49. gato e rato

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N/A:Faltam apenas 6 capítulos para o término da fanfic.

Noah POV

Não sei quanto tempo fiquei olhando aquela foto, a raiva me subindo de forma violenta, fazendo-me fechar os punhos com força.

Como eu queria estar cara a cara com ele nesse momento e esmagar cada osso daquele corpo asqueroso.

Só de me lembrar que o vagabundo tinha planos de pegar a minha Demetria, meu sangue fervia. E agora duplamente por descobrir seu plano.

Ele queria pegar a Any primeiro. Queria realmente acabar com minha vida, roubando tudo o que tinha de mais precioso. Aposto todas as minhas fichas que iria querer Joseph e Matthew também.

Mas ele jamais conseguiria tocar num fio de cabelo da minha família. Ainda que eu morresse no lugar deles... Dom Matteo não os pegaria nunca.

Levantei-me e fui até o armário de onde tirei uma garrafa de uísque e meu charuto. Precisava me acalmar e pensar em como agiria daqui pra frente. Agora não poderia falhar.

Nem um escorregão ou estaria fadado a perder tudo o que mais amava na vida. Virei o líquido no copo e acendi o charuto recostando-me na poltrona, os olhos ainda fixos na tela do notebook.

A primeira coisa que eu deveria fazer seria conversar com os rapazes e principalmente Any. Isso não seria fácil.

Lógico que confio nela com todas as minhas forças, mas neste momento meu instinto protetor falava mais alto que tudo.

Sei que ela jamais aceitaria ficar de fora num momento como esse e mesmo sabendo que não era verdade,  Any iria achar que não confio nela o bastante para participar da caça a Dom Matteo.

Longe de mim pensar isso. Ela já me mostrou inúmeras vezes que era boa o bastante para participar de qualquer empreitada.

Mas ver minha esposa, a mulher que eu amava com loucura prestes a ir para a toca do lobo não era uma coisa agradável de se imaginar.

Virei o copo bebendo todo o whisky de uma só vez e dei uma longa tragada no charuto.

Fechei meus olhos tentando desligar minha mente de qualquer pensamento para que ali restasse apenas aquele vagabundo.

Mas não iria adiantar. Só uma coisa poderia me fazer relaxar agora. Apaguei o charuto, desliguei o notebook e subi, indo primeiro ao quarto das crianças.

Ambos dormiam tranquilamente. Somente então eu fui para o quarto. Fiquei um tempo parado à porta apenas observando Any totalmente adormecida, jogada de bruços na cama.

A curta camisola preta de renda revelava todas as suas curvas perfeitas. A bunda durinha e empinada me chamava e fui andando silenciosamente até ela.

Tirei minhas roupas, mas antes de me deitar tomei uma ducha rápida, voltando ao quarto inteiramente nu.

Any permanecia na mesma posição e não resistindo mais eu deslizei minha mão pela sua pele, subindo pelas coxas em direção a sua bunda, que apertei com toda a força do meu tesão.

–Noah?

–Quem mais poderia ser amor?

–O que…

Segurando em sua cintura fina eu girei seu corpo deixando de costas na cama e me joguei sobre ela, o peso do meu corpo fazendo-a arfar.

Ataquei seus lábios empurrando minha língua para dentro de sua boca, roubando-lhe o fôlego.

