27

1.6K 166 55
                                    

-Gente me desculpa, a culpa foi minha. Eu deixei aqueles babaca me tirar a razão.

-Tudo bem relaxa só temos que chegar em casa Jamal pede um Uber - diz Ruby.

-Meu pai disse que Uber é só para emergências - diz Jamal e eu rio bem cara do nosso pai mesmo.

-É sério ? Oque exatamente classifica uma emergência? - pergunta Ruby.

-O que aconteceu ? - pergunto ao lado de César que digitava rapidamente algo em seu celular.

-Um riquinho mimado arrumou confusão por causa de um suco e ainda chamou a Olívia de vadia - fala Ruby.

- Ele disse o que?! - falo alto fazendo todos olharem para mim.

-Filho da mãe - digo irritada.

-Tiana fica aqui, já está resolvido - César diz com uma cara de raiva enquanto guardava seu celular.

-Resolvido nada ela não vai xingar uma mulher de vadia e sair ileso - digo irritada.

-Tiana - o corto.

-Se quiser vir vem mais não tenta me impedir - falo para ele que concorda com a cabeça.

Vou em direção a casa onde vejo um grupo de guris reunidos e olho pro lado vejo  César andando do meu lado e os outros logo atrás.

-Deixa que eu resolvo isso - falo para ele.

-Quer mais um pouco é? - um cara loiro, com uma tatuagem falsa de lágrima e vestido de chicano diz se virando para César após perceber nossa chegada.

-A você se acha o valentão, beleza.

-Falo o branquelo vestido de chicano com uma lágrima feita a caneta que não deve nem saber o significado - digo chamando sua atenção e o mesmo me olha.

-Oque só - o corto.

-Quem tu acha que é pra chamar minha amiga de vadia por causa de um suco - falo o olhando nos olhos.

O mesmo engole seco e responde.

-Pelo que eu saiba, a festa é minha, tudo aqui é meu inclusive minha boca sua vadia - fala citando letra por letra.

-Seu filho da.... - antes que eu pudesse terminar a frase e ir um passo à frente.

Escuto a porta de um carro bater com força e alguém apertando minha cintura.

-O que você disse? - escuto alguém dizer atrás de mim colocando a mão na minha cintura apertando forte.

Reconheço esse perfume, Oscar.

Então esse era o resolvido do César, se jura.

-Eu não disse nada - o filho da mãe tá se tremendo todo nem pra manter a palavra teve coragem.

Oscar tira sua mão de minha cintura a passando por cima da minha bunda e indo mais perto do garoto que tava tremendo igual vara verde.

Oscar molhou, ou melhor, ele chupou o dedo e passou na cara do moleque fazendo aquela lágrima feita com caneta sair na mesma hora.

-É de verdade - diz com a voz rouca fazendo o mesmo encima de sua tatuagem.

Em seguida passa sua mão novamente pelas minhas costas apertando minha cintura tento me soltar e o mesmo me aperta contra seu corpo.

Que pegada é essa.

Senhor.

Tenho certeza só pode ser praga daquela mulher.

-Por favor, oque você q-quer? - pergunta o guri quase se mijando.

-Nunca, nunca mais dirija uma palavra à qualquer um deles - Oscar falou o olhando de cima abaixo, com uma expressão de nojo.

-Principalmente a ela, entendeu?!

Principalmente, a mim ?

O riquinho concorda com a cabeça, tá quase chorando.

-FALA DIREITO NESSA PORRA - ele grita fazendo os outros darem um passo para trás.

-S-sim entendi - O menino diz gaguejando.

Tempo Certo  - Oscar Diaz // On My BlockWhere stories live. Discover now