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Para ser sincera, eu não lembro como eu fui parar no lar adotivo

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Para ser sincera, eu não lembro como eu fui parar no lar adotivo. Mas eu lembro que cresci lá até os meus 4 anos, depois eu fui adotada por Karen e Joe. Eles eram legais, eu adorava eles.

Eu não fazia ideia de como eu iria mostrar para o Josh o que é ser feliz de verdade. Mas eu teria que dar um jeito.

A gente iria se encontrar depois da escola, então até lá eu poderia pensar nisso.

Sinto meu celular vibrar e vejo que recebi uma mensagem de Bailey.

Bay ⚽️: Karen e Joe mandaram te avisar que vão levar a gente para o lar adotivo no fim de semana.

Hoje era quarta-feira.

Eu não fazia ideia se eu estava pronta. Mas eu teria que estar. E eu não vou estar sozinha.

Pego uma folha do meu caderno e começo a escrever:

Como mostrar o que é felicidade para Josh?

1. Levar ele até a praia para mostrar o pôr do sol.

2. Não tem número 2 até eu terminar o número 1.

Então é isso, eu vou levar ele até a praia para mostrar o pôr do sol. Eu adoro aquela praia, é tão linda.

— Any! Any! — ouço a voz de Sina se aproximando.

— Oi, Sina.

— Então... você 'tá tão linda hoje. — passa a mão pelo meu cabelo.

— O que você quer? — pergunto.

— Nada demais.

Olho para ela.

— Sina Deinert...

— Quer ser minha modelo para o meu look novo? — sorriu.

— Não. Não. Não. — respondo — Nunca mais me peça isso, sabe o que aconteceu da última vez.

— Ah, Any! Por favor!

— Ah, Sina! — imito ela — Não! E eu vou estar ocupada depois da aula. Pode ser outro dia?

— Pode. — segura minha mão — Vamos até a sala.

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Quando as aulas terminaram, eu fiquei esperando Josh na saída da escola, me sento em um banco.

Fico apenas esperando por ele, mas o garoto estava demorando muito.

— Acho que ele desistiu. — falo para mim mesma e me levanto do banco.

— ANY! ANY! — ouço alguém me chamar.

— Aí meu Deus, Josh! Você está bem?

O olho dele estava roxo.

— 'Tô. Sim. Eu estou bem.

— Você tem certeza? — ele assentiu. — Quer me explicar o que aconteceu?

— Me meti em uma briga com umas pessoas ali.

— Isso eu percebi. Mas por quê?

— Uns problemas aí.

Nossos rostos ficaram muito próximos.

— Felicidade. — começo a falar — Uma maravilhosa sensação de satisfação, alegria e bem-estar absoluto.

— Any, eu aprendi português.

— Tanto faz. Eu vou te levar para um lugar.

Pego em uma venda na minha mochila.

— Talvez eu esteja com medo.

— Calma. É só para não estragar a surpresa. — coloco a venda em seus olhos — Quantos dedos tem aqui?

— 4.

— Errou. Eu estava mostrando só um dedo. Está enxergando alguma coisa?

— Escuridão é considerado "alguma coisa"?

Seguro a mão de Josh e vou guiando ele até a praia. Foi um caminho engraçado e iria valer a pena.

— Dois passos a esquerda. Direita, desculpa, eu esqueço. Corrigindo, dois passos a direita. — tiro a venda de seus olhos — Pronto.

Vejo ele sorrir.

— Isso... é lindo, Any.

Josh se senta em uma das pedras e eu me sento ao seu lado.

— Sabia que iria gostar. Já tinha visto o pôr do sol aqui?

— Nunca. Ou pelo menos, eu não me lembro.

Eu adorava ver o sorriso dele.

— Obrigada, Any.

continua...

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