quem sou eu?

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sou feita de amor e insegurança, e como todos os meus pecados são induzidos pela minha própria peculiaridade de tamanha dubiez, sei que sou, mas se sou — com uma certeza de que sei que sou e existo e toco tudo o que acho que habito — quem sou eu?

quando criança sempre me achei estranha, não uma estranha que se via como alguém diferente dos próprios pais. mamãe me mantinha miserável na minha mania de mudar o mundo, enquanto papai me proibia de publicar próprios, peculiares e puros pensamentos por parâmetros políticos para pôr partida perante a si.

durante anos me vi como um verme político endossando a terra amaldiçoada que ainda está presa e possui resquícios em mim. não sou como uma boa rebelde, há imensidão em mim e eu quero muito e tanto, não meço esforços para ser quem sou, mas se sou, quem sou eu?

as luzes a cidade não tem um terço do seu brilhoWhere stories live. Discover now