Mamãe

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Quarta-feira, Hoboken - Nova Jersey, 08:15 da manhã

A campainha da Pequena casa de coloração bege e branca é tocada e aberta por uma senhora de cabelos esbranquiçados que assim que ver quem está na porta abre um enorme sorriso.

— Joshua — Abraça o filho ainda sorrindom

— Oi mamãe — Retribui o abraço — Trouxe pra senhora — Estende um buquê de rosas azuis assim que se separam do abraço — Suas favoritas não?

— Sim — Sorri mais ainda se é que era possível, enquanto pegava as flores — Oras vamos, entre — Entra dentro da casa sendo seguida por Josh que fecha a porta.

— Como a senhora tá?

— Eu estou viva - Ri junto com o filho — Não tenho problemas nenhum aqui — Vai até a cozinha pegando um vaso com água e colocando as flores levando de volta para sala e colocando em cima da mesa — Não veio com a Savannah?

— Não

— Aconteceu alguma coisa entre vocês? —Se senta ao lado do filho — Ella me ligou ontem perguntando onde você estava.

— Nós terminamos.

— Oh — Fala surpresa — Mas porque?

— Vários motivos mamãe, inclusive — Olha pra ela — O amor não existia mais.

— Uma pena querido, mesmo ela sendo um pouco difícil.

— Um pouco mãe?  — Os dois riem

— Mudando de assunto, já comeu?

— Ja

- Joshua Beauchamp — Encara o filho com os braços cruzados — Eu sou sua mãe não minta pra mim.

— Tudo bem — Ri — Eu não comi ainda, não deu tempo.

— Então vamos para cozinha fazer um belo bolo de cenoura com calda de chocolate — Levanta do sofá toda animada puxando o filho para irem para cozinha.

Pedacinho de Céu.

— Hoje é meu dia belíssimo de folga — Fala Sina.

— Então que vai fazer o dia todo? — Pergunta Noah enquanto dá o troco para um cliente — Obrigado e volte sempre.

— Você não me ouviu criatura?  F-O-L-G-A — Soletra— Folga, eu não vou fazer nada — Se senta no banquinho do balcão.

— Você não tem concerto — Fala rindo — E aquele seu aluno?

— So esperando a tarde, ele estuda pela manhã.

— Espero que realmente seja um garoto responsável, precisamos mesmo de mais alguém.

— E então, não falou com o Josh? — Pergunta a Heyooh se sentando no banquinho ao lado da Sina já que não tinha muitos clientes novos para atender.

— Não

— Ah para, você vive me dando conselhos sobre o amor porque não os segue? — Pergunta Sina.

— Talvez seja porque eu não amo ele?

— Mas gosta — Fala e Sina acena positivamente.

— Claro que não — Oha pras duas — Eu simpatizo com ele, mais nada.

— Sei, não vai demorar para você pagar com a língua,  eu também só simpatizava com Heyooh e olha agora — Fala e Heyooh cora.

Enquanto isso Any entra na confeitaria e vai até os três.

— Hello my friends.

— Any/Piranha — Noah e Sina falam juntos e vão abraçar Any.

— Não era pra você tá no trabalho? — Pergunta Noah.

— Meu querido chefe foi viajar e me deu o dia livre.

— Viajar? Pra onde? — Heyooh e Sina se encaram e riem, tava muito claro esse interesse camuflado.

— Ele foi visitar a dona Úrsula m

— Namorada?

-— Mãe Noah, vou contar para ele seu pequeno ataque de ciúme — Fala fazendo graça e Noah cora levemente.

— Eu não tô com ciúmes de ninguém, Só estava curioso.

— Vou fingir que você me engana — Se senta no balcão também.

Com Josh e Úrsula (12:00)

— Então como vai o Bailey? Aquele menino já tomou jeito de gente? — Pergunta enquanto botava o arroz no fogo e Josh ri, era bom estar de novo com sua mãe.

— Não mãe, ele vive em baladas e pegando geral, mas ele tá bem sim.

— Eu espero que ele encontre alguém que dê jeito nele, mas e você?

— Eu o quê?

— Já conheceu alguém? — Pega a tábua pra cortar salada.

— Não.

— Joshua.

— Tá, eu conheci um cara.

— E ele é bonito? — Encara filho maliciosamente.

— É — Ri da cara da mãe — Acredita que nós nos conhecemos nos esbarrando?

— Parece até coisa de filme de romance — Sorri imaginando uma cena romântica.

— Tirando a parte do romance, ele me puxou pela gravata e me deu uma bronca por ter chamado ele de anão.

— Camou o rapaz de anão? — O sorriso que estava em seu rosto desapareceu — Eu não te dei essa educação — Bate no braço do filho que apenas ri.

— Se não tivéssemos brigado, não teria reconciliação, nem almoço na casa dele.

— Ele cozinha? Te convidou para comer com ele?

— Ele é confeiteiro, e sim, conheci a irmã e a amiga dele ontem.

— Já está tão avançado assim? — Pergunta surpresa —  No meu tempo a gente tinha que pagar alguma coisa pra essa pessoa, geralmente um lanche e depois de vários encontros  ir comer com a família da pessoa.

— Mamãe não exagera, não somos nem amigos direito.

— Caro, parecem namorados e não amigos — Fala rindo e vai cortar os tomates que já tinha lavado.

— Mamãe — Repreende a senhora, mas admitia, gostava da ideia de serem mais que só amigos.

Confeitaria de Amores Improváveis - NoshWhere stories live. Discover now