• XXVII - A Infiltrada

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* Notas iniciais da autora:
Saudações pessoal, tudo bem com vocês? Espero que sim. Estou começando mais um capítulo, e sem querer dar spoilers — o babado é forte. Hahaha, será que aqui teremos respostas sobre os acontecimentos anteriores de "O Despertar"? Bom, me digam vocês, já deixando suas teorias aqui.
Estou escrevendo esse capítulo em uma bela tarde de domingo, especificamente, 29 de agosto, 3:45 da tarde. Eu já gostaria de dar um aviso, bom, eu não estarei tão ativa aqui, já que, amanhã, irei começar minhas provas, vou tentar o meu máximo para terminar hoje, e poder me concentrar nas avaliações. Este é o recado que eu gostaria de deixar na parte inicial do capítulo, primeiramente, pedindo perdões se o conteúdo do capítulo anterior não foi muito bom, e eu não posso garantir se essa situação não irá se repetir aqui, novamente, desculpas.

Era um pequeno cômodo de paredes brancas, nos fundos havia uma janela retangular, com uma bela vista de Paris, acompanhado de uma escrivaninha de MDF branco, cheia de papéis espalhados, juntos de um notebook de última geração. Na lateral esquerda, um espelho havia sido coberto por um lençol branco que havia manchas de poeira, vários quadros estavam pendurados nas paredes, alguns com fotos de paisagens como a Torre Eiffel, o grande relógio Big Bang e a casa de Julieta Capuleto. Um tapete cinza estava no chão. Uma cadeira giratória acomodava uma garota de cabelos negros como a noite, que estava traçando um desing para uma cliente: Lindy Andrade.

Os seus olhos fitavam a paisagem urbana em busca de inspiração, seu notebook que estava aberto em uma página de vestidos da burguesia tocava uma música relaxante que a fazia pensar, pensar até no que não devia.

O significado de "pensar no que não devia", para Marinette não era nada a menos do que pensar no passado, e no que pode acontecer no futuro próximo, talvez, próximo demais. Um acontecimento marcado em vermelho para ela era o acordar de seus poderes, a hora em que eles dominaram o seu corpo inteiro, cada neurônio, cada célula, cada átomo. Aqueles poderes agora, faziam parte dela, definiam quem era ela. E se aqueles poderes não forem o bastante para ela? Se tornaria uma fanática por poderes e uma serial killer do multiverso para conseguir isso?

Esses pensamentos a atormentava.

Sempre houve essa dúvida em seu coração, mas, nunca, teve a coragem de perguntar. Afinal, todos ficariam curiosos e desconfiados por tal questionamento. E nunca pensariam que na verdade, ela estava com medo.
Ela poderia ser a Ladybug, mas não estava imune de seus sentimentos, de suas inseguranças.

Nesse tempo todo, ela enganou a todos, enganou todos quando disse que não ouvia mais a voz de Chat Blanc, soando friamente em sua consciência.

Aquela voz sempre continuou em sua mente, a mandando escolher coisas que não devia, ela apenas ocultou a situação. Mas... Isso seria uma mentira?

Ela mentiu para todos?

Mentiu para Adrien?

Marinette mordeu o seu lápis por conta da frustração e estresse. Pensou que não deveria estar lidando com esse tipo de coisas, não agora pelo menos. Todavia, apenas tinha 16 anos, deveria estar focada nos estudos. "Isso que dá ajudar velhinhos" pensou, soltando uma leve risada, tentando se distrair dos acontecimentos recentes.

Não teve mais tempo para continuar sua linha de raciocínios quando seu celular disparou o alarme — era hora de ir para a escola.

Antes da aula começar, Marinette pensou em ir ao banheiro, enxaguar melhor o rosto e verificar se as olheiras estavam tão aparentes. Ao chegar lá, se encontrou com Amber, que a olhava inofensivamente. A mestiça não deu a mínima e seguiu em frente, enxaguando delicadamente o rosto enquanto cantarolava sua música favorita, quando parou, viu que a menina continuava lá, sem mover um fio.

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