Não posso ir presa, eu sou uma dama.

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Muita felicidade nos últimos capítulos não?

Já chega de felicidade e vamos pra parte mais sombria dessa história (raios e trovões) Lidya Clarke.

A mulher andava de um lado pra outro em seu quarto como um animal enjaulado enquanto ligava insistentemente pra Shadow.

— Anda seu infeliz, atende a droga do celular.

— Madame — Shadow sorri ladineo do outro lado da linha — A que devo a honra da sua ligação? Não me diga que é outro servicinho?

— Cala a boca seu imbecil — Massageia as têmporas — Meus filhos atenderam meu celular, o que você disse naquela ligação?

— Então seus filhos que ficaram sabendo do seu mandato de eliminação — Da uma risada grossa — Acho que eles já sabem que a mamãezinha deles é uma criminosa.

— Seu imprestável, se meu filho levou meu celular pra delegacia e rastrearam seu número.

— Então a madame vai ser presa por mandato de assassinato, minha ficha criminal não é muito limpa, mas eu sempre consigo escapar.

— Se eu for presa, vou fazer o impossível pra acabar com a sua vida — Grita andando em círculos.

— Sabe madame, foi uma pena você ter mandado matar aquele garoto — Sorri lembrando de Noah —  Ele era tão bonito, uma pena eu ter tido pouco tempo, queria ter brincado mais um pouco com ele.

— Você tem certeza que eliminou ele de vez?

— Se não chegaram a tempo pra socorrer ele, sim, Noah Urrea está morto.

— Acho bom — Desliga o celular e joga ele no espelho trincando o mesmo e por consequência quebrando o celular.

— Senhora tá tudo bem? — Pergunta a cozinheira do lado de fora do quarto.

— Me deixa em paz criada maldita — Grita — Eu preciso sumir daqui — Sussurra pra si mesma abrindo o guarda roupa e pegando suas malas.

Já na delegacia os policiais responsáveis pelo caso "Lidya" acabaram de gravar a ligação do assassino e da mandante.

— E então? — Perguntou Jhon o policial encarregado.

— Temos o que precisamos pra incriminar a Lidya Clarke — Respondeu Carter.

— Ótimo agente — Carter sorri — Tem o endereço — Não terminou de falar e a loira levantou uma folha com o endereço de Savannah.

— Ela mora com a filha e tem três empregados.

— Uau — Jhon pega o papel — Bom trabalho Carter.

— Obrigado chefe — Da uma piscadinha.

Jhon pega seu rádio comunicador na mesa e chama seu esquadrão, não demorando para ter três viaturas já prontas pra missão na frente da delegacia

Enquanto isso na casa de Savannah, Lidya já tinha feito suas malas e pegado as jóias que ainda lhe restaram, descia as escadas quando viu uma das empregadas limpando a sala.

— Você, chame um táxi pra mim.

— A senhora vai viajar?

— Não pergunte nada, chame logo o meu táxi — Grita com a garota que leva um susto e corre pra cozinha — Esses imprestáveis, eu não posso ser presa, não aceito isso.

— O táxi chega em dez minutos senhora — Avisa a jovem sem sair da parte da cozinha, nem morta entrava naquela sala com aquela mulher medonha.

— Droga — Se senta no sofá.

A porta da sala é aberta e por ela passa uma Savannah de terninho preto com uma saia de mesma cor, em suas mãos seu celular e uma maleta também preta.

— Mamãe? Pra onde a senhora vai com essas malas?

— Vou fazer uma viagem.

— E pra onde?

— Dubai não seria nada mau, talvez Brasil.

— Por que tão longe? Achei que você não tinha mais dinheiro e por isso veio morar comigo — Cruza os braços — Isso não tem nada haver com o Noah tem?

— Noah? Quem é esse?

— Não se faça de sonsa, você mandou matar ele não foi?

— Mas que loucura é essa? Eu nunca mandaria matar ninguém, e eu nem sei quem é esse rapaz.

— Não? Certeza que a senhora não conhece o namorado do Josh? Não tem raiva dele por ter tirado o Josh de mim?

— Você está ficando louca igualzinho o seu irmão — Levanta do sofá ao ouvir uma buzina — Deveria se tratar querida — Pega suas malas indo pra porta.

Mas ao abrir a mesma não era um táxi que a esperava do lado de fora, mas sim as três viaturas da polícia.

— Mas o que é isso?

— Lidya Clarke, a senhora está presa por mandato de assassinato contra Noah Urrea — Falou Jhon.

— Vocês não podem me prender sem provas — Tentou passar pelos policiais quando seu táxi chegou mas foi segurada pelo braço.

— A senhora estava tentando fugir?

— Eu ia viajar, não posso? Sou inocente do que me acusam.

— A vítima prestou queixa, grampeamos seu celular, temos gravações, a senhora é tudo menos inocente, algemem ela.

— O quê? Não, tirem suas mãos de mim.

E levaram Lidya para dentro do camburão.

— Policialzinho deve ter um engano, eu nunca mandaria matar aquele garoto.

— Muito engraçado a senhora falar isso depois que eu falei que tinha uma gravação sua com o Shadow — Falou Jhon rindo enquanto dirigia de volta pra delegacia.

— Não posso ir presa, eu sou uma dama.

— Damas também são criminosas senhora, e por favor, fique quieta até chegarmos a delegacia sim?

Enquanto isso na nuvem de arco-íris, vulgo o casal principal.

Noah e Josh estavam sentados em uma mesa sozinhos enquanto o mais novo comia.

— Vai querer continuar morando aqui ou eu compro uma casa pra nós três? — Pergunta Josh vendo o noivo beber um gole do suco de laranja.

— Ah... Eu não pensei nisso, não queria deixar a pedacinho de céu.

— Não precisa, podemos morar por perto.

— A Sina vai arrastar a Heyoon pra morar com ela — Fala rindo.

— Eu ouvi meu nome — Se senta ao lado do irmão.

— Eu falei que você vai trazer a Heyoon pra morar aqui quando eu for em bora.

— Vou é?

— Ou você vai pra lá, já que é péssima na cozinha — Fala rindo.

— Oh pai — Reclama alto suficiente pra Marco ouvir enquanto Noah e Josh riam.

Confeitaria de Amores Improváveis - NoshWhere stories live. Discover now