Capitulo 6

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6 de Setembro de 1998, Londres.

Savannah e Any estavam conversando em horário livre, indo
para a cabana de Hagrid.

Any não o vira desde que chegara a Hogwarts, o que era seis dias.

- A convivência está péssima.
Brigamos o tempo todo, só não
brigamos mais do que eu e Bailey. - Any resmunga, e Savannah ri.
- Deve ser horrível, ter que aturar Urrea à noite e patrulhar corredores
com ele, isso sem contar as aulas
obrigatórias da Grifinória com
a Sonserina. - Savannah comenta e
Any suspira.
- Nem me diga, amiga. Ele não
deixou de me chamar de sangue-ruim sequer uma vez. - Savannah olhou, frustrada, para a amiga.
- E você aceita isso? - perguntou Savannah, indignada.
- Claro que não, eu já até descobri
o ponto fraco dele. Urrea odeia ser chamado de "A fantástica doninha saltitante" e "filhote de comensal". - Savannah ri e Any ri junto.
- Então manda ver, use isso contra ele!
- Tecnicamente, eu não posso chama-lo de "A fantástica doninha saltitante".
- Por que não? - perguntou Savannah, franzindo a testa em curiosidade.
- Por que faz parte das Regras de Convivência!
- O que seria isso?
- É uma lista idiota que o Urrea e eu criamos. É idiota porquê desrespeitamos a parte que diz "não ofender um ao outro, com apelidos do tipo Sangue-Ruim ou A Fantástica Doninha Saltitante"

Savannah e Any caminharam por mais algum tempo, até que se viram diante da simples cabana de Hagrid.

Savannah bateu na porta e um meio
gigante atendeu.

- Savannah? Any? Que prazer revê-las! Entrem, entrem! - disse o
bruxo meio gigante, dando espaço
para as meninas passarem pela porta. - Aceitam uns biscoitos e uma xícara de chá? Eu mesmo que fiz.
- Er... Não, obrigada Hagrid. -
respondeu Any prontamente. Any aprendera, depois de quase 8 anos de convivência que sempre deveria recusar qualquer comida que
Hagrid tenha feito.
- Como vocês estão? - perguntou Hagrid, se sentando em um banquinho arranjado.
- Estamos indo, não é. - respondeu
Savannah. - A guerra levou muitos
amigos. Mas tirando isso está tudo
bem.
- Por que você não levou os alunos do primeiro ano ao castelo pelos barcos esse ano? - Any perguntou.
- Eu não estava me sentindo muito
bem. - Hagrid respondeu.
- Como assim? - Savannah incitou
Hagrid a falar mais sobre o assunto.
- Eu quebrei o braço. - Hagrid
mostrou o braço enfaixado, que
Any e Savannah não haviam notado,
por alhum motivo.
- Como você quebrou o seu braço,
Hagrid? - Any perguntou, com medo da resposta.
- Preparando uma aula de Trato das
Criaturas Mágicas para o 3º ano.
- Hagrid, você tem certeza que é
seguro? - perguntou Savannah, assustada.
- Oras, mas é claro que tenho!
Meus alunos amam aulas práticas. E
isso aqui - Hagrid apontou para o
braço enfaixado. - foi somente um
acidente.
- Sei não, viu... - murmurou Any.

Savannah e Any se despediram de
Hagrid e seguiram para a próxima
aula, que era com a Lufa-Lufa.

Noah estava conversando com Alex,
na aula do professor Flitwick.

- Você tem sorte, Noah! - Alex disse com uma cara séria, que fez Noah ter a certeza de que ele realmente estava falando sério.
- Ih, Mandon! Você ficou louco? -
Noah arqueou as sombrancelhas.
- Eu to falando sério, cara. Você
não reparou como ela ficou gata? Eu
pegava ela, se eu tivesse essa chance
que você está jogando fora. Se eu
fosse você, eu ficava com ela. - Noah
mordeu os lábios.
- Não viaja, Alex. Eu e a
Sangue-ruim? Não mesmo, não vai
rolar. - Noah disse, rápido.
- Ou vai ver, ela é areia demais
para o seu caminhaozinho! - Alex
murmurou baixo, mas Noah o ouviu.
- O que, bro? Que merda você disse? - Noah o olhou, surpreso e com
raiva.
- Fala sério, Urrea! Você dormiu no
mesmo quarto que ela por duas noites inteirinhas e não rolou nada? Nada mesmo?
- Talvez tenha rolado, eu beijei ela.
Duas vezes. Mas eu tenho certeza que ela odiou, assim como eu, eu só fiz isso para tirar ela do sério! Você está viajando, Alex.
- Como sabe que ela odiou? - Mandon riu. - Ela pode amar você em segredo, sabia?

Hope || Adaptação NoanyWhere stories live. Discover now