CANDY GIRL ༄ bughead

𝗵𝗮𝗽𝗽𝘆 𝗯𝗶𝗿𝘁𝗵𝗱𝗮𝘆

Maddison Montgomery P.O.V

Deixo os lençóis confortáveis e lisinhos abraçarem meu corpo antes de colocar meus pés para fora da cama e levantar, vou em direção ao banheiro antes de tudo. Decido tomar um banho quente e relaxante na banheira de hidromassagem, já que havia acordado mais cedo.

Decido usar uma roupa mais especial hoje, afinal é meu aniversário. Coloco um conjunto de blazer e calça social laranjas e um top preto com detalhes prata por baixo, no pé ,uma sandália de salto preta. Faço uma maquiagem comum, como sempre, apenas adicionando um delineado. Checo meu telefone, coberto por mensagens de "feliz aniversário" de estranhos ou pessoas que vi apenas pelos corredores.

Desço as escadas assim que fico pronta, logo que chego no primeiro andar, vejo meu pai arrumando sua gravata na frente do espelho. Está com seu terno azul marinho, alguma coisa sobre essa escolha de roupa me faz sentir menos intimidada em sua presença, o faz parecer menos formal e sério o tempo todo.

— Pai — me faço presente.

— Oi, querida. Como está? — era estranho vê-lo pela manhã, sempre quando desço ele já está no trabalho.

— Bem, e o senhor?

— Bem, indo para uma reunião em San Francisco, volto em dois dias — ele avisa.

— Mas... — puxo o canto da minha mão, ansiosa — Achei que ficaria para meu aniversário.

— Oh, isso é hoje? — ele finalmente olha para mim — Me perdoe, querida. Eu não me lembrei — seu semblante, porém, não mostrava nada além de seriedade.

— Tudo bem, papai — digo, mesmo que minha garganta tenha fechado.

Mas por que estou surpresa? Ele sempre diz que vai ficar para o meu aniversário, mas algo mais importante sempre acontece.

— Depositei dinheiro na sua conta, pode comprar o tanto de presentes que quiser — ele continua a olhar apenas para o espelho — Soube que o Senhor Jones esteve no hospital — ele saber disso me pega de surpresa.

— Sim.

— Compre-o algo também, ele é um garoto bom — meu pai diz — O que meninos dessa idade gostam? Roupas? Tênis? Carros? Compre o que achar melhor.

— O senhor acabou de dizer "carro"? — pergunto incrédula.

— É, ele dirige a caminhonete do pai, certo? Acho que ele tem cara de quem merece um carro esporte — ele sorri convencido consigo mesmo.

— Pai, é um carro — esbravejo.

— Você já tem muitos deles, compartilhe com seus amigos — ele olha para mim, repreendendo-me.

— Está me dizendo que vai dar um carro de presente para um ex meu?

— Qual o problema? Ele não é seu amigo? Não te trata bem?

— Sim. Melhor do que muita gente...

— Então mande-o escolher um carro! — ele aumenta seu tom de voz.

— Sim, papai — olho para baixo.

— Concordamos então — ele se vira — Tchau, Maddison, se sua mãe ligar, não atenda — manda antes de sair pela porta.