*Uma semana ou duas se passaram, não sei bem ao certo, eu e Dante continuamos estudando todas as tardes depois da escola, ele é meio quieto de mais, as vezes é estranho.
E eu comecei a conversar um pouco mais com os amigos do Joui, acho que eles gostaram de mim...*
Arthur? - uma voz do meu lado me chama - Vc tá prestando atenção?
Hm? - olho para o loiro mais alto ao meu lado - Tô sim, é claro que estou
Arthur - o loiro diz tirando o óculos e arrumando melhor a postura na cadeira - Se você não prestar atenção eu não vou conseguir te ajudar, vc sabe disso né?
Sei, me desculpe... - digo com a cabeça baixa
Ei, desculpa perguntar isso mas...- o loiro se amaldiçoa em seu pensamento por estar querendo perguntar aquilo, ele não deveria se importar, mas se importa...- Você tá bem? Vc anda meio cabisbaixo ultimamente
Ah, tá tudo bem sim, eu só tô um pouco cansado das lições da escola - eu digo e forço um sorriso para tentar ser o mais convincente o possível
Ok, se vc tá dizendo, vamos continuar - ele diz colocando o óculos de volta, e voltando a folhear o livro que está na sua frente
...- fico quieto enquanto ele explica alguma coisa de matemática a qual eu não tô entendendo de jeito nenhum
(Quebra de tempo
Quarta-feira, 06:30 da manhã)Mãe? - chego no balcão da cozinha onde Ivete se encontra atrás dele procurando alguma coisa no armário
Diga...- ela diz ainda olhando para o armário
Acha que... Realmente vai ficar tudo bem? - digo
Ah meu filho - ela diz agora se virando e olhando pra mim - Eu...
Eu sei que já faz mais de 1 ou 2 semanas que isso aconteceu mais... Eu ainda sinto falta deles - digo com os olhos lacrimejando
O meu filho - ela dá a volta no balcão e me abraça - Eu também sinto a falta deles.
*E é alí onde eu passo um bom tempo abraçado com uma parte da família que me restou, uma das únicas pessoas que não se tornaram só lembranças...
Semanas que pareciam segundos, parecia que eu tinha morrido junto com todos os outros, a fumaça ainda presa no meu pulmão, os sons de tiros, o calor, o suor, o sangue, os corpos, é uma lembrança tão nítida na minha cabeça*
Vamos meu filho - ela diz ainda me abraçando - Você ainda tem aula hoje
Me deixa ficar aq, pfvr - digo fazendo o máximo de esforço pra falar
O meu filho, eu sei que pode ser difícil mais temos que superar tudo isso, não podemos lamentar pra sempre - ela diz passando a mão na minha cabeça - E vc já tá arrumado pra escola, é melhor vc ir...
Ok, eu vou - digo com a voz baixa
Então tá, levanta se não vc vai se atrasar - ela diz desmanchando o abraço e limpando sua lágrimas
Tá bom - digo me levantando e fazendo o mesmo
Você é forte, como seu pai era, vai superar isso, eu sei que vai - ela diz me dando um beijo na testa - Eu te amo meu filho
Eu também te amo mãe - digo com um pequeno sorriso, mas é um sorriso verdadeiro
Agora vai lá - ela diz voltando a fazer oq ela estava fazendo
Tchau mãe - digo pegando minha coisas e indo até a porta
Tchau meu filho - ela diz
*É um silêncio na rua, o único barulho é de alguns carros passando na rua de manhã, a maioria das vezes eu vou com o Joui pra escola, mas hoje eu acabei indo um pouco mais tarde... Espero não acabar me atrasando pra aula de biologia, o caminho parece mais longo que o normal, as vezes lembro de como era bom voltar pra casa de tarde, passar em frente ao bar, treinar guitarra na garagem e ser feliz com minha família, tudo foi estragado tão rápido que é tão difícil de engolir...*
...- o portão da escola está vazio, parece que eu realmente me atrasei
Arthur? - uma voz reconhecível como a do Thiago pode ser escutada bem perto
Hm? - mesmo sabendo que é o Thiago me viro para me certificar que é ele
Ei cara, pq vc tá chorando? - Thiago diz preucupado
Eu tô... chorando? - digo agora percebendo as lágrimas involuntárias descendo pelo meu rosto
Ei cara, aconteceu algo?? - Thiago diz cada vez mais preucupado
E-eu não sei - digo limpando as lágrimas que não param de escorrer
Vamos, vc precisa de um pouco de água - ele segura nos meus ombros me guiando até o bebedouro, pega um copo com água e me entrega
Obrigada Thiago - digo pegando o copo
Nada meu querido, agora toma um pouco de água vai - ele diz
Ok - bebo um pouco da água
Agora me diz oq aconteceu - ele diz se sentado na escada ao lado do bebedouro
Eu... Eu sinto saudades de casa - digo e junto com minhas palavras algumas lágrimas saem junto de novo
Ei, não chora Arthur, tá tudo bem - ele diz tentando me confortar - Vai ficar tudo bem queridão, é normal sentir falta de casa quando se muda, vc se acustuma depois
É...- quem dera se acustumar com isso fosse tão fácil
Tá afim de sentar lá fora por enquanto? - ele diz se levantando
Mas, e a aula? - digo
Já nos atrasamos de mais, a professora de biologia não vai deixar a gente entra de jeito nem um - ele diz colocando o braço envolta dos meus ombros
Ok então - eu digo, ele da um sorriso e seguimos até uma mesinha que fica na parte de trás da escola
*Ali ficamos até a próxima aula começar, enquanto isso nós conversamos um pouco sobre coisas bem variadas, eu descobri que ele e a Liz namoram a quase 2 anos, ele trabalha no jornal da escola e que ele não é um aluno TÃO bom*
*Sinal*
Opa, eu acho que agora a gente pode ir - ele diz se levantando e pegando a bolsa
É - digo fazendo o mesmo
Ei, vai ficar tudo bem tá? - ele diz colocando a mão sobre meu ombro
Espero que fique ... - digo indo em direção a sala e ele vem junto
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Ok, primeiramente: me desculpem por demorar tanto pra postar capítulos novos, tive alguns imprevistos
Segundamente: me desculpem qualquer erro ortográfico
E por último: espero que estejam gostando
:)
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tão diferentes, mas tão Iguais (danthur)
Fanfictiontudo pode dar errado em um romance adolescente quando se é novo na cidade e encontra um belo loiro encantador q tem uma certa fama de certinho, mas ninguém sabe exatamente sobre seu passado (Ib de personagens: Cellbit/Rafael Lange, Ordem Paranormal)