𝐗𝐕 - 𝐋𝐚𝐫

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"Humanos murcham se ficam sempre sozinhos. O unico remédio seria,
procurar outra pessoa."

       Sandy sem nenhuma preocupação a mais, saiu de fininho do quarto, deixando que os dois ficassem sozinhos

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       Sandy sem nenhuma preocupação a mais, saiu de fininho do quarto, deixando que os dois ficassem sozinhos.

   Estavam estáticos, seus olhos arregalados se encaravam a procura de alguma resposta de uma pergunta que sequer sabiam qual era. Talvez estivessem se perguntando se era real.

   O ar foi puxado por Izuku antes de cair em uma risada eufórica e feliz, até mesmo algumas lágrimas escaparam de suas esmeraldas, e mesmo com as roupas ele saltou cortando todo pequeno espaço entre eles para abraçar Tomura.

   A sensação do calor corporal de outra pessoa conseguiu deixar que uma sensação de acolhimento fluisse por suas veias, o calor reconfortante parecia que abraçava o próprio sol em vez de Tomura. Sentia tanta falta disso. Lágrimas rolaram sem parar de seus olhos marejados.

   Tomura demorou algum tempo para checar mentalmente se Izuku não havia morrido após tocar em si, seu corpo pequeno rodeava com os braços finos toda sua cintura e o segurava com tamanha força que fazia seus ossos doerem um pouco.

   Ele retribiu com cuidado, não tocando um dedo sequer em Midoriya.

   A respiração desconpensada pela forma como um simples abraço parecia devolver todas as cores ao mundo de Shigakari.

   O céu azul que via pela janela agora era tão... vivo, cores vibrantes que transmitiam paz, ele nunca pensou que o azul do céu fosse tão lindo quanto agora, poderia o admirar por horas a fio sem enjoar.

   Aquele contato necessitado de corpo a corpo explodia em seus interiores, eles não podiam negar, os anos que não ousaram e puderam abraçar alguém havia os tirado toda graça da vida. Tinha os deixado vazios e frágeis, pensativos demais, fazendo que esquecessem como era aquilo, como era a sensação de ter um lar.

   Tomura se ajoelhou e continuou a abraçar o esmeraldino, eles não cessaram o contato por um momento sequer. Seus corpos um para o outro pareciam mais como travesseiros confortáveis.

   Izuku não parava de chorar e isso começava a fazer Tomura derramar suas primeiras e silenciosas lágrimas.

   Não importa o quanto eu tente descrever, nada que falasse chegaria aos pés de como ambos estavam se sentindo com os corações disparados no peito e a calma em suas mentes.

   Estiveram com o inverso disso durante tanto tempo em suas vidas que a tristeza e a certeza de que nunca poderiam amar alguém, tinha encravado em suas almas como veneno, viviam com aquele peso incômodo no peito.

   Repetindo sempre que estava tudo bem, tentando se convencer que amar era bobagem, não sabiam sequer como era isso, parecia algo meramente criado para entreter.

   Amor para eles era como estar bebendo whisk puro as quatro da tarde, uma posição decadente de um viciado doente que teve sua vida arruinada pelo vício.

   Suas vidas eram manipuladas por mentiras que pudessem suprir seu vazio, entoavam ilusões e filosofias baratas e pessimistas na esperança de que aquele buraco em seus peitos fossem preenchidos, mas sabiam que de noite, todas aquelas tentativas iriam vazar por seus olhos jogando a dura realidade em suas faces finas.

   Amar era tudo que queriam, estarem abraçados assim era tudo que desejaram por tanto tempo, era um sonho que não se importariam de ajoelhar e implorar de forma humilhante a Deus. Era apenas um vislumbre de mais uma esperança que parecia ridícula.

   Era algo que só os fazia ter a sensação de estarem correndo por pura vontade de tropeçar em uma pedra e dar de cara com o precipício.

   Se sentiam errados, esgotados e horríveis. Carregavam todo peso de algo que não existia em suas mentes perturbadas de que era sua culpa, era seu karma, que as coisas eram melhores assim para todos a sua volta, eles não mereciam nada além da morte, da inexistência.

Respirar era um incômodo, era simplesmente terrível que estivessem o fazendo, afetando a vida das pessoas a seu redor, condenados a perturbar a paz, destruir a vida de quem cruzava seus caminhos, era algo que os arrastava em um asfalto pontiagudo todos os dias.

   Como ter arame farpado em suas gargantas, sacos de pedras em suas mentes e o peso de uma pena em seus peitos vazios, ter suas veias e artérias se embalando como fios desgastados.

   Tudo, tudo sem exceção para suas patéticas vidas era uma tortura lenta e amarga. Viver com isso os tirava qualquer esperança que não os fizesse se sentir piores.

   Mas lá estavam eles. Ambos encontraram um ao outro, encontraram um abraço em que poderiam se aconchegar, um colo no qual poderiam deitar. Uma pessoa que os acolheria e que seria seu sistema solar inteiro, que estaria os segurando antes de cair no precipício.

   Era como ter um anjo a sua frente e tudo isso transbordava em suas lágrimas felizes, em seus peitos aquecidos e suas mentes claras como nunca estiveram antes.

   Luz era tudo pelo que estiveram buscando e agora que a tinham, não precisavam de mais nada.

   Estavam salvos.

Contínua

Cap revisado pelo lindo do fujoshifooda_ <3

Nota: Cara eu não sei vocês, mas esse cap pra mim ficou tão lindo depois de todo restante chegar até aqui é tão gratificante meo, nosso bbs tão se abraçando cara, tem um olho na mh lágrima!!!

Obrigada pela leitura seus lindes

𝙲𝚛𝚘𝚗ô𝚖𝚎𝚝𝚛𝚊𝚐𝚎𝚖 𝚎𝚗𝚝𝚛𝚎 𝙰𝚕𝚖𝚊𝚜 |BNHAOnde histórias criam vida. Descubra agora