Minhas mãos apertaram sua carne com força exagerada e no mesmo instante suas pernas enlaçaram minha cintura.
Impulsionei meus quadris fazendo com que ela gemesse ao sentir meu pau absurdamente duro em contato com sua pele.
–Oh Deus…
Ela gemeu mais alto agarrando meus cabelos quando apertei seus mamilos entre meus dedos.
–Pare de colocar Deus nesse meio Any. Ele não combina com o que quero fazer com você agora.
–Ah... e o que… você quer fazer?
–Eu quero... e vou...
Falei rebolando meus quadris, roçando a cabeça do meu pau em sua entrada.
–Meter duro e forte até me perder dentro de você.
–Então venha… agora…
–Safada... aposto como estava pensando nisso. Do contrário não estaria toda melada desse jeito. E esse cheiro está me matando.
Escorei meu corpo na cama e segurando em seus joelhos eu empurrei suas pernas até encostá-la em seus seios.
Aquela visão fez meu pau pulsar com força e minhas bolas arderem.
Passei a língua nos lábios não contendo um gemido gutural.
–Se você soubesse como está deliciosa assim Any... é um convite irresistível.
Inclinei o corpo e caí de boca, já mordendo sua boceta e em seguida separando suas dobras lambendo languidamente seu clitóris.
–Senhor…
Seu corpo pulou na cama e eu forcei mais suas pernas contra seu peito enquanto invadia seu corpo com minha língua sugando tudo que minha sede permitia.
Ela ainda tentou rebolar mas a posição não favorecia. Em contrapartida, suas unhas arranhavam minhas costas quase me fazendo delirar.
Ela sabia muito bem que eu enlouquecia com isso, tanto que me afastei, rugindo feito um animal e girei novamente seu corpo.
Any ficou de bruços e rebolou, o gingado da bunda gostosa me levando à loucura. Mordi meus lábios com força e desferi um forte tapa em sua nádega direita.
–De quatro… anda…
Ela imediatamente obedeceu ainda empinando pra mim. Segurei em sua cintura.
Com a mão livre segurei seus cabelos num rabo empurrando meus quadris com força e me enfiando completamente dentro dela.
A violência do meu ato jogou seu corpo para frente e eu a puxei de volta, trincando os dentes enquanto estocava fortemente.
–Volte aqui... fugindo de mim?
–Puta que pariu…
_Puta que pariu digo eu. Como consegue se manter assim?
Não consegui evitar... fechei meus olhos deliciado com a sensação de estar esmagado dentro dela.
Mesmo com tanto tesão a ponto de escorrer pelas suas pernas, Any estava absurdamente fechada.
Rebolei meus quadris fazendo meu pau dançar de um lado a outro dentro de sua boceta.
Any gritou e levou sua mão pequena até meus testículos me fazendo urrar feito um animal.
Era tudo o que eu precisava agora. Perder-me junto com minha esposa. Para alguns o sexo servia como uma forma de extravasar para logo em seguida descansar.

