Diário De Uma Paixão

14 de Julho de 2016

“Olhei pra Natasha sem saber o que fazer e vários agentes começaram a descer por cordas, a mando do velho de bigode. Eles começaram a vir em nossa direção, enquanto Ross falava em um megafone:

— Rogers, Romanoff, rendam-se e ninguém sai ferido! O tempo de liberdade de vocês acabou.

Peguei na mão de Natasha e comecei a correr. O único problema foi que isso fez a multidão correr também.

Wanda e Sam não estavam mais no céu e começamos a ouvir barulhos de tiro e gritos assustados, mas não atingiu nenhum de nós dois. Não sabia se tinha atingido alguém.

Eu não sei como achei, mas a única coisa que eu queria era achar um ponto seguro no meio da multidão. Paramos embaixo de uma árvore.

— O que você está fazendo?

— Eu não sei!

— Nós precisamos lutar!

— Eu não quero perder você... — eu sei que o discurso é meloso demais, mas você só entende o que realmente acontece quando vive a situação. Eu queria atrasar a nossa luta.

— Nós não somos daqueles que recuam... Somos daqueles que estão na frente. — Natasha parou de olhar pra multidão e focou em mim — Você sabe que se nós não pudermos salvar o mundo...

— Nós vamos vingá-lo. — completei sabendo onde ela queria chegar. Ela estava certa.

— Isso. — assentiu de leve — Você não vai me perder, Steve. Eu pertenço a você e você me pertence. — fechei os olhos, escutando mais barulhos de tiros. Por que eu sentia que isso era uma despedida? — Liga o ponto.

Fiz o que ela mandou e Natasha estava tentando contato com Sam. Eu olhava pra todos os lados, recarregando as armas dela e as minhas, que felizmente estavam conosco. Se era pra lutar, lutaríamos como se fosse a última.

— Sam, aonde você está?

— Procurando a Wanda, tô embaixo do Arco. — fiquei aliviado em saber que estava vivo, mas antes que me desesperasse por causa da ruiva, ela começou a falar.

— Sam, estou na sua reta, uns trinta metros de distância. Tô tentando tirar as pessoas daqui. — uma sequência de tiros fez-se audível nos nossos ouvidos, mas também no ponto que ela estava — Preciso de um reforço!

— Estou indo! — Sam respondeu.

— Eu e Steve vamos tentar controlá-los. Fiquem vivos.

— Vamos. — saímos do meio das árvores, as armas em punho. Vontade não tínhamos, mas nunca fomos daqueles que recuam numa luta, somos daqueles que correm pra ela. Porque é isso que os heróis fazem. 

— É melhor que o Ross saiba que eu atiro melhor quando estou irritada. — Natasha falou rangendo os dentes, acertando em dois agentes que eu não tinha visto.

Fiquei de costas pra Natasha, dando cobertura pra ela por detrás, assim como ela fazia comigo. Tentávamos ao máximo retardar a chegada dos agentes perto da gente e de Wanda e Sam que estavam do outro lado da larga avenida. Eu só sabia que era eles por causa da barreira escarlate que Wanda fazia. 

Depois de dez minutos assim, só nesse aproxima mas não acerta ninguém — ainda bem —, eu estava com as mãos um pouco doloridas de apertar o gatilho milhares de vezes. 

— De onde tá saindo tanta gente? Parece que não acaba nunca. — desviei de uma bala e Sam fez minha cobertura enquanto eu trocava o cartucho mais uma vez.