Desassossego

25 11 1
                                    

Onde está a luz que me espera
no fundo do mar?
agora que me minha alma se enterra
não verei mais a luz eterna

Os passos que outrora dava
deixavam o deserto como o Éden
me sentia o ser que curava
feridas que até o profundo ferem

Minhas palavras eram vento
pelos quatro cantos
eram o poema declamado
pela sereia cheia de paixão
que de tanto amar
feriu-me o coração

E esta ferida cravada
desidrata meu ser por completo
o deserto não mais vira Éden
minha voz não soa
e a sereia virou a luz eterna
que agora, inalcançável
desperta o meu desassossego imparável

Alma De PapelWhere stories live. Discover now