Comigo era diferente... fazer amor com Any me deixava renovado... e mais do que pronto para enfrentar qualquer aborrecimento.
Depois de quase desmaiar de prazer eu me joguei ao seu lado e ali fiquei por um tempo, de olhos fechados. Quando voltei a abri-los encontrei os belos olhos me encarando.
–Agora já pode me dizer.
–Dizer o que?
Ela ergueu o tronco apoiando-se em um dos cotovelos. Girei meu corpo e ficamos de frente um para o outro, de lado na cama.
–Querendo enganar justo a mim?
–Como se eu conseguisse isso.
–Está certo que você tem “pegada” sempre. Mas eu sei quando faz isso por puro tesão ou quando é por que algo o perturba. E dessa vez foi por isso. Vamos lá... o que houve?
Estiquei meu braço deslizando meus dedos pelas bochechas ainda coradas.
–Any... você sempre toma todos os cuidados quando está trabalhando não é?
–Você sabe que sim amor. O que está acontecendo? É sobre aquele pressentimento ruim?
–Sim. Você sabe que eu confio em você mais do que em mim mesmo?
–Claro que sei. Está me assustando.
–E sabe também que eu te amo mais do que tudo nesse mundo.
–Céus… Noah... fale logo.
–Por mais que isso me desagrade, eu sei que você não irá querer ficar de fora. Espere um instante que vou te mostrar uma coisa.
Levantei-me sob o olhar guloso e luxuriante dela e vesti o roupão. Era melhor não me deixar levar pelo desejo agora ou esqueceria do mundo por mais algumas horas.
Fui até o escritório e peguei o notebook assim como os papéis que o Josh me entregou.
Voltei para o quarto e me sentei abrindo e ligando o note. Any sentou também deixando os seios deliciosos à mostra.
–É melhor vestir a camisola.
–Tarado.
Ela debochou mas obedeceu. Entreguei os papéis a ela enquanto remexia no note.
–Dê uma olhada nisso aí.
Ela passou os olhos pelo papel, o cenho levemente franzido. Talvez estivesse pensando o que tinha de anormal ali já que eu estava agindo estranhamente.
–Mais um comerciante querendo nossa proteção. É o certo tendo em vista sua atividade. Mas você está cismado com alguma coisa? Qual o problema dele?
–Creio que você não verá nada demais afinal não conhece tanto quanto eu. Mas dê uma olhada nisso.
Girei o note de forma a deixar a tela em sua direção.
–Esse é o tal Juan?
– Pelo menos é o que ele diz.
–Como assim?
–Você viu as informações a respeito dele e agora está vendo seu rosto. Um rosto totalmente desconhecido pra você não é?
–Sim. Tenho certeza de nunca tê-lo visto antes. Eu deveria conhecê-lo?
Estiquei o braço e passei o dedo perto dos olhos dele.
–Algumas coisas não mudam Any. Ele mudou o nome, a aparência, os cabelos... mas a sua alma está aqui: nesses olhos. E eu não conheci alguém que tivesse uma alma tão perversa quanto ele.
Any arfou. Olhei pra ela e a vi com os olhos arregalados, a boca entreaberta e não no peito.
–Deus… é… é ele? Dom Matteo?
–Sim.
Vi Any girar seus olhos até encontrar os meus. Um misto de admiração e preocupação brilhava neles.
–Incrível... ele achou que iria me pegar! E você…
Ela deu um sorriso e esmagou meus lábios.
–Meu Poderoso... ninguém pode com você.
–Teremos que reunir os rapazes agora... e pensar no que fazer.
–Nem pense em me deixar de fora.
–Eu sabia que diria isso.
–Caramba... então você estava certo. Ele estava bem mais perto do que poderíamos imaginar.
–Sim… e atento a tudo. Claro que ele sabe que você cuida dessa parte.
–E pediu proteção apenas para me pegar.
–Claro. Você não o conhece a fundo para reconhecê-lo. Idiota... acredita mesmo que eu permito que minha mulher vá cuidar de negócios sem procurar a ficha da pessoa?
Ela me olhou como se aquilo fosse alguma novidade.
–Você faz isso?
Bufei.
–Óbvio que faço. Eu confio em você mas não confio nas outras pessoas. Acha mesmo que eu daria esse mole ? Aliás dar mole não é comigo, sabe disso.
–E como sei…
Ela respondeu com um sorriso malicioso, captando o real sentido das minhas palavras.
–Bom... sem rodeios. O que faremos agora?
–Primeiramente... você irá ligar pra ele e dizer que precisam conversar e negociarem. Irão marcar e será na data que eu especificar. E depois disso... tiraremos nossos filhos do país.
Ela deu um salto na cama, ajoelhando-se à minha frente. Seus lábios tremiam ligeiramente.
–Não... isso não.
–Isso não é um pedido de permissão Any.
–Acha mesmo que isso é preciso? Eu não conseguirei ficar longe dos nossos filhos.
–Eu sei disso, mas é pra segurança deles.
Quando o assunto era nossos filhos Any era igual a mim: desarmava. Eu também não queria ficar longe deles. Mas era preferível isso a passar o resto da vida sem vê-los.
–Quando eu devo entrar em contato?
Conferi as horas e vi que eram quase seis da manhã.
–Dentro de quatro horas. Agora irei ligar para os rapazes.
–Mas amor... você nem dormiu.
–A bomba prestes a estourar e você pensando em sono Any? Isso é pra fracos.
–Grosso. Estou preocupado com você.
–Preocupe-se apenas em continuar viva. Por mim e por nossos filhos.
Nem esperei que respondesse e me levantei pegando o celular. Sabia que aqueles preguiçosos iriam reclamar mas eu estava pouco me fodendo pra isso.
Eu queria todos eles aqui em menos de duas horas. E ainda dei muito tempo. Geralmente era meia hora e olhei lá.
–Estou pouco me lixando para o que está fazendo Lamar. Se estiver enfiado em alguma vadia trate de gozar logo e venha pra cá. Tome um banho antes, claro.
–Credo Noah…

Any resmungou assim que desliguei. Como se ela não estivesse acostumada com meu jeito.

–Vou tomar um banho.

–Eu vou ver se as crianças estão dormindo e me junto a você.

Entrei sob a ducha morna e joguei a cabeça para trás deixando a água percorrer meu corpo e relaxar um pouco.

De agora pra frente toda minha concentração deveria estar voltada para ferrar com aquele desgraçado.

************************************

Andei de um lado a outro, com as mãos no bolso da calça e a cabeça levemente erguida. Tentava em vão controlar minha ânsia para não acabar metendo os pés pelas mãos.

Os rapazes analisavam o lugar que Dom Matteo sugeriu que Any se encontrasse com ele.

Inventou uma desculpa esfarrapada de que estaria prestes a viajar e portanto precisaria ser naquele local, meio afastado.

Eu bem sabia que ali perto havia um local de pouso, portanto seus planos pra Any incluíam tirá-la do país. Confesso que assim ficou bem melhor para os nossos planos.

Eu quase pude sentir a alegria da vitória em sua voz assim que Any ligou pra ele. Ordenei que ela deixasse no viva voz pois assim eu poderia tentar captar algo a mais durante a conversa.

