prólogo

257 26 46
                                    

See The Rainbows In My Eyes
por: themarauderz

***

"mas as vezes é preciso ter um coração partido para alguém perceber o quão bom era ..."

***

aviso da themarauderz : Fanfic Era dos Marotos começando no quinto ano pela narração de Sirius. Créditos para JK pelos personagens, mas eu não apoio suas falas e nem pensamentos do mesmo jeito. Está história inclui alguns eventos chaves dos livros e outros que eu mesma criei.

***

aviso da tradutora: está fanfic contém -> linguagem imprópria, menções a abusos, violência, drogas e álcool, depressão, +18.
(está fanfic contém gírias e apelidos que irei manter em inglês)

***





O amor é uma merda.

Você fica com o coração partido, a vida fodida, todos os pensamentos cruzados. Isso o desumaniza até que tudo o que resta é pele seca e ossos expostos. O amor vai deixa-lo perdido e entorpecido, sem nenhuma sensação de vida ou desejo de amar novamente.

Pelo menos foi o que aconteceu com as garotas que namoraram Sirius.

Uma olhada em seu charme diabólico e você é cativada. Totalmente desmaiada por um menino travesso de mandíbula afiada, olhos nublados, puro sangue francês que caminhava com orgulho e flertava com qualquer coisa que respirava.

Amá-lo era a parte fácil. Mas fazer com que ele ame de volta, é uma história diferente.

Sirius deu a você uma corrida pelo seu dinheiro. Ele era um cavaleiro, desempenhou o papel até ficar entediado, nunca partiu intencionalmente o coração de uma garota, simplesmente aconteceu. Ele dizia a si mesmo, esta é a escolhida, e então não sentia nenhuma conexão. Sem atração. Nada. Então ele cortou o fio, mandou a senhora embora com as bochechas manchadas de rímel e o nariz escorrendo, acrescentando mais um nome à sua lista de pessoas que a decepcionou.

Sirius acreditava no amor. Ele tinha lido tudo sobre isso nos contos de fábulas trouxas que ficavam escondidos debaixo de sua cama. Sua prima, Andrômeda, secretamente o presenteava, sabendo que sua mãe nunca aprovaria tais idealizações irrealistas. As falas desses livros o ensinaram sobre esse tempo idiota, o convenceram de que era algo pelo qual valia a pena lutar. Essas eram as mesmas histórias que ele foi forçado a assistir queimando em um incêndio, cada página amassada enquanto as chamas devoravam seus poemas. A ironia era cômica, mas isso significa que o amor o trataria da mesma maneira?

Para Sirius, todo amor é assim em um conto de fadas. Ele imaginou isso como uma foice na garganta, um arfar em seus pulmões, uma torção em sua mente que fazia as manchas solares dançarem pela sala. Que foi o latejas estrondoso do seu coração que sacudiu todo o seu corpo, fazendo parecer que o mundo estava desmoronando sob seus pés.

O engraçado sobre o amor é que ele faz você se sentir completo, mesmo quando sabe que está vazio. Ele o preenche com seus rápidos ímpetos de adrenalina e desejos derretidos, a melhor versão de uma droga que se pode tomar. Mas também é por isso que é tão enganador. Sirius estava muito confuso com as expectativas para perceber isso. Talvez se ele soubesse isso o teria poupado de tal desgosto.

Mas às vezes é preciso ter um coração partido para alguém perceber o quão bom era.

Até agora ele não teve sorte. Cada garota que cruzou seu caminho nunca deu a ele o gosto da emoção que ele desejava. Tudo o que eles fizeram foi querer. Quer compromisso, que atenção, que mais do que ele poderia dar. Sirius odiava ser dominado ou empurrado, seus pais já faziam muito isso.

Por enquanto, ele tinha seus amigos: James, Peter, Remus. Eles eram tudo de que ele precisava.

James era como seu irmão, eles estavam praticamente presos pelo quadril. Ele era nobre demais, usava o coração nas mangas e estava perdidamente apaixonado por uma garota que o odiava. Também obcecado por quadribol a ponto de desistir de Evans e se casar com sua vassoura.

Peter era um velho amigo de James, que se infiltrou no grupo por omissão. Sirius gostou do garoto...mais do que tolerado. Ele era útil para as pegadinhas, pequeno o suficiente para se esgueirar, contava as melhores piadas nos piores momentos. No entanto, um pouco covarde, o que irritou Sirius. Ele arrasava no xadrez dos magos, a única coisa de que se orgulhava.

Mesmo assim, Peter era um maroto e Sirius o protegeria com sua vida. É isso que os marotos fazem.

Então havia Remus.

Este garoto era provavelmente o bruxo mais estranho que Sirius já conheceu. Ele passava todo o seu tempo na biblioteca, puxava saco de todos os professores, tirava as melhores notas, desaparecia em momentos aleatórios, xingava como um marinheiro, tinha um temperamento horrível, podia comer toda a mesa de banquete, basicamente agia como um homem de oitenta anos, e do mesmo jeito conseguia ser o cérebro por trás de cada pegadinha perversa. Remus era um mistério, mas fodidamente hilário.

Ele amava livros, comida, chocolate, gostou do vinil que Sirius colocou. Remus tinha o melhor sorriso, torto e suave. Ele era alto, magro, com cicatrizes da cabeça aos pés. Ironicamente, algo saído de um conto de fadas.

E ainda por cima, ele era um lobisomem. Como isso é legal! Não havia razão para ter medo dele; ele dobra suas meias pelo amor de Merlin.

E para acabar com os marotos só faltava Sirius.

Ele era o playboy de Hogwarts, violador de regras, desgraça da família Black, bruxo amante de musica trouxa que por acaso era muito inteligente, mas se importava mais com sua reputação do que notas. Ele conhecia cada constelação e estrela, memorizava todas as letras de qualquer musica do Queen já lançada, tinha uma tendência a colocar delineador preto e esmalte nas unhas, queria fazer uma tatuagem, mas era muito covarde para fazer, muitos anéis nos dedos, mas nunca eram de prata para que Remus não ficasse tonto, gostava de prender o cabelo em um coque bagunçado e fumava até que seus pulmões estivessem descobertos.

Ele é muito para absorver, mas vale a pena.

E ainda por cima, ele é um saco de mercadorias danificadas procurando por amor em um mar de pessoas perfeitas que acham que podem dar a ele o que ele quer.

A verdade é que Sirius pode agir duro como se ele não desse a mínima, mas na verdade ele é um garoto assustado, solitário e abatido que morreria por seus amigos e carrega um coração que o amará mais profundamente do que o homem conhece.

Então esse é o verdadeiro Sirius Orion Black.

E esta é a história dele.

See The Rainbows In My Eyes // Tradução // WolfstarWhere stories live. Discover now