TROIS

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Izuku o levou a andar de barco no Rio Sena, durante a viagem eles conversavam e riam, mas assim como nas últimas vezes, ele tirou um tempo pra poder desenhar Katsuki.

Katsuki não achava ruim, na verdade, aquilo até aumentava seu ego. Ele gostava como, quando estavam em silêncio, ele pegava Izuku o encarando, o par de esmeraldas observando cada detalhe seu com cuidado. Gostava como Izuku recitava poemas em um sussurro perto de seu ouvido, como uma promessa de amor eterno. De como Izuku o elogiava sempre que tinha oportunidade e de como aquele apelido infantil saia tão melodioso em sua voz.

KacchanKacchanKacchanKacchanKacchan

Céus, Katsuki iria enlouquecer a qualquer momento com o jeito que seus divertidamente entravam em uma espécie de rave quando escutava o apelido.

Katsuki aprendeu naquela tarde que Izuku amava beijar tanto quanto desenhar, sempre que estava distraído, o esverdeado arranjava uma maneira de lhe roubar um beijo, por mais curto que seja. E Katsuki não pode mentir, ele também amava sentir os lábios de Izuku nos seus.

Naquele dia Izuku não veio de moletom, na verdade, ele vestia uma regata preta, e caralho, Katsuki sabia que ele era forte, mas não tinha noção do quanto.

Ele percebeu que as cicatrizes nas mãos se espalhavam por seus braços e ombros, que Izuku tem algumas sardas na região da clavícula e que, surpreendentemente, ele tinha uma tatuagem nas costas, Katsuki não percebeu o que era, somente que era enorme.

Quando ele questionou o que era, Izuku prometeu que ele le découvrira bientôt (logo descobrirá).

Katsuki ainda não sabe se odeia ou adora quando Izuku decide falar algo em francês. Ele sabe que gosta como seu tom de voz fica mais grave e ele parece um protagonista de um romance bem cliché, mas ele também sabe que odeia não saber o que ele está falando, e isso o fez prometer a si mesmo que logo que chegasse em Tokyo, ele aprenderia francês.

Depois, Izuku o levou até sua faculdade, e o fez conhecer Nemuri Kayama, uma professora de moda que também era criadora de uma marca famosa na Europa.

Nemuri conversou com ele em inglês sobre tudo o que ele precisava saber sobre as tendências de agora e as que possivelmente aparecerão no futuro. Ela era uma profissional, e Katsuki sente que sua mãe a adoraria.

Izuku esteve sempre do seu lado, às vezes ele apontava tendências que gostava ou não, mas na maioria do tempo ele ficou em silêncio já que não era o melhor em inglês.

No final, quando já era de noite, Izuku o levou a jantar, dessa vez em um restaurante. Não era um próprio para turistas, foi o que Katsuki concluiu. E Izuku definitivamente conhecia os donos e empregados do restaurante, pois assim que entraram, todos os comprimentaram alegres.

Não foi uma surpresa, Katsuki chegou a conclusão que Izuku era bem popular em Paris, ele conhecia o dono da pizzaria, a mulher de alugar as bicicletas, o homem que guiava o barco deles, mais de metade da faculdade. Izuku era conhecido, e todos pareciam gostar dele.

"Você é bem popular, huh?" ele questionou quando sentaram em uma mesa, Izuku o olhou por cima do livro da ementa e escutou sua risada.

"Eu já tive muitos trabalhos." deu de ombros, colocando a ementa de lado, Katsuki agora podendo observar seu rosto novamente.

"Está me dizendo que passou de alguém que trabalha em um restaurante, para alguém que guia barcos, para um tatuador?"

Izuku assentiu, "Eu também já trabalhei em uma padaria, já fui guarda-costas e já fui recepcionista de um hotel."

MON CHÉRI (dkbk) Where stories live. Discover now