Prólogo

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Boa leitura <3

"Di queste case
non è rimasto
che qualche
brandello di muro

Di tanti
che mi corrispondevano
non è rimasto
neppure tanto

Ma nel cuore
nessuna croce manca

È il mio cuore
il paese più straziato"

- Giuseppe Ungaretti

(Harry)

Eu odiava acordar mais cedo que o normal, gostava de dormir o máximo que pudesse, desfrutar do conforto e maciez que meu colchão me proporcionava, mas naquele dia eu não pude. Era segunda-feira e primeiro dia de aula de Chiara e Antonella, então acordei, fiz minha higiene matinal, coloquei ração e água para o Giuseppe - que ainda dormia - e fui ao centro comprar coisas para fazer um café da manhã reforçado para as minhas meninas.

Depois de passar na feira, fui na padaria comprar pães frescos, e saindo dali vi o ônibus do primeiro horário parar no ponto. As pessoas que saíram do veículo provavelmente vinham da rodoviária devido as bagagens de mão e sendo grande parte ali, de certo, turistas. Até que um homem de estatura mediana entra no meu campo de visão, não conseguia ver seu rosto mas mesmo assim ele me lembrou alguém, alguém que eu não via ou tinha notícias à anos, esse alguém que enventualmente
tomava meus pensamentos e até os meus sonhos. Mas não tinha a menor possibilidade de ser quem eu pensava que era, então eu só empurrei isso pro fundo da minha mente e segui meu caminho para casa. Eu tinha muito o que fazer hoje e não me daria ao luxo de deixar algo assim me distrair.

Quando cheguei já começei a preparar o café o mais rápido possível para terminar antes que as meninas acordassem, mas logo ouvi passos vindo da escada e bufei desapontado, eu apenas queria mimar um pouco minhas filhotinhas. Assim que me virei vi duas pequenas figuras descabeladas e ainda não totalmente acordadas vindo na minha direção.

- Bom dia, papai. - Disseram ao mesmo tempo apoiando os braços na ilha da cozinha.

- Bom dia, anjos. Por que não dormiram mais? Eu ia levar café na cama para vocês. - Eu estava com um bico nos lábios igual uma criança quando as coisas não acontecem do jeito que ela quer, o que era meio cômico já que eu tinha 28 anos na cara.

- Eu te disse que dava pra gente dormir mais! - Antonella grunhiu frustada e cruzou os braços com uma feição emburrada. Tive que me segurar para não rir.

Chiara ignorou a irmã e veio até mim com as mãos juntas na frente do corpo e aquele sorriso doce no rosto. - Eu ouvi você chegar e presumi que você estava fazendo o café então decidi vir te ajudar. Você sabe que eu amo cozinhar contigo. - Eu não me aguentei e a levantei pela cintura levando o rosto até seu pescoço enchendo de beijinhos lhe causando cócegas e a fazendo soltar uma gargalhada gostosa que aquecia meu coração. Parei quando ela já não tinha mais fôlego e me pedia para parar. - O papai - Dei um beijo na sua bochecha direita. - Te ama - Outro na esquerda. - Muito! - E por fim um na pontinha do nariz. Ajeitei minha pequena no colo e ela deitou a cabeça no meu ombro.

- Também te amo muito, papai. - Não importava quantas vezes eu escutasse isso que meu coração iria dar pulinhos toda vez. Era a melhor sensação do mundo.

Olhei para a maior que continuava parada na outra ponta da ilha e vi o ciúmes estampado no seu rosto.

- Filha. - Me respondeu com um "hm" tentando passar indiferença. - Amor. - Ela respirou fundo e passou a fitar as unhas da mão, me segurei para não rir e fingi seriedade. - Antonella. - Ouvi um bufo e ela começou a vir até mim. - Amo muito você também sua chatinha. - Fiz cosquinhas na sua barriga com minha mão livre e logo ela já desfez a carranca e começou a rir. - Papai ama vocês mais que tudo nesse mundo! E aproveitando que já estão aqui vão me ajudar a terminar o café.

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