Capítulo 63

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Curitiba - PR

- Eu não sei por que você me obriga a ficar usando isso! – reclamou Anahí, tirando a concha de amamentação.

- Porque quando ele nascer, vai facilitar a amamentação – pontuou, observando os mamilos dela. – Já estão maiores – alegou, sorrindo.

- Sim! – rolou os olhos, colocando as conchas na cápsula de esterilização – Estão mais escuros também. – Constatou, fazendo uma careta.

- Você cismou com isso! – dispensou. – Ainda estão lindos e rosados – deu um beijo no mamilo exposto. – Isso é ruim! – reclamou, sentindo o gosto do leite materno.

- Ninguém mandou você colocar a boca aí! – ralhou, vestindo o sutiã. – Vamos?

- Quer mesmo ir ao Barigui? – perguntou um tanto desanimado, preocupado com o Covid-19.

- Sim! – bufou. – Eu não aguento mais ficar em casa – reclamou.

Eles seguem para o parque Barigui com Lola. Por lá, caminham com tranquilidade entre as pessoas. Os seguranças a paisana, garantiam a segurança dos dois, que agiam como as demais. Os dois estavam vestidos com roupas esportivas, óculos escuros e boné. Alfonso era o responsável por segurar a guia de Lola, que estava eufórica com o passeio. O moreno temia que a cadela puxasse a guia com mais força, fazendo Anahí desequilibrar, por isso optou por levar a guia.

- Quer ir para o gramado? – perguntou o moreno, olhando ao redor. O parque não estava tão cheio, o que o deixava mais tranquilo. Odiava sair com Anahí para lugares abertos, temendo atentados. Todo cuidado era pouco, principalmente agora. Os cinco seguranças armados, estavam atentos ao movimento dos pedestres, buscando possíveis suspeitos, comunicando-se através de escutas.

- Vamos! – concordou, caminhando para onde estavam as capivaras. Próximo do lago, se sentaram para apreciar a vista. Lola se deitou, apoiando a cabeça no colo de Anahí, que passou a acariciar a esmo as longas orelhas da cadela. Alfonso estava entretido apreciando a vista, vendo o sol sendo refletido na água, observando o movimento dos filhotes de Capivara que estavam logo a frente deles.

- Eu amo esse lugar! – suspirou a morena, olhando ao redor.

- Eu também! – sorriu, encarando-a. – Esse é o meu lugar preferido de Curitiba.

- O meu também! – confessou. Os dois trocando um sorriso cúmplice – Sinto falta das nossas corridas aqui – declarou saudosa.

- Eu também – expirou fundo, capturando a mão dela.

- Será que algum dia voltaremos à vida normal? – indagou, uma ruga de preocupação se formou em sua testa. A Operação La Casa de Papel estava prendendo as raposas velhas da política, enquanto Alfonso estava mexendo com uma OC internacional.

- Torço para isso – respondeu, desviando seu olhar do dela. Os olhos verdes focando nas crianças que corriam pelo gramado. Será que Heitor teria aquela liberdade?

Alfonso havia levado uma manta para estender nochão, o que foi apreciado pela procuradora, que em dado momento se deitou,apoiando a cabeça no colo do moreno.

Lola resmungou pela troca de posição, mas logo encontrou um lugar nas pernas da dona, bem pertinho da barriga de Anahí.

Despreocupado, Alfonso fez cafuné na morena, que fechou os olhos apreciando o carinho. A tarde estava agradável, o sol não estava tão forte, a brisa suave refrescava. 

Lá, eles são flagrados por um jornalista, que aproveitava a tarde de sábado com a família. Muito se especulava na imprensa a respeito da gravidez da Procuradora, que havia caído nas graças dos Brasileiros. As pessoas estavam em busca de mais detalhes acerca da gestação e do relacionamento dos dois. A matéria intitulada de: Leis da Atração; contava a história de Anahí Puente e Alfonso Herrera. Dando detalhes da carreira dos dois, exaltando seus feitos em busca da justiça. O nome de Pierre foi citado por duas vezes e, algumas de suas PL's aprovadas foram citadas. As pessoas lamentavam a morte do brilhante Senador, que havia tido sua vida precocemente interrompida por complicações da COVID-19.

Leis da AtraçãoWhere stories live. Discover now