Não diga que dessa água...

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Olá! Bem, essa é uma short de 6 capítulos prontos, então não vai demorar pra ter atualização! É uma comédia +18!
Ela não foi betada e minha escrita mudou um tico em relação a conhecimento gramatical (tô sempre evoluindo, é a vida), então conto com vocês pra fazer de conta que não tem erro 🤭
Uma boa leitura!

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Midoriya Izuku e Bakugou Katsuki se conheciam do berço. Eles dois nem podiam contar a história de quando se conheceram, pois eram tão pequenos que faltava a memória. 

A única coisa da qual eles sempre conseguiam se lembrar era do ódio mútuo. 

No  jardim de infância, eles tinham uma relação até amigável, mas as brigas eram constantes. Quando Izuku agarrava os cabelos de Katsuki, não tinha professor no mundo que conseguisse soltar os dedinhos gorduchos dos fios loiros do menininho, piorava quando, depois de um tempo, Katsuki ia se vingar, correndo pela escolinha com o lanche de Izuku, até jogar no cesto de lixo e logo estavam os dois, jogados no chão, se batendo. Rinha de crianças de cinco anos. 

No ensino fundamental, Izuku lidou com armário cheio de macarrão, cola na cadeira, papel cuspido nos cabelos – que sempre foram cheios e ondulados, imagina o sufoco para limpar –, pó de mico nas roupas esportivas e até mesmo ouvir, pela voz irritante de Katsuki, que dormia chupando os dedos, diretamente da rádio da escola, com absolutamente todos ouvindo. Mas não ficava por isso mesmo, claro que não, ele devolvia tudo a altura! Passou um mês inteiro furando os pneus da magrela de Katsuki, pouco se importando com o trabalho que o outro estava tendo em trocar, também jogou caramelo nos sapatos dele para encher de formiga, grudou chiclete nos cabelos dele e o fez raspar a parte de trás inteira, isso e muito mais. Sem mencionar as brigas físicas que resultaram em muitos castigos, detenções e suspensões. Ninguém sabia como resolver o caso dos dois. 

As mães, amigas, decidiram colocá-los na terapia no finzinho do ensino fundamental e pareceu acalmar o ânimo dos dois adolescentes, no entanto, tudo voltou ao de antes no ensino médio. Eles moravam em uma cidade bem pequena, acabava não tendo muita opção de escola e eles estudavam nas melhores, sempre terminavam juntos. 

No ensino médio, a rivalidade começou a ir para outros níveis, afinal, adolescentes dessa idade têm outros tipos de preocupações. Izuku não sabia a conta exata de quantas vezes Katsuki atrapalhou um encontro seu e, obviamente, devolvia tudo, atrapalhou até a perda do BV do loiro e não se arrependia. Trocou as respostas dos gabaritos de Katsuki e eles acabaram brigando feio no refeitório, depois recebeu um balde de farinha, ovos, leite e óleo na cabeça, tudo plano maligno da mente demoníaca do Bakugou. 

Seguiu assim para o cursinho, vestibular e, finalmente, na universidade – onde a rivalidade atingiu seu ápice. Os dois se tornaram líderes de fraternidade e levaram a rixa para ainda mais além, fazendo com que todos se odiassem também. Todos conheciam os dois rivais que estavam sempre trocando farpas e se atracando na porrada no gramado. 

Era difícil colocar em palavras o tanto que se odiavam. Por isso, também era difícil colocar em palavras o choque que os dois tiveram ao acordarem juntos, na mesma cama, no mesmo quarto, debaixo das mesmas cobertas e completamente nus.

Pelo amor de Deus, já eram adultos, deviam ter mais responsabilidade em seus atos, então por que, caralhos, eles estavam ali? Não estavam na festa da faculdade? Como diabos aquilo tinha acontecido? 

Era o que Izuku, o primeiro a acordar, pensava. Estava paralisado no canto da cama, encarando o corpo adormecido de Katsuki do outro lado, a coberta entre as pernas, cobrindo apenas sua intimidade nua. Torcia tanto para que ele estivesse morto ou em coma, só para não ter que lidar com a consequência de seus atos, sejam lá quais tenham sido. Puta que pariu e que Deus tenha misericórdia, transar com Katsuki seria o cúmulo da desgraça em toda a sua vida. 

O ódio que habita em nósOnde histórias criam vida. Descubra agora