou pelos cômodos com o passar dos anos. É que não há como entrar ou sair do quarto de Gabe sem ser notado. Os quartos estão todos ligados em um longo corredor que leva à cozinha, e esta que leva à sala de estar; basicamente, você precisa fazer um tour por toda a casa para fugir, caso precise. Além disso, a janela do quarto está travada há um mês, então não é como se ele pudesse brincar de Rapunzel sempre que lhe convém. E é por isso que quando Gabe chega em casa do treinamento de futebol nesse fim de tarde, ele não tem tempo de fugir do olhar reprovador vindo de sua mãe na cozinha.
— Gabriel — ela chama, — vem jantar. O que é o mesmo que "não tente se esconder em seu quarto".
Ele só vai longe o suficiente no corredor para guardar suas coisas e lavar as mãos no banheiro, antes de sentar-se à beira da mesa. A luz pisca, sua cabeça parece que está pegando fogo. Os olhos de sua mãe estão fixos nele, mas os olhos de Gabe estão na travessa de macarrão colocada sobre a mesa. Ele pega um prato para se servir, mas o cheiro revira seu estômago.
— Quando foi a última vez que tomou analgésicos? — ela pergunta, virando-se para pegar um copo d'água e a medicação.
— De manhã — Gabe mente. Ele tomou três antes do treino.
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ANYONE CAN DIE, fear street
Fanfiction𝐜𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤. 𝐞𝐯𝐞𝐧 𝐚𝐬 𝐚 𝐬𝐡𝐚𝐝𝐨𝐰, 𝐞𝐯𝐞𝐧 𝐚𝐬 𝐚 𝐝𝐫𝐞𝐚𝐦 Se dependesse de Gabe, nenhum monstro relaria um dedo sequer em seu namorado. ﹙simon kalivoda x male!oc﹚