𝘆𝗼𝘂'𝗿𝗲 𝗷𝘂𝘀𝘁 𝗹𝗶𝗸𝗲 𝘁𝗵𝗲𝗺

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Ela olha para o lago, acho que se recusava a olhar para mim. Veronica e Archie deviam estar quebrando a cama lá em cima, enquanto eu e Betty encarávamos um rio, em silêncio absoluto.

— O que eu era para você? — pergunto, desesperado para quebrar o gelo.

Essa pergunta batucava na minha cabeça desde o dia que a peguei na festa, tudo isso era confuso demais para mim. Por que ela age como se amasse apenas para no próximo dia transar com outro?

— Você era um sonho — seu tom e palavras emboladas revelam sua embriaguez — Como Yale... — olha para baixo — Foda-se Yale, você era um sonho maior e melhor do que Yale!

— Eu era uma "meta"? — digo incrédulo.

— Você era meu crush de infância, meu príncipe encantado — ela sorri para o nada.

— Você me tinha, Betty — sabendo que ela não lembrará dessa conversa amanhã, revelo — Sabe... você se diz diferente das minhas namoradas mas você é igualzinho a elas. Querem que eu as foda. Eu faço, elas vão embora.

— Está me chamando de aproveitadora? — a loira vira para mim como se eu tivesse dito a coisa mais absurda do mundo.

— Não — digo — Mas você é como elas, queria transar comigo. Só isso.

— Não! Eu queria ser sua namorada — ela diz, virando para mim, me olhando nos olhos — Queria que me pedisse em casamento no quarto do apartamento que teríamos em Connecticut, estudando em Yale — parece que planejou tudo.

— Você planejou isso?

— Quando descobri o que era sexo, eu sabia que queria fazer com você. No baile de formatura, um grande gesto — os olhos dela brilham.

— Deus, isso é clichê — levo a garrafa de coca a minha boca.

— Um anel de cereja. Queria que me desse um anel de cereja, quando me pedisse para ir no baile comigo.

— Eu só vou te dizer isso porque sei que não vai lembrar de manhã mas... eu comprei um anel de cereja para você, um anel de compromisso. Eu ia pedir para você ser minha namorada, mas você me deu um bolo e saiu para transar com outro — meu tom fica duro, querendo bater a cabeça na parede sobre isso mais uma vez.

— Eu não sai com ele nessa intenção, mas as coisas foram acontecendo e se te faz sentir melhor, nem foi bom — ela vomita as palavras rapidamente.

— Eu não quero saber como é sexo com o Cartier, Betty. Mas sim, me faz me sentir um tiquinho melhor — digo.

— Por que você é egocêntrico para caralho? — ela pergunta.

— Você nunca disse que sexo comigo era bom. Ou melhor do que com o Cartier — aponto.

— Mas é, sexo com você é ótimo, é sempre ótimo — essa garota está muito bêbada e eu me sinto mal por não estar impedindo ela de falar essas coisas.

— Olha Betty, você tá bêbada, está falando coisas que não quer que eu escute e eu estou sóbrio então vou lembrar de tudo isso. Só toma um banho frio e vai para cama — digo sério.

— Ah, você — ela se apoia em meu peito — Sempre cuidando de mim — ela sorri.

— Betty, é sério — olha para ela nos olhos — Vamos — pego seus cotovelos e levanto nós dois, vejo as pernas dela ficarem tortas, então a seguro com mais força.

— Eu quero ir para a sua cama — ela fala manhosa, se apoiando em meus ombros.

— Não você não quer — reviro os olhos.

— Quero sim, porque eu te amo — ela sorri brincalhona, ela disse como se a relevância da frase fosse como: "eu comi pizza ontem".

Arregalo os olhos para ela, meu coração bate acelerado dentro do peito. Ela não tem noção do que ela acabou de falar para mim?

— Betty... — olho para o rosto dela, radiante.

— Eu te amo, Jughead — ela repete as palavras, alto e claro.

— É só você beber que já tá amando — coloco ela de lado e começo a andar para dentro da casa.

— Desculpa por ter te dado bolo naquele dia — ela fala enquanto eu viro o corredor, seguindo para as escadas — Desculpa por ter saído e transado com o Mark — a loira passa as unhas por meu pescoço, fazendo um 'carinho'.

— Betty — já estava sem paciência, alertando para que ela parasse.

— Quer que eu fique de joelhos? — ela pergunta assim que subimos o último degrau.

— Adoro você de joelhos, mas não desse jeito — digo, entrando um pouco no jogo dela.

— Amanhã de manhã, quando estiver sóbria. Você aceita minhas desculpas se eu pedir com muita delicadeza? — ela pergunta, seus olhos brilham entre malícia e inocência.

— Talvez — digo, enquanto abro a porta de seu quarto.

— Dorme comigo? — ela pergunta.

— Não, Betty — digo, sem mudar minha cabeça.

— Nem se eu te acordar com um boquete? — ela pergunta mordendo os lábios em um sorriso, agora, malicioso.

— Deus, você está bêbada — rio e coloco ela deitada na cama — Eu não vou te dar banho,  então, só durma de lado e se precisar de vomitar, vai ao banheiro — mando enquanto cubro ela.

— Mas essas roupas são desconfortáveis — ela arranca o suéter e eu me viro rapidamente.

— Betty! — repreendo.

— Calma, vou tirar meu jeans — ela troca as palavras mas logo consegue dizer.

— Pronta?

— Mhm — ouço ela se mexer sobre os lençóis.

— Tudo bem — cubro ela, vendo apenas um pouco de seu sutiã de renda cor de rosa.

— É meu sutiã novo — ela diz, se aninhando a cama — Comprei para sair com o Mark — boceja.

— Se aparecer com essa coisa na minha frente de novo, eu vou rasgar com as minhas próprias mãos, me ouviu? — pergunto antes de depositar um beijo amoroso em sua bochecha.

Escuto seus suspiros baixinhos e murmúrios, indicando que ela já estava dormindo.

— Eu te amo também, cerejinha — digo, antes de me afastar e sair do quarto.


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CANDY GIRL ༄ bugheadWhere stories live. Discover now