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⠀⠀⠀ ⠀• gojo, pela primeira vez em
⠀⠀⠀ toda a sua vida, sentiu gratidão por
⠀⠀⠀ alguém; foi com ela também a
⠀⠀⠀ primeira vez que se...
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀ ⎯ É... Parece que ficou só a gente.
Os dois se entreolharam, ainda do lado de fora da loja, e trocaram um sorriso confortável. Se Satoru não tivesse dito essa frase, Misaki não teria saído de seu transe; ficaria ali bloqueando a entrada enquanto via os seus outros dois veteranos se afastando.
⎯ Pois é...
Com isso ela conseguiu voltar para a realidade. Decidiu esquecer daqueles dois e empurrou a porta de vidro da doceria pela maçaneta, que ela já estava segurando há um tempo. O pequeno sino em cima da porta anunciou sua entrada.
Por estar na frente, Kamo foi a primeira a entrar na loja, e nem teve tempo de se preparar...
O cheiro de vários doces juntos... Ele veio de uma vez só, invadiu suas narinas. Não conseguia sentir mais nada além daquele aroma de chantilly que dá água na boca, e da mini fonte de chocolate que ficava no centro da loja, bem no meio entre as mesas de madeira.
Sem mencionar o quão aconchegante era a loja por dentro, as paredes rosa claro com alguns enfeites fofos; era uma decoração muito receptiva, de tão adorável. Misaki respirou o mais fundo que pôde para sentir aquele cheiro no ar o máximo que conseguisse antes de dar espaço para que o outro garoto entrasse.
Vindo logo atrás, Satoru estava quase babando (literalmente), e isso porque não haviam dado mais que dois passos dentro da loja. Só de sentir, por um mísero segundo, o mesmo aroma que ela, ficou hipnotizado. Começou a empurrar Misaki levemente pelas costas até o balcão para chegarem lá mais rápido. Ela começou a rir na mesma hora da sua pressa.
⎯ Calma, Gojo-san! Os doces não vão fugir de você.
Ela recebeu como resposta uma careta com a língua pra fora, e continuou sendo empurrada. Bem infantil, mas também divertido.
