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Josh Beauchamp
14 de março de 2020
Sexta - Feira

Saí de casa depois que me despedi da Any, na maior fúria me lembrando que eu precisaria passar tudo de novo. Entrei dentro do meu carro e acelerei a caminho do galpão. Estacionei e passei pelos seguranças do portão principal.

- Chefe - O Noah me chamou assim que me viu.

- Não me chame se for pra me trazer más notícias, estou esgotado - Sentei na minha cadeira relaxando as costas.

Imaginando as mãos pequenas da Any passando pelo meu abdômen na tentativa de me acalmar, a boba ainda acha que somos "fachada". Por mais que ela já tenha se acostumado pelo fato de me ter por perto, ela ainda sente, lá no fundo, que um dia ela voltaria pra sua vida calma e serena que era antes de se reencontrar comigo.

- Vou precisar sair agora - Noah falou baixo, com certeza com medo da minha reação.

Considero o Noah como um irmão pra mim, mais aqui dentro, na máfia, isso aqui não passa de uma relação entre chefe e funcionário.

- Qual o problema agora, tem saído cedo a algumas semanas Urrea, quando mais preciso de você, você some, me de um motivo para sair por aquela porta - Me levantei pegando um copo de whisky.

- Josh, minha mãe... está com câncer - Ele esclareceu com a cabeça baixa.

- Por que caralhos não me avisou, porra sabe como sua mãe é importante pra mim, onde ela está? - Virei o copo e o líquido quente desceu pela minha garganta.

- Está internada - Ele disse e levantou o rosto.

Peguei a chave do carro e pedi o mesmo o endereço do hospital onde a tia Wendy estava, fui o caminho inteiro falando no ouvido dele, pelo mesmo não ter me avisado que Wendy estava internada, era como minha segunda mãe e não saber de nada só piorava a situação dele comigo.

- E a Sina? Como ela está? - Perguntei já sabendo a resposta, Sina chama a tia Wendy de mãe desde que pegaram certa intimidade, já que a mesma nunca teve a mãe presente em sua vida.

- Não quer sair do hospital de jeito nenhum, ela come, toma banho e dorme por lá, não consegui nenhum momento tira-la de perto da minha mãe - Ele falou distraído.

Parecia que seu corpo estava aqui, mais seu pensamento não, ele está assim a algum tempo, obviamente desde que sua mãe foi detectada com câncer. Assim que estacionei, saímos do carro rapidamente e logo estávamos em frente à porta do quarto onde a minha tia estava.

Suspirei pesadamente quando meu celular começou a tocar, olhei rapidamente e me assustei ao ver que era a Any, eu tinha deixado o celular dela no quarto antes de sair, mais o que é estranho é ela estar me ligando assim do nada, e raro ela me ligar.

- Oi neném- Atendi a chamada.

- Oi, vai demorar muito pra voltar? - Ela perguntou meio pra baixo.

- Talvez, porque? - Respondi me afastando novamente da porta.

- estou entediada, não aguento mais ficar sozinha aqui, sem você, sem ninguém - Ela confessou ofegante e nervosa.

- Calma amor, estou voltando tenho que ir resolver algumas coisas agora - Falei querendo conversar, não entendo como eu tenho vontade de contar as coisas pra ela, desabafar com ela.

- tudo bem, até mais tarde - Sua voz soou como se estivesse chateada, por fim me despedi e desliguei.

Casamento com Mafioso - Beauany Onde histórias criam vida. Descubra agora