Hope || Adaptação Noany

Capitulo 28

21 de Dezembro de 1998, Londres.

- Você vai precisar saber se defender
dos Dementadores, caso nos achem. - Any disse segurando uma xícara
de café, algumas horas mais tarde.
- Como? - perguntou o moreno.
- Com o Feitiço do Patrono, é claro. - respondeu Any e Noah suspirou.
- Eu nunca fui bom nesse feitiço. -
ele deu de ombros. - Não precisa
tenrar me ajudar, eu não vou
conseguir.
- Posso saber por que? - Any perguntou, franzindo a testa.
- Eu não tenho nenhum pensamento
feliz. - ele disse. - Não forte o suficiente, entende.
- Eu vou te ajudar a encontrar algum. - Any sorriu.
- Tudo bem. Eu aceito a sua ajuda.
Mas eu não quero me preocupar com isso agora. - Noah disse. - Já tive
procupações demais para uma só semana.
- Claro. Começamos no Natal, está
bem? - perguntou ela e Noah franziu
a testa.
- Perdi a noção do tempo. Quanto
tempo falta para o Natal?
- Quatro dias. - Any disse e depois olhou para a janela.

Estava nevando, ou seja, fazia muito
frio. Any estava gélida, pois não
trouxera blusas de frio, estava usando apenas o casaco de moletom verde com o brasão da Sonserina que Noah cedera. O moreno notou que Any tremia de frio.

- Você quer que eu coloque fogo na lareira? - perguntou ele e Any negou com a cabeça, um pouco angustiada. - Vamos lá, Ny, você vai pegar um resfriado.
- O fogo já não me esquenta mais! - ela disse, mordendo os lábios e Noah
revirou os olhos, sorrindo. - Ta,
parei. Eu quero, sim. E também quero que você faça o chá de erva doce que eu roubei do Mercado de Liverpool e quero que me traga meias.
- Você é muito abusada, mas eu faço
por você. - ele sorriu e Any deu
um selinho em seus lábios.
- Eu amo você. - ela sussurrou.
- Bem, ainda não inventaram uma
palavra que defina um sentimento
ainda mais forte, então, eu também te amo.

24 de Dezembro de 1998, Londres.
(23:57)

Any estava abraçada, ou seja,
literalmente agarrada a Noah. A
única iluminação da sala de estar d'A Muy Nobre e Antiga Casa dos Black era a persiana aberta e a lareira acesa.

- Faltam três minutos para o Natal. - Any disse, olhando para o seu relógio de pulso.

Noah sorriu, fraco.

- Eu sei que não vai ser o melhor que você já teve, mas... - o moreno começou.
- Nós estamos juntos, estamos aqui,
juntos e respirando. É isso o que conta. - Any cortou-o.
- Mas eu nem te dei nenhum
presente! Eu sei que isso é uma coisa
simples, mas eu realmente queria
desfrutar das coisas bobas e simples
com você. - Noah suspirou.
- Você quer me dar um presente,
então... - Any sorriu de lado. - Você pode me dar um presente nesse
exato momento.
- Posso? - ele franziu a testa.
- Pode. - ela mordeu os lábios. - E
eu sei que é falta de educação abrir
o presente antes da hora, mas eu vou fazer isso mesmo assim. - a morena o beijou.

Noah a puxou para mais perto e
acabou estragando o seu penteado.
Ela riu entre o beijo, sem fazer ideia
de que Noah ama quando ela faz isso. Ele beijou o canto do sorriso dela e disse:

- Feliz Natal.
- Feliz Natal. - ela sussurrou de volta.

Os dois conversaram por mais um
tempo e depois dormiram, ali mesmo, no chão meio empoeirado, ao lado da lareira cuja rede de pó de flu fora bloqueada.

25 de Dezembro de 1998, Londres.

Any acordou primeiro que o
moreno na manhã seguinte. A primeira coisa que ela notara foi uma caixa enorme e vermelha com um lacinho em cima, que a deixou pasma pois eles não tinham deixado isso lá na noite.

Desesperada, ela acordou Noah
cutucando. Ele resmungou algo e
depois se sentou, ainda sonolento.

- Olha só isso. - ela apontou para a
misteriosa caixa. Noah fez uma careta ao olhar para ela.
- Foi só o Papai Noel, relaxa,
Any! - ele ironizou e a morena bufou.
- Não seja idiota! - ela murmurou. - O que será que tem dentro?
- Só abrindo para saber. - Noah
disse se levantando. Any o impediu com o braço.
- Não! Pode ser uma armadilha. - ela censurou e Noah revirou os olhos.
- Ou pode ser só um presente de
Natal comum. - ele falou, irritado.
- Noah, quem iria nos mandar um
presente de natal quando estamos
SENDO PROCURADOS POR METADE
DO MUNDO MÁGICO. - ela berrou,
mas o moreno não deu ouvidos.