Verdades reveladas

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SARAH POV

O quarto da juh possuía uma parede de vidro que nos possibilitava ver o céu escurecendo. Ainda estamos nuas deitada na cama, ela virada olhando o céu e eu atrás dela admirando aquele corpo cheio de curvas deitado de bruços.

  Eu passava a mão em suas costas acariciando o caminho que coluna fazia. Seus cabelos castanho chocolate, longo e soltos cobria todo o travesseiro.

Sarah:
— Juh ! — a chamei,pegando sua atenção.

Juliette:
— oi bebê — me respondeu com um sorriso dengoso ao se virar ficando de frente comigo.

Sarah:
— Preciso falar uma coisa para você! — falei já triste pois sabia que ela poderia não gostar doque eu iria contar.

Juliette:
— pode confiar amor, somos ou não somos uma equipe? — aquele sorriso era tudo que eu tinha e ele me contagiava todos os dias. Estava receosa de falar mas precisava tirar os pesos das minhas costas.

Sarah:
— Somo! — afirmei — e é exatamente por isso que vou te falar. — peguei fôlego e coragem

— eu errei com você!

Juliette:
— mas já conversamos sobre isso. — falou confusa

Sarah:
— deixa eu falar! Eu errei com você e te pedir mais uma chance com o intuito de mudar. Não queria mentir mais pra você. Só que meu instinto de proteção me fez esconder coisas de você.

Juliette:
— doque você está falando — seu semblante começou a mudar ficando preocupada, sentou-se na cama e assim fiz também.

Sarah:
— Demorei para entender que você não precisa da proteção. Que agora nós devemos está juntas em todas as situações e para isso acontecer preciso da sua confiança.

— então vou te contar tudo! Tudo oque você queria saber e mais. — ela me olhava perdida tentando entender.

— no passado eu namorei com uma pessoa, que foi muito importante. Eu no auge da minha juventude não media as consequências das minhas atitudes. Em uma festa fiquei com ciúmes dessa pessoa então obriguei ela entrar no carro para irmos embora.

— Eu estava muito bebada e por culpa minha acabamos batendo em um caminhão. Essa pessoa acabou perdendo a vida.

Juliette:
— sinto muito minha vida! — sua mão acariciava minha coxa. Seus olhos transmitam lástimas

Sarah:
— eu conheço a Karol dessa época, estudávamos todos juntos, eu, Gil, Rodolfo, Karol... ela também gostava muito dessa pessoa. Karol então me jurou vingança assim que soube da morte dela.

— Os anos se passaram, eu conheci você, aconteceu toda a turbulência na nossa história e tal. Quando eu entrei em guerra com o Alemão, o Fiuk se ajuntou com ele. Nisso eles conseguiram um acordo com a Karol oque acabou revivendo essa vontade de vingança dela. Quando terminamos eu não tinha medo do Alemão ou do Fiuk. Eu tinha pavor era dela. Fiuk então viajou para o México e trouxe o Nego junto com ele a mando de Karol.

Juliette:
— espera!! Você está me dizendo que a Karol esse tempo todo esteve entre nós? Esses anos todo? — questionou espantada.

Sarah:
— sim! — respondi sem consegui olhar nos olhos dela de tanta vergonha. — e isso não é tudo! Karol é a dona da empresa que fabrica os produtos da Lumena e do Nego ou seja a mercadoria que encontrada com o Lucas morto era dela. Ele me procurou para vender, mas eu não aceitei. Sabia que se eu fizesse isso poderia atrair a Karol de volta para o Brasil e nesse momento começamos a nos ver novamente.

— De alguma maneira seu irmão soube da História da minha ex e da Karol e ameaçou a contar para Karol sobre sua existência se eu não comprasse as drogas dele.

Juliette:
— Não, não, não! Então foi você mesmo! Foi você que o matou! — ela me acusou já se levantando da cama enrolada no lençol branco.

Sarah:
— Não! Não foi eu! Pois mesmo assim eu não aceitei, contei a ele que a Karol te mataria se soubesse de nós. Apesar de tudo eu sabia que seu irmã nunca faria mau algum a você. Então ela saiu falando que faria a venda para outra pessoa.

Juliette:
— você falou que sabia que tinha o matado. Me conta quem foi Sarah. Chega de mentiras entre nós. — ela começou a chorar e eu me levantei para acolhê-la porém ela se afastou de mim, me deixando mais nervosa não queria perdê-la — não encoste em mim! — disse com as lágrimas escorrendo. — por favor Sarah me fala, quem foi?

Sarah:
— a Karol! Foi ela que fez isso, Ela o matou por ele ter roubado o estoque dela. — respondi ainda tentando me aproximar, ela ficou reflexiva e ao mesmo tempo chorava de soluçar. Eu encostei em seu braço fazendo carrinho.

Sarah:
— nesse processo de te manter longe dela eu fiz uma coisa que não deveria, ou pelo menos tentei.

— depois que voltamos a nos aproximar, Karol descobriu meu endereço e começou a mandar ameaças lá para casa. Foi quando eu voltei a temê-la, nesse processo da Operação acabei te oferecendo ajuda com a Lumena.

Juliette:
— eu sei disso e eu te agradeci! — falou enxugando as lágrimas com o braço.

Sarah:
— sim mas eu não fiz no intuito de te ajudar. Achei que a Karol fosse negar qualquer tipo de acordo com a gente e convencesse a Lumena a se afastar. Isso dificultaria você encontrá-la.

Juliette:
— eu não estou acreditando — ela me olhava raiva e repulsa, balançando a cabeça não querendo acreditar. aquela era a mesma cara de quando a vi pela a última vez entrando no escritório e me vendo nua com a Roberta; nesse momento meu coração se partiu em pedaços

Sarah:
— Mas amor, por favor tenta entender meu lado. Eu não queria te perder, não queria você próxima da Karol e isso acabou me cegando.

Juliette:
— você quis atrapalhar o meu trabalho? Sarah! Eu nunca te pedir proteção. Eu só queria duas coisas, sua lealdade e seu apoio. E pelo visto eu não tive nada disso. — me desesperei ao ver a decepção estampada em sua cara e distância que ela estava tomando.

Sarah:
— Juliette, mas por isso mesmo eu estou te contando tudo. Eu quero que você confie 100% em mim. Não quero continuar isso que temos, dentro de mentiras. Sei que deveria ter te apoiado, mas quando me dei conta era tarde de mais. Me perdoa. Eu estou me esforçando para mudar e por isso estou falando tudo oque eu sei.

Juliette:
— Sarah — se lamentou — eu não sei. Eu sei que aguento isso. Eu estou tão exausta de tudo; tô cansada de brigar; de reconciliar; de voltarmos para o mesmo ponto.

Sarah:
— por favor! — implorei — aguenta só mais um pouco; — voltei a me aproximar — Pela nossa família. Só mais uma vez, me perdoe!🙏🏻 — rodeio ela com meus braços ao perceber que não estava mais resistem. olhei para aqueles olhos cheios de lágrimas implorando por perdão — Você sempre foi a mais forte entre nos. — beijei seu nariz!

Juliette:
— eu não aguento mais! — mesmo cansada ela começou a retribuir o abraço.

Sarah:
— só mais um pouco! — pedi beijando seu ombro, ela então se entregou e me abraçou fortemente.

Juliette:
— Não me machuque mais. — disse com sua cabeça encostada ao meu peito.

Sarah:
— não vou meu Amor. — não queria soltá-la com medo de perdê-la novamente.

AMOR E CRIME 2- sarietteWhere stories live. Discover now