— Qual seu lance com o Bryan, hein? — Pergunto colocando um pouco de pipoca na boca.
Ellen senta do outro lado do sofá e se estica entregando-me um copo cheio de Coca-Cola com gelo e limão. Agradeço alegremente e ajeito a coberta em minhas pernas.
— Já fomos namorados quando eu era mais jovem. — Diz pegando sua bacia de pipoca e o controle da tv.— Ele parece ser muito legal. — Ellen sorri um pouquinho encarando seu refrigerante.
— Bryan é um homem muito...
— Lindo. — Completo olhando-a sob a borda do meu copo.— Não ia dizer isso. — Ellen ri e coloca sua coca na mesinha de centro. — Ele é um homem integro e respeitoso, um tanto especial.
— V ocês não pensam em... — Faço um movimento com a mão tirando uma gargalhada sua.— Não, somos apenas amigos. — Levanto uma sobrancelha e Ellen respira fundo.
— Sei... — Pego um pouco de pipoca. — Mas não seria nada ruim em experimentá-lo de novo, Ellen. — Ela abre a boca indignada.
— Mariana — Adverte e eu solto uma risada. — Vamos assistir a esse filme e mudar de assunto?
— Claro, vamos lá.Ellen coloca o filme sexta-feira 13, com meu amado Jason, que no caso é o serial Killer que mata todo mundo sem ter uma razão específica. O filme é antigo e eu amo, ele é tão mentiroso que enquanto Ellen gemia de nojo, eu ria dos efeitos mais falsos da face da terra.
— O que aconteceu com o pai de Peter? — Solto a pergunta justamente quando Jason está matando um dos personagens do filme.
Não olho para Ellen, mas sinto seus olhos preso em mim.
— Um acidente de carro. — Responde suspirando.— O que ele era seu? — Finalmente olho para ela que encara seu copo de refrigerante.
— Charlie foi meu mentor quando entrei na polícia, éramos parceiros. — Ellen passa a língua em seus lábios. — Não sei especificamente o que aconteceu, mas Charlie se envolveu em um escândalo de corrupção e tráfico de entorpecentes.
— Ele foi investigado?— Sim, encontraram vários quilos de drogas em seu carro e dinheiro com nomes dos homens que o pagavam para que ele os soltasse. — Seu tom estava carregado de decepção e tristeza.
— V ocê acredita nisso? — Seus ombros caem. — V ocê acredita que realmente foi verdade?— Não tivemos a chance de provar o contrário, Barbara. — Ellen me olha com seus olhos brilhando por causa das lágrimas. — Ele morreu no dia seguinte de tudo acontecer.
— Sinto muito. — Sussurro com o coração apertado, principalmente por victor.
— Ele era meu melhor amigo. — Ellen sorri, seu olhar está fixo na pipoca, aposto que está relembrando do pai de Victor. — Ele sabia de tudo da minha vida, eu o conheci desde que tinha dezoito anos.
— Ele sabia da minha existência? — Ellen assente.
N.(lembrando que o apelido do Victor é Peter).— Ele ficou com raiva quando eu te abandonei no brasil. — Engulo em seco e uma pitada de raiva me invade. — Ficou dois anos sem falar comigo, quando entrei na polícia, nós nos reconciliamos. Ele aceitou os meus motivos, mas não concordou com o que fiz, e três anos atrás, ele morreu.
— E quais seriam esses motivos? — Pergunto com minha voz fraca.
Ellen me olha percebendo que tinha falado um pouquinho demais, ela se ajeita no sofá e desvia do meu olhar.
— Vamos terminar de assistir ao filme? Está ficando interessante. — Ela aumenta o volume da tv.— V ocê sabe que uma hora ou outra terá que me contar a verdade, né? — Ellen não me olha.
— Eu sei. — Murmura.
Não adianta forçá-la a falar a verdade, porque não irá contar. Então volto a prestar atenção no filme, mas a minha mente vaga entre o filme e o garoto com os cabelos vermelhos que eu acabei revelando que estou apaixonada por ele.
Meu Deus, eu sou uma idiota! Por que eu não fiquei com a língua na boca? Deixasse esse sentimento só para mim. Coloco um monte de pipoca na boca. Depois da aula, Peter desapareceu, será que ficou receoso pelo que eu falei?
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Apaixonada por um nerd (BABICTOR)💛🥀
FanfictionSpinose 📒 Tudo nessa vida têm consequências, sejam elas boas ou ruins e Barbara sabe perfeitamente disso. Enviada para fora do país para morar com sua mãe que a abandonou aos dois anos de idade, sua única missão é fazer de tudo para que eles a mand...