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Sei que acabamos de nos conhecerTalvez isso seja estúpido

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Sei que acabamos de nos conhecer
Talvez isso seja estúpido

Mas parece que havia alguma coisa
A partir do momento que nos tocamos
Porque está tudo bem, está tudo bem
Eu quero ter você pra mim

O jeito que você está iluminando o quarto
Apanhou o canto do meu olho
Nós dois podemos fugir pela porta dos fundos
Não temos de dizer tchau
Porque está tudo bem, está tudo bem
Para perder tempo hoje à noite

Talvez eu seja apenas uma criança apaixonada

Kid In Love - Shawn Mendes 

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Conheço essa galeria de arte como a palma da minha mão. 

Então, passo pelos corredores e fujo dele. Ninguém me questiona, pois sabem quem sou aqui e o que aconteceria se me impedirem de algo.

Pra esse caso, infelizmente não tem desculpas, pois não quero chamar atenção desnecessária e atrapalhar o evento.

— Kali! Pare de fugir e converse comigo! — Ele me grita. Algumas pessoas olham pra nós. Se continuar assim, vou matá-lo aqui mesmo.

Entro em um corredor que leva ao quarto de limpeza. Sou baixinha, e apesar das pernas curtas, tenho mais agilidade. Me misturo entre as pessoas que passeiam e vejo o lugar vazio.

Quer dizer... nem tão vazio. Tem um cara alto abrindo a porta do quartinho de limpeza e tem roupas muito chiques. Corro desesperada até o rapaz. 

— Rápido, adianta o lado! — Reclamei. Segurei no braço dele e coloquei nós dois na sala de limpeza. Colei contra a porta, respirando fundo e tentando ouvir passos.

— Desculpa atrapalhar, sabe, mas o que eu estou fazendo aqui? — O cara alto perguntou. 

— Shiu, cala a boca! — Murmurei, pisando no pé dele e escutando um resmungo.

Apesar de ser umas três da tarde, a sala estava um pouco escura e não via seu rosto direito. Ele com certeza era mais alto do que eu gostaria de admitir. Sua voz era grave e baixa.

— Você é muito agressiva pra alguém do seu tamanho, anjo. — Ele caçoou. Estava demorando muito, inclusive.

Eu iria abrir minha boca pra falar mal dele também, mas escutei aquela voz. Me calei, fazendo sinal pra o poste de luz calar a boca. Ele incrivelmente obedeceu, talvez vendo meu desespero.

— Não vi ninguém por aqui, senhor. Lamento. — Alguém disse. Continuei parada.

— Como é que ninguém viu ela? É ridículo. Espero que não esteja mentindo pra mim. — Ouvi seu tom de ameaça no fim. Que babaca infeliz. 

— Eu não estou, senhor. Diria se visse. — O outro homem respondeu. Outro babaca medroso.

Ouvi os passos se afastando, finalmente. 

Com amor, Connor - 3° da Série MBCD (Completo)Onde histórias criam vida. Descubra agora