Maldito filho da mãe... ele fez questão de frisar que seria um “prazer” fazer “negócio” com a Any.

Meu Deus... eu não queria nem pensar no que seria dele quando eu colocasse minhas mãos nele.

–Acha mesmo que dará certo Noah?

Suspirei e passei a mão pelos cabelos.

–Não Any. Eu acho que dará errado, por isso propus isso. Quero que minha família toda se ferre.

–Epa... pode guardar suas ferraduras ou então enfie na puta que pariu, mas não desconte em mim ok?

– Então não me faça pergunta idiota. É claro que penso que dará certo.

Any se aproximou com as mãos na cintura e o olhar em fenda, exatamente como eu fazia.

–Eu já sei qual é a sua jogada Urrea. Você diz que confia em mim mas está se borrando de medo que eu vá. Como se não me conhecesse.

Dei a volta por trás da mesa e apoiado nas mãos eu me inclinei até ela.

–Conheço muito bem. Sei que é uma topetuda metida a besta e teimosa como o caralho.

–Isso mesmo amor... então sossegue e pense que dará certo e em breve estaremos livres do traste.

Ela disse isso enlaçando meu pescoço e roçando os lábios nos meus.

Automaticamente meus olhos se fecharam e um gemido involuntário escapou dos meus lábios, arrancando risadinhas dos rapazes.

Diabo de mulher. Desviei meu rosto e encarei os rapazes com aquele olhar congelante, fazendo-os se calarem no mesmo instante.

–Mais uma gracinha e tá todo mundo na rua sem direito a porra nenhuma.

–Hum…

Krystian pigarreou tentando dissipar a tensão do momento.

–Sinceramente... eu tenho certeza que é o que deve ser feito. Lógico que Dom Matteo irá levar alguns capangas afinal ele é covarde demais para executar as coisas sozinho, mas ele pensa que Any irá sozinha.

–Ah sim... certamente ele já procurou outras pessoas que utilizam nossos serviços. Todos sabem que ela sai com um segurança apenas.

–E ele está contando com isso. Não sabe que meu Poderoso já descobriu seu disfarce fajuto.

Sorri torto e balancei a cabeça.

–Não podemos falhar. Agora mais do que nunca teremos que estar focados apenas nisso. Nada de ficar pensando nas vadias que vão encontrar para comemorar depois hein?

Any bufou e se levantou indo até a janela ao ouvir o som de um veículo no jardim.

–Seus pais chegaram.

Em minha opinião agora viria a pior parte. Eu relutava em fazer isso, mas meu instinto protetor berrava que essa atitude era a mais acertada.

–Continuem analisando esse mapa aí. Marquei todos os pontos necessários sem deixar brecha alguma. Eu preciso falar com meus pais um instante, mas volto para finalizarmos esse assunto.

–Ok Chefe.. vai lá.

–Venha Any.

Segurei sua mão e a arrastei até a sala onde estavam meus pais, juntamente com Joalin e as crianças.

–Noah... meu filho. Ficamos preocupados.

–E é pra ficar mesmo mãe.

Falei correspondendo ao seu abraço e em seguida abraçando meu pai.

–Como vai Any?

–Estamos levando Wendy... muitas novidades. Oi Marco.

–Minha nora mafiosa... como vai?

Ele estreitou Any em seus braços como sempre fazia. Tratava-a como se fosse sua própria filha. E nem podia ser diferente.

Estava orgulhosa por ver como ela se infiltrou de vez nos negócios, quase tão implacável quanto eu.

–Qual é o assunto filho?

–Dom Matteo.

–Ai meu Deus…

–Acho melhor se sentarem.

Engraçado... raramente eu me importava com as pessoas que cruzaram meu caminho indevidamente e precisei pôr um fim nelas.

Até conhecer Any eu pensei realmente que eu fosse um ser desprovido de sentimentos, de alma. Mas agora eu via o quanto estava enganado.

Já enganei, menti, falsifiquei, matei... mas nunca me senti tão mal por fazer o que teria que ser feito agora: me separar dos meus filhos.

Meu pai bateu o pé. Queria estar presente quando colocássemos as mãos em Dom Matteo, mas eu precisava de alguém forte ao lado da minha mãe.

E eu não conhecia alguém mais forte que ele. Com ele aprendi tudo, a ser o que sou hoje.

O dia foi cheio, reunido com os rapazes. E a noite... a pior da minha vida. Any estava sentada na cama com Demetria e Matthew no colo.

Eu me ajoelhei à frente deles, abraçando-os. Demetria como sempre agarrou meus cabelos e Matthew segurava minha mão. Sua outra mão segurava os cabelos de Any fazendo puxando os cachinhos.

