Já que "a Desconjuração é brutal", por quê não ler um pouco para descansar e aquecer o coração?
Incluindo:
☆ Imagines
☆ Preferences
☆ Headcanons
Fique à vontade para fazer pedidos.
ATENÇÃO: Eu não possuo o RPG, nem seus personagens, apenas escrev...
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|| Gênero: AU, terror psicológico, angst, ambientado nos anos 60-70
⚠️AVISOS: GORE DESCRITIVO, CANIBALISMO, UM POUCO DE COMPORTAMENTO YANDERE E MUITO SANGUE⚠️
Prompt: "Eu dei meu coração a um belo rapaz, que prometeu me amar e me fazer feliz, porém ele me passou pra trás. Meu beijo recusou e meu amor não quis..." (Estúpido Cupido, Celly Campello)
Uso de pronomes femininos para se referir ao leitor ||
Dentre as quatro filhas dos meus pais, eu fui a última a nascer.
[Nome] [Sobrenome], a mais nova, a que ficava com as sobras das mais velhas, a que menos falava, a que menos importava, o patinho feio e desastrado entre as mulheres lindas e talentosas que minhas irmãs eram. Minha mãe, bendita seja, tentou casar cada uma de nós com um homem digno e de boa renda. Vendeu nossas imagens entre os clubes de classe alta como as mulheres mais inteligentes, agradáveis e recatadas que existiam em São Paulo.
Rosa, a mais velha, foi a primeira a se casar, mas não da forma como minha mãe queria. Seu marido, um professor de filosofia na Universidade Federal do Rio de Janeiro, não recebia uma renda tão boa quanto os cavalheiros do clube de alta classe que meu pai frequentava e não compartilhava dos mesmos pensamentos que eles e isso foi o suficiente para mamãe perder a cabeça. Elas discutiram durante muito tempo sobre a escolha de pretendente de Rosa, até que ela fugiu de São Paulo e foi morar com seu marido no Rio. Sempre recebemos suas cartas e cartões postais em datas comemorativas, mas mamãe se recusa a enviar qualquer coisa para Rosa.
Antônia, a segunda mais velha, foi a que mais deu orgulho para dona [Nome da sua mãe]. Casou-se com um coronel riquíssimo e de suposto bom coração, mas que após os primeiros meses de casado logo se mostrou um homem autoritário e violento. Temi pela vida de minha irmã, mas Antônia não era de reclamar, disse que estava bem e pediu que eu não me intrometesse em seus assuntos particulares com o marido. Raramente recebíamos notícias suas. Em sua última carta avisou que estava grávida, mas nem isso fez mamãe se importar com o comportamento do coronel. Sua irmã está bem casada e esperando sua primeira criança, isso é tudo o que importa, ela me disse e logo então me mandou ficar quieta.
Helena, embora fosse a favorita do meu pai, não trouxe tanto orgulho quanto Antônia. Se casou com o herdeiro de uma fábrica no interior de Minas Gerais e vive feliz sem muitas preocupações ou obrigações. Dentre as minhas irmãs, Helena é a com quem mais troco cartas. Conversamos bastante sobre nossas vidas e as dos outros.
Mamãe não fez tanto esforço para me casar como foi com as outras. Claro que ainda tentava vender minha imagem de bela moça, mas não com tanto afinco quanto foi com minhas irmãs. Eu esperei que fosse ser assim na minha vez, afinal já estava acostumada, mas ver minha própria mãe fazendo tão pouco caso de mim e das minhas habilidades na frente de possíveis pretendentes entristeceu-me profundamente. Não chorei em momento algum quando os cavalheiros do clube de alta classe riram ao ouvirem minha opinião sobre a política local e disseram para que não me intrometesse, não chorei quando minha mãe me repreendeu por não ser alegre ou simpática o suficiente para atrair um marido e também não chorei quando ouvi meus pais conversando no meio da madrugada sobre o quão inferior eu era comparada as minhas irmãs.