- Okay, eu dirijo - Zulema diz ao chegarmos em frente ao carro. Sua mão estendida esperava as chaves serem entregues a ela.- Que ? Nada disso, o carro é meu, eu dirijo - Digo já abrindo a porta, mais a mesma insiti.
- Rúbia, Rúbia. Se quer fugir e permanecer viva, vai ter que entender que não podemos ficar perdendo tempo, precisamos ir até um lugar antes, e só eu sei a localização.
Olho no fundo de seus olhos, e me arrependo por isso. A intensidade não me permiti permanecer a encarando.
- Eu dirijo, você fala pra onde devo ir, pronto..
- Não, se eu dirigir será mais rápido, e vc sabe disso... Deixa de ser controladora e me deixa dirigir a porcaria deste carro logo, antes que as nossas cabeças estejam em uma bandeja - Sua voz sai raivosa. Mas me faço de durona, caminho de frente para ela, meu olhar feio fixo no dela, empinei meu nariz antes de dizer.
- Okay, você dirigi, mais nem sempre vou ceder a você.
- Isso é o que veremos Loira - Diz e da uma piscada antes de se sentar no banco do motorista, dou a volta e me sento no meu lugar, entrego a chaves a ela, e logo partimos.
Eu não sabia pra onde íamos, e não quiz questeiona-la com perguntas, afinal não queria nem escutar sua voz de tanta raiva que eu estava. O tempo passava de presa do lado de fora, a velocidade do carro era alta, e logo adquiri a vista de um lugar afastado, uma estrada de terra, um bosque, e casas abandonadas pelas redondezas.
- Aonde nós estamos ? - Pergunto depois de um longo tempo.
- Não precisa saber, logo não estaremos mais aqui - Diz friamente.
O carro para enfrente a uma das casas abandonadas ali. E ela desce, e quando viu que eu faria o mesmo, enfiou sua cabeça pela janela do carro.
- Não saia, fique no carro.
- Porque ?
- Só vou pegar umas coisas, já volto, fique aqui, nunca se sabe o que pode ter lá, ou o que pode aparecer aqui.
- Como assim ?
- Preciso que cuide do carro, pra que ninguém roube. Não sei se tem alguém me esperando do lado de dentro, mais se tiver e você escutar algo, só fuja, okay.
- Mais sei se percebeu - Olhei em volta - Mais estamos em uma local totalmente abandonado.
- Nós estamos aqui, não estamos ? - Concordo com a cabeça - então porque outras pessoas não poderiam estar também ?
Ela solta o questionamento antes de se virar e ir depressa em direção a casa. Ela estava certa, porra !
Dentro de algunas minutos depois, ela saiu depressa como havia entrado, só que dessa vez carregava duas bolsas grandes e pretas, aparentavam estar cheias e pesadas. Ela abriu a porta de trás e jogou as bolsas.- Prontinho. Já podemos partir daqui - Diz ao se sentar no carro.
- Precisamos ir na minha casa. - Digo a olhando.
- Só pode ser brincadeira, né loira ? Não estamos indo para uma acampamento, só vim pegar essas coisas porque serão necessárias para nós duas sobrevivermos.
- Eu sei... Mais preciso buscar algo, eu vim com vc aqui, agora vc irá comigo - Digo e ela sai do carro, da a volta e para do meu lado.
- Tá esperando o que ? Não vai dirigir não ?
Me levanto e dou a volta. Ao chegarmos em minha casa, que era localizada em uma bairro pobre e conhecido por isso, crianças brincavam na frente de suas casas, carros de som parados do outro lado da rua, tocavam rappes, e a movimentação de carros entregava que ali havia uma boca de fumo.
YOU ARE READING
Zahir
RomanceTudo tem um plano, mais quando algo sai do mesmo, as coisas que antes poderiam dar certo, se complicam, tornando assim a vida de uma pessoa, o caos... Mas não se preocupe, o caos as vezes pode ser prazeroso.