Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Um sorrisinho apareceu no rosto do Lando, ele parecia fofo enquanto não mostrava os dentes e tinha aquelas bochechas coradas. Mia também sorriu, enquanto sentava-se em frente à ele.
— Olá.
— Mia, você voltou!
— Eu disse que voltaria.
— Mas você poderia ter mentido. — Ele a encarou, com aquele olhar frio de sempre.
Mia reparar que seus olhos eram sempre os mesmos mas ele demonstrava os sentimentos com linguagem corporal, por exemplo quando sorria ou fechava a mão com força.
— Hoje você vai responder as minhas perguntas?
— Sabe o que acontece com garotas curiosas? — Norris a encarou com os olhos sombrios mas em seguida deixou uma risadinha escapar.
— Não sinta medo Mia, eu estou preso aqui e não posso te fazer nada. E mesmo que eu pudesse tocar em você, eu apenas te beijaria, você é linda.
Mia sentiu suas bochechas corarem. Ele era extremamente atraente porém ela sabia que ele ainda era um serial killer e poderia estar mesmo a manipulando, sem que ela desconfiasse.
— Pode me dizer o que você sente quando machuca outras pessoas?
— Você conhece Rosie & The Originals? Foram famosos na década de sessenta. —Norris cruzou os braços.
— É como o paraíso estar aqui com você, você é como um anjo tão bom para ser verdade.
Mia ficou estática, a voz dele era doce e afinada, com certeza muito agradável para qualquer ouvinte.
De qualquer forma, ela não entendia onde ele queria chegar com uma letra como aquela.
— Sua voz é linda.
— Apenas agradável, eu diria.
— Isso é legal Norris mas pode se concentrar nas perguntas? Isso é muito importante para mim.
— Por favor jamais me deixe triste e sozinho. — O Lando continuou cantarolando, ignorando a garota em sua frente.
— NORRIS! — Não posso falar muito Mia, não enquanto ele estiver aqui.
Norris apontou com a cabeça e então Mia se virou na cadeira, enxergando o enfermeiro, parado ao lado da porta por onde ela havia entrado.
— Você pode sair?
— Não posso, senhorita. — Ele manteve a expressão séria, Mia virou-se novamente para o Norris.
— Sinto muito.
— Oh não tem problema. — Norris continuou estático.
— Mas eu daria tudo para sair daqui e poder ficar perto de você. Sabe por que tanto branco? Porque o branco nos faz perder a nossa sanidade, não somos loucos, são eles quem nos transformam. Você também acha que eu sou louco, Mia?
Mia negou com a cabeça, por mais que realmente soubesse que aquele garoto não era normal.
O Lando encostou a sua mão no vidro, Mia a encarou por alguns segundos e então também levou a sua até ele, comparando a diferença de tamanho.
Por um momento quis toca-lo além do vidro mas não podia. Apenas continuou lá, com a mão junto à dele, separada apenas pelo grande painel de vidro.
— Senhorita, se afaste. — O enfermeiro a repreendeu, fazendo com que Mia imediatamente abaixasse a sua mão.
— Não se preocupe, Mia. — Norris disse baixinho.
— Um dia eu estarei aí fora e finalmente poderei tocar em você.
