''Se um dia eu quis um final feliz, hoje eu desejo vingança. ''
Um assassino de aluguel cansado dos riscos do seu estilo de vida, aceita um último trabalho que daria todo o conforto para cair fora. O que ele não contava era que as dificuldades de r...
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'Como você pode ver dentro dos meus olhos como portas abertas?
Levando você para o meu núcleo, onde me tornei tão entorpecida
Sem alma, meu espírito está dormindo em algum lugar frio
Até você encontrá-lo lá e levá-lo de volta para casa''
- Bring me to life, Evanescence
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Ela está com infecção. Guardei essa conclusão para mim mesmo algumas horas depois de Dick trazer a garota em seus braços desacordada, quando ela começou a arder de febre. Uma pontada surgiu em meu peito quando ele se aproximou de mim e pude olhar melhor seu rosto.
Ela era apenas uma menina, não deveria ter mais que vinte anos.
A culpa de cogitar ser tão egoísta de entregá-la para aqueles homens podres começou a se apossar de mim. Eu sabia que aquela não era nem de perto uma solução viável, mas quem se importava com o que era certo ou moral?
Aprendi desde muito cedo a sobreviver, não é algo bonito ou coerente. As pessoas não ligam, às vezes nem mesmo as que deveriam ligar. Porque nesse mundo onde se mata ou morre, tudo é relativo. Brutal. Cruel e egoísta. A questão nunca foi sobre fazer o certo, mas fazer o melhor para você. E o que é o melhor para uns, é o completo oposto para os outros. Então quando eu recebia uma missão, não questionava.
Apenas perguntava onde, como e quando.
Mas então eu a observei, realmente a observei. Óbvio que havia notado como ela era bonita, mas preferi ignorar isso quando fui falar com ela, me atendo apenas aos seus olhos – procurando qualquer sinal de falha ou mentira. Não encontrei uma sequer. Rosa – se é que fosse mesmo seu nome, estava confusa e com medo, parecia inocente demais. Inocente demais com as sardas marrons que cobriam sua pele pálida, inocente demais com seus lábios inchados e avermelhados, se destacando com seus fios loiros claros. Inocente demais com seus olhos azuis-claros quase cinza que transbordavam terror.
