Camila Cabello | Point of View
A Lauren tem se esforçado muito para que tudo fique bem. Estou começando a tratar ela de forma mais delicada. Esses dois dias eu fui uma Camila insuportável, testei todos os limites dela e ela aguentou firme. Então, acho que já chega de castigo, porque não aguento muito sem minha branquela. Na saída do escritório, passei em uma floricultura e comprei um buquê de Miosótis, que segundo a atendente, significava amor sincero. Quando cheguei em casa, Greg brotou não sei de onde, pulando em mim. Quase caí.
— Oi meu príncipe! Como foi seu dia?
— Foi legal. Não pude te ligar porque tia Dinah me levou para o centro hoje.
— Tudo bem! Você se divertiu?
— Sim! Muito! Agora eu tenho que arrumar água para o America.
— E sua mãe?
— Está na cozinha. Vai para lá?
— Vou.
— Então... Vou no seu colo. – Sorri beijando sua bochecha. Entrei na cozinha, Lauren estava com o cenho franzido e lendo um livro de receitas.
— Achei que tínhamos conversado sobre você cozinhar. – Falei com o buquê atrás das costas. Ela abriu um sorriso gigante quando ouviu minha voz e caminhou em minha direção. Larguei o Greg que correu para pegar a água para o America.
— Estava com saudade! – Falou envolvendo meu pescoço com um abraço. Abracei com o braço livre e depois de um longo tempo nos separamos.
— Acho... Estou com alergia das... – Falei em tom brincalhão, enquanto entendia as flores para ela. — O que? Flores? – Ela sorria abobada.
— Camz! São lindas!
— Não chegam nem aos pés da minha princesa, mas como não existem flores para igualar a sua beleza, temos que nos contentar com essas mesmo.
— Camz... – Ela fechou os olhos e colou nossas testas. — Você não existe!
— Amo você, princesa! – Falei dando vários selinhos nela.
— Também te amo, Camz! Que flores são essas? – Falou se afastando enquanto pegava um vaso no armário.
— São miosótis. É esquisito o nome, mas a vendedora disse que elas significam amor sincero. Nada mais perfeito.
— Nada mais perfeito. Está quase pronto!
— Tudo bem! Vou tomar um banho e já desço. – Ela assentiu e eu fui para o nosso quarto. Tinha uma roupa minha sobre a cama. Tomei meu banho e a vesti. Quando desci, Lauren estava decorando uma torta. — Era para vestir essa? – Ela me olhou, sorriu e assentiu. — Posso saber por quê?
— Eu gosto de te ver com ela. – Não sei como, mas eu corei com esse comentário.
— Posso colocar a mesa?
— Seria perfeito! – Greg entrou voando pela cozinha, com o América correndo e latindo atras dele. Arrumei a mesa e jantamos conversando sobre o dia. Colocamos o Greg para dormir e nos deitamos. Quando no meio da noite... — Camz!
— O que foi? – Falei sonolenta. Ela deu um grito, me despertando por completo.
— Acho que está na hora. – Foi então que percebi que a cama estava molhada.
— Meu Deus! O que eu faço? – Falei pulando da cama. — Cadê a bolsa? Cadê o Greg?
— Cabello! Eu vou surtar e você tem que ficar calma. – Ela gemeu de dor mais uma vez. — Estão diminuindo os espaços entre as contrações, sério está na hora. – Ela gritava muito e me deixa mais nervosa.
— Ok. Vou levar a bolsa para o carro e já volto para te pegar. – Assim o fiz e aproveitei para chamar o Greg no caminho. — Voltei, vem aqui! – Ela estava pesada, mas eu estava tão nervosa que nem sei como consegui levar ela no colo até o carro. — Senta aqui com sua mãe filho. Entrei no carro e o liguei.
— Papa, você vai assim?
— Assim como?
— De cueca?
— Ai cacete! Que merda! – Praguejei indo colocar uma calça. Quando voltei, Lauren gritava muito e Greg estava com os olhos arregalados no canto. — Vai ficar tudo bem amor! Eu disse pra você fazer cesárea.
— Estou arrependida de não ter te escutado. – Liguei para Vero, que por obra do destino estava viajando.
— Vero está viajando. O que fazemos agora?
— Liga para a Arizona! – Falou me alcançando o celular dela. Falei com ela.
— Ela está nos esperando. – Já aproveitei para chamar toda família. Quando chegamos, Arizona esperava com uma cadeira de rodas.
— Camila! Preencha a ficha da paciente e vá para a sala 4. Uma enfermeira vai te ajudar a se vestir. – Assenti e beijei o topo da cabeça de Lauren.
— Está doendo muito, amor!
— Já vou ficar com você e você pode apertar minha mão. – Arizona empurrou a cadeira e fiquei preenchendo a ficha. Meus pais chegaram e ficaram com Greg. Fui para a sala 4 e me vesti. Lauren estava deitada e com todo aquele aparato em sua volta. Fiquei ao seu lado e ela apertou minha mão. Não era bom vê-la sofrer daquele jeito. Cada carinha de dor que ela fazia, meu coração se apertava e doía.
— Muito bem, Lauren! Agora é com você! Vamos contar até 3 e você faz toda a força que conseguir. Ok? – Ela assentiu. — Vero já te ensinou a respiração e agora depois de cada vez que você fizer força, use ela, ok? – Ela assentiu. — 1...2...3! – Lauren fez o processo. Gritando de dor e apertando minha mão. — De novo 1...2...3! – E assim ela fez esse processo várias vezes. — Isso, Laur. Está quase! Mais uma vez! 1...2...3! – E depois dessa, Lo pareceu relaxar e uma enfermeira levou minha pequena para uma balança. Lauren me puxou e colou nossos lábios.
— Você foi incrível amor!
— Se tivermos outro filho, você vai ficar grávida. – Gargalhei e todos me olharam. Não deviam saber da minha condição e não entenderam a piada. Arizona trouxe uma trouxinha e entregou para Lauren. Ela era linda e eu estava chorando como criança só de ver minha princesinha. Perfeita!

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Aprendendo A Viver
FanfictionCamila Cabello e Cara Delevingne vivem nas baladas da vida, com 24 anos, elas não amadureceram ainda, agem como adolescentes, até que levam o emprego a sério, agora a vida pessoal delas é uma festa. O destino decidiu agir com as "alérgicas a relacio...