Capitulo 34

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~ Bom dia.~Derek sussurrou no ouvido dela. Sorrindo quando os olhos verdes se abriram, procurando o rosto dele. Meredith por sua vez sorriu também se virando e dando seu bom dia com um beijo.

~ Bom dia.~A loira disse no meio de um bocejo.~Que horas são?

~ 07:10.

07:10 de uma manhã  de segunda feira. Ela precisava se levantar e ir pra escola antes das 09:00 e ela gemeu internamente por isso. Hoje ela teria aula com o terceiro ano, não estava preparada psicologicamente  e muito menos fisicamente pra isso, sem contar que teria que passar a turma do segundo para o nova professora de inglês  que ela estava cobrindo. Que vida complicada!

~ Eu tenho que ir pra casa.~Ela falou rolando por cima dele pra pegar o celular.

~ Tá muito cedo!~ Ele murmurou contra o ombro desnudo dela. A professora olhou pra tela, ignorando a barra de notificações repleta de mensagens mau educadas de Lexie.

~ Eu sei, eu não quero ir, mas preciso trabalhar.

~Pra que? Diz que tá doente!

~ Eu não posso faltar trabalho não, bonito, tenho conta pra pagar. Sem contar que seu filho precisa estudar.~ Meredith falou tentando se livrar dos braços de Derek.

~Você não dá aula pra ele hoje.~Meredith olhou pra ele com falsa surpresa.

~ Derek Shepherd, mas que egoísmo! Ele não é meu único aluno, sabia? E se você não me largar vamos ter um problema.~ Ela o ameaçou tentando se manter séria com a cara desolada dele.

~Tá, tá bom! Mas antes uma coisa...~ Ele largou o corpo dela, se virando para mesa de cabeceira, abrindo a gaveta e tirando um papel e uma  caneta.  Derek se virou pra ela, com um sorriso singelo no rosto entregou o papel  dobrado.

~ O que é isso?

~ Abre.

Meredith obedeceu, abrindo o papel branco e sorrindo ao ver uma frase escrita.

Quer namorar comigo?
□Sim           □ Não

A loira encarou ele, que  esperava ansioso pela resposta. Ela agarrou a caneta e começou a escrever em um letra não tão bonita por falta de apoio. Ela entregou o papel de volta pra ele, mordendo os labios de excitação.

Derek abriu novamente a folha, onde ela tinha acrecentado mais uma opção.

Sim, claro e com certeza

Ele riu trazendo o corpo dela pra perto e roubando sua boca. Meredith perdeu mais triste minutos ali, desfrutando o corpo insano de seu... Namorado.

(...)

~ Olha só quem aprendeu que tem casa.~ Lexie cruzou os braços encostando na patente da porta pra ver a irmã cara de pau,tomando café na ilha da cozinha.

~ Bom dia pra você também. ~a loira falou sem levantar os olhos do jornal.

~ Que tipo de palhaçada é essa? Você não dorme em casa à quase três noites e agora aparece com a maior cara limpa,depois de tter dado horrores!~ Meredith levantou o olhar pra irmã, que com seus cabelos negros todos pro alto a olhava com raiva.

~ Será que podemos discutir sobre isso depois que eu tiver oito horas descentes de sono? E  eu ainda tenho aula hoje.

~ Ah agora a bonitinha quer dormir? Quando a cabeceira da cama estava socando a minha parede eu duvido que você estava pensando em dormir!  Eu não acredito nisso, não acredito que você esta me trocando por um garotinho mimado.

~Henry não é um garotinho mimado.~Meredith disse encarando a irmã pouco satisfeita.

~ Não estou falando de Henry! Tô falando do medico sem noção que ta fazendo minha irmã me abandonar!

~Para de drama.~  Meredith  falou agarrando sua bolsa em cima do balcão. Ela encarou Lexie que continuava com a sua cara fechada, a loira suspirou fundo e olhou para a estudante de forma serena.~Hoje a noite eu vou estar em casa,  a gente pode encomendar comida ver um filme.~A professora sorriu vendo o rosto da irmã se amolecer.

~Podemos terminar de ver Outlander?~Os olhos da Grey mais nova brilharam, até ela encarar a expressão culpada da irmã.~Eu não acredito nisso!

~Não é isso que  você está pensando...~Meredith olhou pra ela mordendo o labio com medo da reação da morena.

~Eu não acredito que você viu a nossa série  com ele!

~ Eu só queria apresentar pra ele... mas as coisas sairam um pouco do controle.~Lexie estendeu a mão pra ela parar de falar, fazendo uma expressão dramatica. 

~Eu não quero saber... Acabou  Meredith, eu não quero mais saber de você, você pode ir e ficar com seu namoradinho, apartir de hoje eu não tenho mais irmã~ Meredith se segurou pra não rir quando Lexie bateu a porta do quarto como se fosse um a atriz de teatro frustada. Meredith cogitou a possibilidade de ir vê-la, mas olhou rapidamente pro relógio e reconsiderou. Ela precisava ir agora, depois tentaria comprar Lexie com um pote de sorvete de pistache, agora ela tinha redações pra corrigir e uma turma inquieta pra segurar.

Meredith praticamente voou para a escola, eram 08:43 Am quando ela estacionou o carro na sua vaga  e saiu correndo até a sala dos professores  respirando bruscamente quando chegou e se jogou numa cadeira, pendendo a cabeça pra trás. Isso que você ser uma vagabunda sedentária! Ela pensou sentindo uma dor na base da barriga devido a corrida curta.

~Está tudo bem?

~ Está... eu só...preciso respirar.

~Tem certeza?

~Sim...~Ela falou entre as respirações pesadas.~Não...

~ Eu vou pegar um copo de água pra você.~ Meredith não fazia ideia com quem  ela estava conversando, nem ao menos tinha olhado pra pessoa, pois estava com seus olhos fechados tentado recuperar seu fôlego. Ela ouviu o barulho do bebedouro e depois passos. ~Aqui.

Ela estendeu a mão, abrindo os olhos e pegando o copo com água. Ela bebeu, tentando ainda normalizar a respiração. E  então olhou pro cara parado de pé ao lado da mesa.

Ele era alto, loiro, tinha um rosto simétrico e parecia atraente, atraente demais. Com seu blusa de botões e calças jeans.

~ Sou Joaquin.

Ela percebeu o sotaque puxado ao falar o nome, com certeza europeu. Espanhol, ou português, os dois pareciam realmente possíveis pra ela.

~ Meredith.

~ Presumo que não costuma correr muito Meredith.~ ele disse sorrindo  e se sentando em outra cadeira próximo a mesa redonda que tinha na sala.

~ Esse literalmente não é o tipo de exercício que eu gosto de fazer.

~Compreendo. Você é a professora de inglês certo? A que fica com o pré, e o primeiro e terceiro ano.~ O sotaque dele era muito difícil de se ignorar, era tão envolvente e bonito que ela quase se perdeu nas palavras.

~Sim, sim...

~ Bom, eu sou o professor do segundo e quarto ano.~ Então ela se tocou. Ele era a professora que ela estava cobrindo.

~ Eu pensei que você fosse mulher.~ Ela disse sem perceber.

~Como é?

~ Não! É que, me disseram que viria uma professora, não um professor.

~ Ah sim, bom, eu vim em cima da hora praticamente. Mas, já que você estava me cobrindo pelo que eu sei. Por que não me conta sobre a turma?




Eu num digo é nada. Mas é aquele ditado... Cês que lute.

A ProfessoraOnde histórias criam vida. Descubra agora