A festa dos lobos

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Emeril teve o seu tempo no dia seguinte de se arrumar para a festa que os lobos tinham preparado para ela. Seus longos cachos estavam enfeitados com flores roxas e algumas tranças que Ilis lhe fez estavam presas com elásticos coloridos. Perfumou o corpo todo antes de finalmente vestir o belo vestido vermelho que valorizava suas curvas e explorava seu decote.

—Por que você ainda não se vestiu? — Perguntou a Ilis, que ainda estava com uma longa camisa que cobria as suas partes, deitada na cama preguiçosamente no fim da tarde.

—Por que eu me vestiria? Eu te levarei até o ponto de encontro na floresta. Eu levarei algo para vestir lá.

—Você não pode ficar se transformando nem carregando peso. Você vai vestida sim e os garotos nos levarão.

—Você não vai montar em nenhum deles.

—São seus lobos, Ilis, que mal há?

—Você é minha mulher, mãe do nosso filho, e eu sou a única que pode te carregar para qualquer lugar. Então não, você não montará nas costas de nenhum lobo.

—Está com ciúmes dos garotos?

Emeril sorriu, caminhando até a cama e subindo a barra do vestido até a cintura enquanto montava sobre o corpo da loba, prendendo as pernas em sua cintura. Ilis aspirou seu cheiro enquanto subia as mãos em suas coxas por baixo do vestido, apertando, os olhos deslizando pelo corpo acima do seu até parar em seus olhos.

—Não é ciúmes, mas há um limite que é necessário manter para eu não passar vergonha chegando nas costas de um lobo como se eu estivesse incapaz.

—Tão orgulhosa, meu amor. Então é simples. Vocês vão montados nas minhas costas.

—E estragar toda essa produção? Não. Você vai nas minhas costas. O bebê ainda é pequeno e tenho certeza que ele aguenta uma pequena caminhada.

—Lobo orgulhoso.

—Confesse que você vai adorar montar em mim.

—De novo? Claro que sim. — Emeril sorriu com malícia, inclinando-se para selar seus lábios, mas teve um deles mordidos em resposta. — Você só quer me exibir desse jeito. — Falou mais baixo.

—E você não me dá razão nenhuma em querer isso. — Ela lambeu seus lábios, subindo as mãos em suas nádegas e apertando.

—Comporte-se agora, eu não quero que rasgue o vestido.

—Está bem, mas não prometo me comportar depois.

—Você não vai precisar. — Garantiu. — Eu só quero chegar inteira lá, depois podemos nos divertir de todas as maneiras.

—Selvagem.

Emeril riu, sem protestar. Colocou sapatos confortáveis e se deixou guiar pela loba para a rua, onde encontrou com Jhan e Ian, trocou abraços apertados com ambos e recebeu seus elogios ao qual agradeceu fornecendo um feitiço que marcou o ombro deles.

—O que isso faz? — Jhan questionou, olhando o desenho da runa.

—Vai dar uma carga de adrenalina a vocês uma vez ao dia quando precisarem. Então usem com sabedoria, sabem como ficam depois de uma luta.

—Já podemos usar? — Ian perguntou animado. — Tem um botão para apertar?

—É só se concentrar no que deseja que aconteça e verá a luz se acendendo na sua pele.

—E ela disse para usar com sabedoria. — Ilis deu um tapa em sua nuca. — Se usar agora vai ficar cansado o resto da noite.

—Use mais tarde. — Jhan sugeriu. — Quando precisar realmente de energia extra.

A feiticeira e a lobaWhere stories live. Discover now