–É para o bem de vocês, meus amores. Mas logo papai irá buscá-los de volta... e nunca mais irão sair de perto de nós. Eu prometo.

Any chorava silenciosamente, agarrada a eles como se isso pudesse impedi-los de partir. Mas logo meus pais estavam de volta. Meu jatinho os levaria pra bem longe desse caos.

–Pai…

–Não precisa dizer nada Noah. Sabe que não permitirei que nada de mal aconteça a eles.

–Eu sei. É só que…

Peguei os dois nos braços novamente quase esmagando-os num abraço desesperado.

Any agiu da mesma forma e assim que o carro se afastou levando-os ela subiu as escadas correndo.

Fui atrás e a encontrei na cama, aos prantos. Deitei-me ao lado dela e a abracei.

–Será por pouco tempo, meu amor. Daqui a dois dias você irá se encontrar com aquele bandido… e aí será o fim.

–A casa... fica tão vazia sem eles. Meu Deus... eu não sei se suporto.

–Any…

Segurei em seu rosto e esperei que ela me olhasse. Inspirei tentando afugentar minhas lágrimas.

–Você é minha força Any. Se você cair... eu não sei se consigo…

Deus... isso era pior do que imaginei. Abracei-a com mais força ainda e chorei junto com ela. Seria o único momento que me permitiria ser fraco.

Daqui por diante o homem frio, sem sentimentos e quase sem escrúpulos estaria de volta.


************************************

Dois dias se passaram num piscar de olhos. Eu andava mais ranzinza que o normal, mas nada que metesse medo na topetuda da minha esposa.

Any estava bastante concentrada em tudo. Passamos e repassamos o plano milhares de vezes para não haver nenhum furo.

Os rapazes estavam confiantes e confesso que eu também. Meu pai havia ligado há algumas horas dizendo que estava tudo bem.

Estavam numa cidadezinha no Brasil e as crianças estavam amando o clima.

Isso me deixou aliviado e mais do que pronto para entrar em ação.

No dia anterior eu até tentei desistir de deixar Any participar disso, mas lógico, não obtive sucesso.

Saí mais cedo com alguns dos rapazes e Any seguiu com Demetrius. Claro que deixei recomendações: nada de roupas provocantes que pudessem aguçar o lado pervertido do velho. E agora... o que vejo?

Às vezes tinha vontade de pegar Any e matar. Picar aquele corpinho delicioso em milhares de pedaços pra deixar de ser atrevida.

Mas confesso que vê-la vestida daquele jeito e ainda por cima armada era excitante demais.

Eu nem sei por que estava tão nervoso. Any era esquiva feito gato e mais... tão rápida quanto eu no gatilho.

Ainda me lembro com clareza da bala certeira no peito do vagabundo que tentou pegar Bailey pelas costas.

Além do mais eu sabia que ela iria ter mais cuidado que o normal... sempre pensando em nossos filhos. Estava morto de saudades deles, mas isso acabaria logo.

Hoje precisamente. Estávamos todos a postos apenas esperando a hora certa de agir.

Meus homens já tinham anulado dois dos homens de Dom Matteo e pelo jeito agora seria apenas ele e mais um.

Ele realmente não contava com a minha descoberta a seu respeito.

Não consegui evitar meu sorriso torto e debochado ao ver aquele ser escroque se aproximando.

– Ande logo Pietro. Não vejo a hora de colocar as mãos naquela vadia gostosa. Vai ser a glória ver a queda do maldito Urrea.

Novamente fui dominado pelo ódio e sem me conter levei minha mão à cintura e peguei a arma que iria descarregar sem dó na cabeça daquele maldito.

Do lado oposto, oculta pelas sombras, Any ergueu a perna, o vestido sexy revelando a arma presa em sua coxa alva. A gata a espera do rato…

Estávamos prontos... e nosso alvo bem aqui... um sorrisinho estúpido no rosto, sem ao menos desconfiar que em poucas horas ele daria seu último suspiro.

Sim... eu disse horas. Antes… Any e eu iríamos nos divertir um pouco. E ele seria nosso brinquedinho.

 E ele seria nosso brinquedinho

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Oie amores.
Como cês tão??

Créditos a: fucksbea
Obgda AMG💗💗

 𝐎 𝐏𝐎𝐃𝐄𝐑𝐎𝐒𝐎 𝐔𝐑𝐑𝐄𝐀↯ ησαηчOnde histórias criam vida. Descubra agora